Site contra Bolsonaro volta ao ar falando em 'liberdade de expressão'

O site com o nome “bolsonaro.com.br”, que atacava o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), voltou ao ar nesta terça-feira, 6. O portal, que parou de funcionar na quinta-feira 1°, possui diversas charges e imagens contra o chefe do Executivo, uma delas compara Bolsonaro ao ditador nazista Adolf Hitler. Agora, o portal também tem uma frase sobre “liberdade de expressão” na página inicial.

“A tática do medo para reprimir a verdade e a liberdade de expressão”, informou o site. Em seguida, o portal elenca diversas fotos com ofensas e ameaças que, supostamente, Gabriel Baggio Thomaz, dono do domínio, recebeu por ser dono do site.

“Seus dias estão sendo contados”, diz uma das mensagens. “Esquerda maldita! Pena que os militares de 1964 e 1984 não exterminaram todos”, informa outra, mencionando o período do regime militar. Ao final, o dono do portal afirma que a “intimidação não vai calar uma nação” e que tem recebido diversas mensagens de apoio.

Anteriormente, o portal era utilizado para divulgar feitos do governo de Jair Bolsonaro. No entanto, a equipe do presidente não renovou o direito do domínio e ele foi comprado, em janeiro deste ano, por Gabriel Baggio Thomaz. O site retrata Bolsonaro como uma “ameaça ao Brasil”.

Relacionadas

Para advogado de Bolsonaro, ataques em site promovem desinformação em massa

As publicações mostram o candidato à reeleição como um “expoente do neofascismo mundial”, que ele sempre “apoiou a violência” e compara regimes autoritários como o da Nicarágua, de Daniel Ortega —amigo de Lula (PT) —, com o atual momento político do Brasil.

O site também acusa Bolsonaro de aplicar uma “política de morte” durante a pandemia de covid-19 e mostra uma charge com presidente “atirando” o vírus nas pessoas. Além disso, possui uma contagem regressiva contando os dias para “fim” do atual governo, depois das eleições de outubro. Na parte inferior da página inicial há uma frase que informa que o endereço “não é administrado e nem pertence à família Bolsonaro”.