O Tribunal de Contas da União (TCU) vai investigar a legalidade do uso do dinheiro público no Festival Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, popularmente conhecido como “Janjapalooza”. A apuração ocorre depois de uma representação do deputado federal Sanderson (PL-RS)
A confirmação da investigação pelo TCU se deu nesta segunda-feira, 18. A instituição deve apurar o uso de R$ 33,5 milhões, provenientes de recursos das estatais Itaipu Binacional e a Petrobras, para o “Janjapalooza”. O evento ocorreu no âmbito da Cúpula do G-20, no Rio de Janeiro, entre 14 e 16 de outubro.
Em ofício encaminhado ao TCU, Sanderson também citou reportagem de Oeste, a qual noticiou que o governo Lula iria gastar R$ 870 mil para pagar o cachê dos 29 artistas que se apresentaram no festival.
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“O TCU acaba de instaurar um procedimento investigatório depois de representação apresentada pelo nosso gabinete, que busca apurar a legalidade dos gastos milionários para o Janjapalooza”, disse Sanderson. “Festival criado pelo Ministério da Cultura em parceria com a primeira-dama Janja da Silva.”
O deputado federal destacou que os “mais de R$ 33 milhões” liberados ao evento da primeira-dama contou com patrocínio de “R$ 18 milhões da Petrobras e R$ 15 milhões de Itaipu”. “Tudo isso para patrocinar um evento que nem sabemos qual é o interesse público”, afirmou.
Sanderson fala em “restituição” pelos gastos do Janjapalooza
O parlamentar Sanderson também destacou a importância da investigação do Tribunal de Contas da União para identificar, “primeiro, a legalidade, a oportunidade e a conveniência desses gastos de dinheiro público”, uma vez que o Janjapalooza foi patrocinado por estatais.
“Se o TCU verificar que, realmente há fundamento, nós queremos a restituição dos R$ 33 milhões aos cofres públicos”, afirmou. “Porque, em um momento tão difícil, de crise econômica, lá no Rio Grande do Sul mesmo faltando dinheiro para ajudar os atingidos pelas cheias, e a dona Janja gastar R$ 33 milhões em uma festa que nem se sabe qual o interesse público?”
Sanderson também sinalizou que a apuração do tribunal é “primordial” para o país, uma vez que a primeira-dama “não tem compromisso nenhum com a responsabilidade pública e, muito menos, em zelar pelos interesses públicos brasileiros”.