O indicado de Lula para a presidência do Banco Central, Gabriel Muricca Galípolo, assume o cargo a partir de 2025, depois de ter tido o nome aprovado em sabatina no plenário do Senado Federal. A votação ocorreu nesta terça-feira, 8.
Gabriel Galípolo é tido como uma peça fundamental na estratégia do governo Lula para tentar consolidar o controle da política monetária. Apesar das indagações em relação à sua independência e competência para o cargo, 66 senadores votaram a seu favor e 5 ficaram contra sua indicação.
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Natural de São Paulo, Gabriel Galípolo tem 42 anos e é formado em economia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Também é mestre e doutor em economia política pela Universidade de São Paulo (USP).
O economista iniciou sua carreira no setor público em 2007, quando José Serra (PSDB) assumiu o Governo de São Paulo. Ele foi nomeado chefe da Assessoria Econômica da Secretaria de Transportes Metropolitanos. No ano seguinte, tornou-se diretor da Unidade de Estruturação de Projetos da Secretaria de Economia e Planejamento do estado de São Paulo.
Entre 2017 e 2021, ocupou a presidência do banco Fator, uma instituição especializada em parcerias público-privadas e programas de privatização. Durante sua gestão, o economista liderou os estudos para a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), um processo iniciado em 2018.
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Em 2021, o Banco Fator, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), conduziu o leilão da estatal, arrecadando R$ 22,6 bilhões com a venda de três dos quatro blocos ofertados.
Sua passagem pelo Banco Fator não é marcada por grandes transformações ou inovação, o que gerou críticas de que seu histórico no setor financeiro foi mais técnico e reativo do que propriamente visionário. Muitos analistas questionam se essa falta de destaque será suficiente para conduzir as políticas monetárias de um país do porte e dos desafios do Brasil.
Gabriel Galípolo entra no governo Lula
Ainda em 2022, Gabriel Galípolo foi convidado a integrar o governo Lula. Foi chamado para assumir o posto de secretário-executivo do Ministério da Fazenda, sob comando de Fernando Haddad. Um ano depois, o economista foi indicado para a diretoria de Política Monetária do BC.
O economista foi visto como a oportunidade de inserir no Banco Central alguém com uma visão mais favorável a políticas de crescimento econômico e à redução das altas taxas de juros, temas que têm sido fonte de atrito entre o governo e a instituição.
Galípolo tornou-se um defensor da política econômica do governo, marcada por uma forte intervenção estatal e uma clara insatisfação com a autonomia do BC, especialmente com a gestão do atual presidente, Roberto Campos Neto.
O atual diretor do BC moldou-se para ser uma voz alinhada com o discurso de Lula contra a alta taxa de juros, que o governo culpa pelo fraco desempenho econômico, em vez de admitir falhas estruturais na condução da política fiscal.
Vamos torcer para que ele, apesar da independência do Banco do Central, não haja como o ex-presidente do Banco Central no governo Dilma, Alexandre Tombine, que agiu de forma totalmente insegura e seguindo às vontades de Dilma, com isso, suas decisões causaram a maior crise econômica da história do Brasil, só para termos ideia, essas decisões econômicas equivocadas e políticas causou um aumento enorme na taxa de desemprego e foi justamente isso que levou ao impeachment de Dilma.
Mais um pau mandado pra afundar o país.