Uma pesquisa conduzida pelo Ranking dos Políticos revelou que a atuação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), enfrenta forte resistência na Câmara dos Deputados, onde apenas 30% dos parlamentares aprovam sua gestão. No Senado, Haddad encontra um cenário mais favorável, com 46,2% de aprovação.
O levantamento, realizado entre os dias 11 e 12 de fevereiro e publicado nesta quarta-feira, 5, entrevistou 110 deputados federais de 18 partidos e 26 senadores de 11 partidos. A pesquisa foi conduzida pessoalmente ou por contato telefônico, através de critérios de proporcionalidade partidária.
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Embora a aprovação de Haddad na Câmara tenha se mantido estável, o porcentual de rejeição ao seu trabalho passou de 23,8% para 46,4%. O dado demonstra um crescimento da insatisfação entre os deputados federais e reflete as dificuldades do ministro em consolidar apoio político dentro da Casa.
Em contrapartida, no Senado Federal, o cenário é menos adverso. A rejeição de Haddad entre os senadores é de 34,6% dos entrevistados, enquanto sua aprovação permanece superior à registrada entre os deputados: 46,2%.
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A pesquisa defende a ideia de que uma reforma ministerial pode fortalecer a base do governo na Câmara dos Deputados. O estudo sugere que ajustes na Esplanada poderiam facilitar a aprovação da agenda econômica de Luiz Inácio Lula da Silva e ampliar o apoio necessário para a condução das reformas pretendidas por Haddad.
Apesar da resistência enfrentada, o ministro da Fazenda tem sido peça-chave na estratégia econômica do governo Lula. No entanto, a avaliação negativa dentro do Congresso pode dificultar a implementação de medidas prioritárias para a pasta.
Haddad diz que é alvo de ‘fogo amigo’ dentro do governo Lula
Haddad admitiu que enfrenta pressões dentro do governo Lula. Em entrevista ao canal GloboNews em fevereiro, mesma época da realização da pesquisa, ele reconheceu ser alvo de críticas internas.
“Tem fogo amigo, fogo inimigo, aqui tem fogo para todo gosto”, afirmou. “Tenho um discurso coerente desde dezembro de 2022. Estou perseguindo os mesmos objetivos, com a mesma tenacidade e com a mesma certeza de que o Brasil pode melhorar muito e sair dessa armadilha em que entramos dez anos atrás.”

Sem citar nomes, Haddad mencionou “tensões internas”. Nos bastidores, auxiliares de Lula relatam atritos com o ministro da Casa Civil, Rui Costa. Além disso, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, já criticou publicamente sua política fiscal.
O ministro rebateu declarações do presidente do PSD, Gilberto Kassab, que o chamou de fraco. “Quem tem que dar resposta sobre isso é o presidente da República, que já deu no dia seguinte”, disse, enquanto citava feitos econômicos do governo.
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Haddad afirmou que conflitos políticos e econômicos prejudicaram o Brasil na última década. “O país se desorganizou completamente.” Apesar de admitir momentos de cansaço, Haddad reafirmou seu compromisso até o fim do governo. “Estou há 30 anos com o presidente da República.”
O ministro descartou disputar eleições em 2026 e prevê desafios contínuos na gestão orçamentária. “Ficar botando ordem nas coisas é superextenuante, e esse trabalho não vai ser concluído rapidamente.”
🇧🇷 Até a mulher dele reprova o desempenho dele
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