O Amapá lidera proporcionalmente a liberação de emendas parlamentares até o início deste mês. O segundo menor Estado do Brasil, representado pelos senadores Randolfe Rodrigues (PT) e Davi Alcolumbre (União Brasil), recebeu R$ 393 milhões em emendas, o equivalente a R$ 535 por habitante.
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Este valor supera os R$ 324 por habitante de Alagoas, Estado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), e os R$ 71 por habitante de Santa Catarina, governada por Jorginho Mello (PL). No final da lista está São Paulo, que recebeu o equivalente a R$ 55 por cidadão.
Deputados e senadores decidem individualmente ou em grupos o destino das verbas, geralmente aplicadas em pequenas obras locais, como pavimentação e construção de centros esportivos.
Alcolumbre, que presidiu o Senado de 2019 a 2021, é um dos coordenadores da distribuição de emendas e tem grande influência no governo Lula (PT). Ele é, inclusive, consultado na distribuição dos ministérios do União Brasil.
Já Randolfe, líder do governo no Congresso, participou ativamente da campanha de Lula e recentemente reassumiu seu posto no PT, ao lado de figuras de destaque no partido. Alcolumbre não comentou os recursos destinados ao Amapá. Randolfe afirmou que “foi eleito para isso”, segundo publicação da Folha de S.Paulo.
Milhões em emendas parlamentares via Pix
A maior emenda de Alcolumbre neste semestre foi de R$ 7 milhões para o Fundo Municipal de Saúde de Laranjal do Jari, com cerca de 50 mil habitantes. Randolfe destinou R$ 6,8 milhões ao governo estadual via Pix, um modelo de baixa transparência.
O formato Pix permite que os recursos sejam transferidos diretamente para prefeitos ou governadores sem necessidade de projetos predefinidos, ao contrário das emendas tradicionais.
Devido à pressão do Congresso, o governo concentrou o pagamento de emendas até julho para evitar restrições eleitorais. Foram mais de R$ 22 bilhões, o que superou os R$ 17 bilhões pagos antes das eleições de 2022.
O ex território do Amapá (Guiana Brasileira) é o abacaxi deixado pelo doutor Getúlio Vargas.
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