Ex-presidente acionou o Conselho Nacional do Ministério Público por causa de PowerPoint apresentado há anos
Arquivado. Assim chegou ao fim o julgamento no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) da representação movida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra o coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol. A ação do petista contra o procurador se deu por causa de uma apresentação em PowerPoint.
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Em setembro de 2016, Dallagnol, já na condição de coordenador dos trabalhos da operação regida pela Polícia Federal, convocou coletiva de imprensa. Na presença de jornalistas, apresentou elementos que, de acordo com o procurador, indicavam Lula como chefe de esquemas de corrupção. Para ele, o ex-presidente seria figura central no Mensalão e no Petrolão, por exemplo.
Dos dez conselheiros do CNMP que participaram do julgamento de hoje, todos votaram, por argumentações distintas, pelo arquivamento do caso. Oito afirmaram que o caso já estava prescrito. Outros dois nem validaram o argumento da defesa de Lula. Dessa forma, Dallagnol e outros procuradores não poderão ser punidos devido à apresentação realizada contra Lula.
Informação adiantada
Assim, o CNMP confirma o que Oeste adiantara mais cedo. Reportagem produzida pelo editor-executivo Silvio Navarro informou que o caso contra Deltan Dallagnol deveria ser arquivado.
Fiquei feliz com a decisão do Conselho e estava realmente torcendo por este desfecho.Realmente uma boa notícia. Entretanto, para que sejamos capazes de refletir à respeito do ocorrido eu acrescento: acredito que os Promotores que integram as Forças Tarefa da Lava Jato devem à partir de então tomar uma linha mais discreta, evitar holofotes e entrevistas espetaculosas. Continuem fazendo o papel que o país inteiro aplaudiu e continuará aplaudindo de pé. Não obstante, abstenham-se de tornar as apresentações e entrevistas mais importantes que seus resultados.Essas reportagens da época acabaram por tornar os Procuradores algozes dos investigados e não investigadores. Assim a esquerda começou a acusá-los de parcialidade e perseguição não pelos resultados(que foram e são inquestionáveis) mas pela exposição pública e muito glamorosa dos resultados.Boa parte da imprensa chegou a até especular intenções “políticas e eleitorais” dos Procuradores, como se não pudessem tê-las doravante. Mas a abordagem e a divulgação dos resultados das investigações acabaram deixando qualquer pretensão sob suspeita, como agora se alega com o Ex- Ministro Moro. ,
Até que enfim,algo correto.