Um jovem de 26 anos foi o candidato a vereador mais bem votado do Brasil nas eleições municipais de 2024. Apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lucas Pavanato (PL) obteve 161,3 mil votos em São Paulo (SP). Ele representa a direita jovem brasileira, que se levantou nos últimos anos para atuar no cenário político nacional.
+ Leia mais notícias de Política em Oeste
Lucas Pavanato afirma ser um “soldado da direita”. Suas principais lutas são contra o aborto, contra as drogas e contra a ideologia de gênero. Um exemplo disso é a sua proposta de proibir que pessoas trans utilizem banheiros femininos, com o objetivo de proteger mulheres.
Pavanato diz que redes sociais foram fundamentais para sua campanha
Uma de suas principais ferramentas de campanha foram as redes sociais. Em entrevista a Oeste, Pavanato disse que as mídias dão às pessoas “a chance de se identificar com aquilo que realmente pensam”. Em outras épocas, “havia uma hegemonia que blindava e impedia que as pessoas realmente expressassem as próprias opiniões”, afirmou.
Leia mais: “Eleito em São Paulo, Lucas Pavanato (PL) é o vereador mais votado do país”
A seguir, os principais trechos da entrevista:
Como o senhor vê a importância das redes sociais como meio de realização de campanha política?
Entendo que as redes sociais ajudaram na projeção de candidatos eleitos. Desde que comecei na vida pública, a maior parte dos políticos tradicionais me dizia que as redes sociais não iriam ajudar. E, a cada eleição que passa, no entanto, mais políticos são eleitos por causa delas. Acho que isso se deve ao fato de que as plataformas permitem que qualquer opinião circule com relativa liberdade. As pessoas têm a chance de se identificar com aquilo que elas realmente pensam, diferentemente da época em que havia uma hegemonia que blindava e impedia que as pessoas realmente expressassem suas próprias opiniões. Hoje em dia as ideias fluem. Minha campanha é um exemplo disso.
Quais são as propostas que o senhor vai apresentar em seus primeiros dias como vereador em São Paulo?
Todas que propus vou apresentar. Primeiro, proibição de trans em banheiros femininos. Caso aprove a lei, as pessoas vão ter de usar o sexo biológico como critério para usar o banheiro. Isso é uma tentativa de proteger as mulheres, porque elas têm pouca vantagem física. Defendo isso para proteger as mulheres. Outro projeto é sobre a proibição de terapia hormonal em crianças. Temos de impedir que esse procedimento seja feito, porque traz prejuízos graves para a saúde. Muitas vezes uma criança fica confusa, mas lá na frente vai se identificar com o próprio sexo. Mais de 90% delas se identificam com o mesmo sexo depois de amadurecer. Também sou contra o aborto. Quero mostrar às mães que existe uma alternativa, que não é tirar a vida do próprio filho. A vida é o melhor caminho. A mãe não precisa optar pela medida mais radical, e que a esquerda vende como a mais fácil. Não é. Isso traz consequências nocivas para a própria mãe. Tenho um projeto para educação, que é uma das coroas da minha proposta. Educação financeira. Desde cedo, a criança precisa aprender a administrar o próprio dinheiro que cai na mão dela. Acredito nisso. Políticos de esquerda vão ficar revoltados, vão falar que é um projeto capitalista. Mas é o melhor a se fazer para preparar a criança para a vida.
Sobre a proposta de proibir trans em banheiros femininos: o senhor acredita que esse projeto vai ser aprovado na Câmara Municipal, que terá oito vereadores do PT e seis do Psol?
Acredito, porque há muitos políticos que vão seguir a maré. Temos uma bancada forte de direita, tem sete vereadores do PL. Também há outros partidos mais à direita. Temos Adrilles Jorge (União Brasil) e Rubinho Nunes (União Brasil), que vão concordar com essa pauta.
O que o senhor aprendeu com a campanha de 2022, quando não conseguiu se eleger a deputado estadual em São Paulo?
Aprendi que o eleitor não suporta político indeciso, que fica em cima do muro e que tem medo de se posicionar. Então, escolhi me posicionar, ter aliados e ser leal.
O que o senhor aprendeu no decorrer dos últimos anos ao trabalhar com Fernando Holiday?
Aprendi que você deve seguir o seu instinto. Se a pessoa não vai com a cara da outra, não confie. Seja prudente em seus relacionamentos. Também aprendi a ser fiel aos próprios princípios. Como jovem, muitas vezes, me precipitei. Mas aprendi que, às vezes, preciso parar e pensar antes de agir. Tenho aprendido a calcular melhor minha trajetória, graças a Fernando Holiday.
Qual foi a importância de ter o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro e do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto?
Com certeza o apoio de Bolsonaro me credibilizou muito. As pessoas que tinham alguma dúvida em relação a mim passaram a acreditar na minha sinceridade. Se Bolsonaro acredita, elas também vão acreditar. Sou grato a Valdemar Costa Neto, porque confiou em mim. Não tenho o que reclamar dele.
Como o senhor avalia a sua ida para o PL, depois de ter se candidatado a deputado estadual pelo partido Novo?
Bom, acho que o resultado eleitoral diz por si. Acho que acertei. Não tenho nada contra o partido Novo. Também é um partido de direita. Mas o PL foi uma excelente escolha. Me orgulho disso.
Agora é fazer a parte que cabe e não virar a casaca!
Se eu fosse Paulista, teria mais um voto. O meu…!
Boa tarde! Idem!