De acordo com a ministra da Agricultura, por enquanto não há possibilidade de paralisação da categoria
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina (DEM-MS), afirmou ontem que o governo está trabalhando para garantir as condições mínimas nas estradas a fim de que os caminhoneiros continuem trabalhando. Ademais, segundo ela, o Executivo tem conversado diariamente com as lideranças da categoria.
“Não é porque existe o coronavírus que o caminhão não vai quebrar, não vai precisar de uma mola, da troca de um pneu, de um freio. Essa é a nossa briga diária, para ter o mínimo de condições nas estradas para os caminhoneiros poderem andar”, afirmou Tereza Cristina numa entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
O cenário descrito pela ministra tem como pano de fundo a pandemia de coronavírus. Recentemente, vários governadores endureceram as medidas restritivas em seus Estados para conter o surto. Porém, em algumas regiões, isso tem atrapalhado a logística. Na segunda-feira 30, a Procuradoria-Geral da União se manifestou contra essas decisões.
“O ministro Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, está numa briga danada, porque tem de garantir a abertura de restaurantes na beira da estrada. O caminhoneiro precisa comer, tomar banho. Ele passa três, quatro dias na estrada fora de casa, para levar a mercadoria”, afirmou a ministra ao jornal O Estado de S. Paulo
Greve de caminhoneiros
Segundo Tereza Cristina, que mantém contato com o Ministério da Infraestrutura, a pasta não tem identificado problemas pontuais de transporte. Portanto, neste momento, não há nenhuma possibilidade de paralisação dos caminhoneiros, o que prejudicaria o país.
“Nessa hora que estamos um momento adverso, temos que trabalhar com a normalidade possível. É isso o que nós estamos fazendo. Você não pode obrigar uma pessoa a trabalhar, ele sabe de seus riscos, se a estrada tem mais assistência ou menos. Nós estamos resolvendo no dia a dia”, afirmou a ministra.
Desabastecimento
Ontem, no Palácio do Planalto, a ministra da Agricultura garantiu que não há possibilidade de faltar alimentos no Brasil. “Risco de desabastecimento, hoje, não temos. Em todas as capitais, em todas as cidades, não temos nenhuma notícia de que esteja faltando qualquer tipo de alimento nas prateleiras de supermercados”, afirmou.
De acordo com a ministra, o que ocorre é que as vendas estão mais fracas em razão de, no início da pandemia, os brasileiros compraram mantimentos em excesso para estocar em casa. “O que está acontecendo é que as vendas estão mais fracas. Por quê? Porque está funcionando apenas a compra do cidadão, e os casos de pessoas com medo de comprar”, concluiu.
Mesmo com um cenário nada favorável à quem precisa continuar o trabalho, espero que o governo continue em contato com os caminhoneiros, para que os mesmos continuem a trabalhar pelo país. Se eles pararem…Caos.