A queda acentuada na avaliação positiva de Lula entre os eleitores do Nordeste gerou preocupação entre os aliados na região, que passaram a cobrar mudanças na condução do governo, o que pode impactar a dinâmica eleitoral de 2026.
Uma pesquisa do Instituto Datafolha divulgada em 14 de fevereiro revela que a aprovação do presidente caiu de 35% para 24% nos últimos dois meses, o nível mais baixo nos três mandatos do petista.
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No Nordeste, principal reduto eleitoral do PT, a avaliação ótima e boa de Lula recuou de 49% para 33%, a maior queda regional. A região, que representa um quarto dos eleitores brasileiros, foi crucial para a vitória do petista em 2022.
A aprovação do presidente Lula desabou de 35% em dezembro para 24% agora, pior patamar do petista em seus três mandatos. É o que mostra nova pesquisa Datafolha, que entrevistou 2.007 pessoas entre segunda (10) e terça-feira (11). https://t.co/1ianh5jM97 pic.twitter.com/D1Qn7Vj5Ue
— Instituto Datafolha (@Datafolha) February 14, 2025
Esse declínio na popularidade vem depois de uma série de desgastes no Planalto, entre os quais estão as reviravoltas do governo na “crise do Pix” e a alta da inflação dos alimentos. Esta última afetou especialmente a população mais pobre, o que refletiu em uma queda de aprovação de 45% para 29% entre os eleitores com renda de até dois salários mínimos.
O meio político avalia que a memória positiva dos dois primeiros mandatos de Lula, de 2003 a 2010, pode não ser suficiente para garantir uma ampla margem de votos na região em 2026. Esse novo cenário coloca em dúvida a capacidade de Lula transferir votos, o que era considerado essencial para a vitória de aliados nos Estados nordestinos em eleições passadas.
Oito dos nove governadores do Nordeste foram eleitos com o apoio de Lula em 2022. A única exceção foi Raquel Lyra (PSDB), de Pernambuco, que tem se aproximado do petista.
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Em entrevistas recentes, governadores nordestinos afirmaram que a queda de popularidade de Lula é temporária e reversível. No entanto, destacaram a necessidade de algumas mudanças para recuperar o apoio.
Elmano de Freitas (PT), do Ceará, sugeriu uma “mexida grande” na equipe e um impulso nas entregas do governo. Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Norte, sugeriu que Lula aumentasse sua presença na região. Rafael Fonteles (PT), do Piauí, destacou a necessidade de melhorar a comunicação.
De forma geral, a relação entre o presidente e os governadores é vista como uma via de mão dupla, com perdas e ganhos para as duas partes a depender do cenário político.
De um lado, os aliados ganham com o prestígio pessoal de Lula e com as obras do governo federal. Já aos governadores cabe costurar alianças, ao estreitar laços com líderes locais de partidos como PSD, MDB, PP e União Brasil.
No entanto, a queda de popularidade de Lula enfraquece um dos pilares dessa relação. O cenário fica ainda mais desafiador diante da intervenção do Supremo Tribunal Federal (STF) nas emendas, decisão que gerou reclamações entre parlamentares e prefeitos.
“O povo cobra as ações do prefeito”, diz o senador Angelo Coronel (PSD-BA), que vive um momento de tensão com o PT da Bahia. “Quando ele não tem recursos, ele vai procurar um culpado para os problemas da saúde, das estradas vicinais, e a culpa recai sobre o presidente.”
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Oposição aproveita desgaste de Lula em Estados nordestinos
Já a oposição vê o momento como uma oportunidade para 2026. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), escolheu a Bahia para lançar sua pré-candidatura à Presidência, em abril.
O União Brasil, embora parte da base de Lula, enfrenta dissidências internas. ACM Neto, ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, acredita que o cenário atual fortalece a expectativa de vitória da direita e da centro-direita, o que tem um impacto político e psicológico considerável.
Segundo ele, a figura de Lula teve um peso significativo nas eleições no Nordeste em 2022, mas agora o cenário é outro. “Agora você vê um Lula com menor potencial de transferência de votos.”
Coloquem na agenda! No dia 4 de abril, às 9h, no Centro de Convenções de Salvador, lançaremos nossa pré-candidatura à Presidência. Conto com vocês nessa caminhada por um país mais justo, próspero, seguro e forte! Vamos juntos! 🇧🇷 pic.twitter.com/9w8klkbE7j
— Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) February 22, 2025
Aliados de Lula reconhecem que o fim de 2023 e o início de 2024 foram meses complicados para o governo, e a oposição soube explorar essa situação, o que afetou a imagem do presidente. No entanto, defendem a ideia de que o apoio do Nordeste a Lula não deve ser afetado de forma significativa.
“A relação de Lula não é apenas com governadores ou com a classe política da região, mas com o povo nordestino”, afirma Éden Valadares, presidente do PT na Bahia. “É uma relação construída em anos e anos de luta, trabalho e entrega.”
Desde o início de 2024, Lula fez apenas uma visita ao Nordeste. Ele foi a Paramirim, cidade de 20 mil habitantes, no sudoeste da Bahia. A expectativa dos aliados é que a região esteja no roteiro das próximas viagens, com a inauguração de obras e anúncio de novos projetos.
Mesma coisa que na època do mensalão. E lula se reelegeu. Nada preocupante.
E o totonho vai manter a sua teta (será que é teta mesmo?)
Uma família do Nordeste está dirigindo atrás de um caminhão de lixo quando um vibrador voa para fora e bate no para-brisa. Envergonhada e tentando poupar a inocência de seu filho pequeno, a mãe se vira e diz: “Não se preocupe, querido. Aquilo foi apenas um inseto.” “Uau”, responde o menino. “Estou surpreso que ele tenha conseguido voar com um pênis daquele tamanho!”)
É desanimador para os brasileiros que sustentam o Nordeste constatarem que os “cabras” não aprendem. Vão continuar elegendo os donos deles, mandato após mandato. Parece que são incapazes de aprender nomes novos; são sempre “calheiros”, “gomes”, “sarneys”… E nós pagamos as contas.
Quem acredita nesse Nosferatu?
O impostor