O deputado federal André Janones (Avante-MG) pediu cerca de R$ 200 mil de forma parcelada a seus assessores, em 2019, para bancar a campanha eleitoral de 2020. Naquele ano, o aliado de Luiz Inácio Lula da Silva pretendia disputar a Prefeitura de Belo Horizonte.
Em novo áudio divulgado pelo site Metrópoles, o deputado diz que gostaria de fazer uma “vaquinha” mensal entre os servidores de seu gabinete, que são pagos com dinheiro público, para juntar R$ 200 mil. Na época, ele propõe o pagamento de R$ 50 a R$ 200 por mês de cada servidor, dependendo do salário deles.
“Se cada um der R$ 200 na minha conta, vai ter mais ou menos R$ 200 mil para a gente gastar nessa campanha”, afirma Janones.
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Janones teve de sair da disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte em 2020, porque seu partido decidiu apoiar a candidatura de Alexandre Kalil, do PSD, que foi eleito.
O novo áudio divulgado pelo Metrópoles faz parte da mesma reunião em que Janones cobra parte dos salários dos servidores para “reconstruir seu patrimônio”, que teria sido gasto durante a campanha para a Prefeitura de Ituiutaba (MG), em 2016.
A prática, conhecida como “rachadinha”, é crime de enriquecimento ilícito e dano ao patrimônio público.
Na reunião, o deputado afirma que seus funcionários “não vão ser corruptos”, mas “precisam de dinheiro para fazer a campanha”.
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“Qual é a minha sugestão?”, pergunta Janones. “Vamos dividir o valor entre nós, inclusive eu. Isto é, todos. E isso é legal. Às vezes, você confunde isso com devolver salário. Devolver salário é você ficar lá na sua casa dormindo, me dá seu cartão, todo mês vou lá, saco e deixo só um salário pra você. Isso é devolver salário.”
Dinheiro seria para bancar o “básico” da campanha
Para o deputado, os R$ 200 mil arrecadados na “vaquinha” seriam suficientes para disputar as eleições de 2020. O valor deveria ser descontado já no primeiro salário. Um assessor que estava na reunião, ainda não identificado, concordou com a proposta de Janones.
“Normalmente, os deputados não precisam fazer isso”, disse o assessor, na ocasião. “Nas eleições, eles vão receber doações de empresas, de empreiteiras, de empresários. Primeiro que o Janones não receberia, segundo que isso queima a imagem dele.”
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O mesmo assessor disse que essa seria a única maneira de Janones conseguir honrar seus compromissos de campanha. “É a única saída para ele fazer a campanha sem ceder ao sistema”, afirmou.
A atual prefeita de Ituiutaba (MG), Leandra Guedes, é ex-assessora de Janones e é apontada como a responsável por receber o dinheiro da rachadinha no gabinete do deputado. Ela nega as acusações e diz que nunca cometeu nenhuma irregularidade.
Este verme foi quem espalhou fake news nas eleições. Foi ele que fez uma campanha suja contra Bolsonaro.
Há de se f***r, verme maldito.