No segundo turno das eleições, apenas sete dos 25 candidatos apoiados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro conseguiram se eleger prefeitos neste domingo, 27. Entre os vitoriosos destacam-se Abílio Brunini (PL) e Emília Corrêa (PL), que representam a base mais fiel a Bolsonaro e foram eleitos em Cuiabá e Aracaju, respectivamente.
Brunini superou Lúdio por 53,8% a 46,2% dos votos e encerrou a possibilidade de o PT governar uma das capitais mais ligadas ao agronegócio do Brasil. Por sua vez, Corrêa conquistou a vitória com uma diferença significativa de 57,46% contra 42,54% de Luiz Roberto (PDT) na capital sergipana.
São Paulo exemplifica os desafios enfrentados por Bolsonaro como cabo eleitoral durante este pleito. Apesar de ter indicado o ex-coronel da Polícia Militar Ricardo Mello Araújo (PL) como vice do prefeito Ricardo Nunes (MDB), o apoio do ex-presidente à chapa foi hesitante durante a campanha. Essa hesitação permitiu que Pablo Marçal (PRTB) atraísse parte do eleitorado.
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Com Marçal fora do segundo turno, Bolsonaro tentou oferecer um apoio tímido na última semana da campanha. No entanto, encontrou resistência do núcleo duro da equipe de Nunes. O prefeito, reeleito com 58,35% dos votos contra Guilherme Boulos (Psol), atribuiu sua vitória não a Bolsonaro, mas ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que foi o verdadeiro beneficiado pela situação.
Em Curitiba, Bolsonaro apoiou Cristina Graeml
Um cenário similar ocorreu em Curitiba. Apesar de ter colocado o bolsonarista Paulo Martins (PL) como vice de Eduardo Pimentel (PSD), Bolsonaro surpreendeu ao apoiar a candidata rival, Cristina Graeml, logo antes do primeiro turno. Como resultado, a derrota da candidata do PMB, com 57,64% dos votos contra 42,36%, recaiu sobre Bolsonaro.
No interior de São Paulo, o ex-presidente obteve duas vitórias significativas: em São José do Rio Preto, com Coronel Fabio Candido (PL), e em Sumaré, com Henrique do Paraíso (Republicanos). Além disso, em Anápolis, Goiás, Márcio Corrêa (PL) garantiu a prefeitura.
Em contrapartida, Belo Horizonte trouxe um revés para Bolsonaro, que viu Fuad Noman (PSD) ser reeleito contra Bruno Engler (PL). Engler contou com o apoio de figuras influentes da direita, como o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o próprio ex-presidente.
Entre as 18 derrotas, três foram particularmente significativas para Bolsonaro, contra adversários de esquerda. Em Fortaleza, André Fernandes (PL) perdeu para Evandro Leitão (PT) por uma margem apertada de 50,38% a 49,62%.
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Essa vitória garantiu ao PT a única capital sob seu controle. Assim, o partido evitou repetir o desempenho da eleição anterior, quando perdeu o comando das principais cidades do Brasil.
No município de Pelotas, no Rio Grande do Sul, um Estado que apoiou Bolsonaro em 2018 e 2022, Marciano Perondi (PL) enfrentou uma derrota. Ele foi superado pelo petista Marroni. A diferença entre os candidatos foi de 50,36% a 49,64%.
Em Niterói, no Rio de Janeiro, o deputado Carlos Jordy (PL), um dos principais aliados de Bolsonaro na Câmara dos Deputados, também perdeu. Ele foi derrotado por Rodrigo Neves (PDT), que obteve 57,20% dos votos, enquanto Jordy ficou com 42,80%.
Importante ressaltar q com exceção de Curitiba, as derrotas para o PT foram com percentuais abaixo de 1%, isso demonstra q nesses municípios o PT derreteu e será com certeza derrotado nas próximas eleições, o q determinou uma ganho político. Qualquer desses derrotados bolsonaristas terão grandes chances em 26 para disputarem qualquer cargo.
Acho que Lula foi o maior derrotado apesar da máquina pública a seu favor.