O vereador de São Paulo Rubinho Nunes (União) ofereceu uma carteira de trabalho para militantes contrários à privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A cena ocorreu nesta quinta-feira, 2, durante sessão na Câmara Municipal.
“Semana passada, propus para a Guarda Municipal balas de borracha”, disse Robinho Nunes, no plenário da Casa. “Trouxe uma carteira de trabalho hoje. É só jogar que espanta. Essa galera tem repulsa ao trabalho. Então, jogando uma carteira profissional, com certeza a alergia que eles têm ao emprego vai fazer com que não fiquem ninguém ali.”
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Na sessão, os vereadores aprovaram o projeto de lei que possibilita a privatização da Sabesp. Antes da reunião, houve uma audiência pública para debater o assunto, que reuniu grupos contrários e favoráveis à proposta no auditório da Câmara Municipal de São Paulo.
Manifestantes foram retirados da sessão durante fala de Rubinho Nunes
O presidente da Câmara, Milton Leite (União), pediu que a Guarda Municipal retirasse alguns manifestantes, que gritavam palavras de ordem durante a fala de Rubinho Nunes. Pelo menos três pessoas foram retiradas.
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Durante a audiência pública, uma manifestante favorável à privatização da Sabesp foi retirada da Casa, depois de atirar um aviãozinho de papel contra militantes opositores. Foram 17 votos contrários à privatização e 37 a favor.
A audiência contou com a participação de cerca de 200 pessoas. O evento ocorreu no auditório do oitavo andar da Câmara Municipal.
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A privatização da Sabesp depende da aprovação do Legislativo municipal por causa da relevância da cidade para a companhia. O município representa 46% do faturamento da empresa, e a venda deixa de ser uma oferta interessante sem um contrato com a cidade.