O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Polícia Federal (PF) a investigar denúncias de assédio contra Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos.
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A decisão foi assinada nesta terça-feira, 17. Nela, Mendonça determina a abertura de um inquérito formal sobre o caso. O processo está sob sigilo.
Investigação preliminar e decisão do STF
A PF já havia iniciado uma investigação preliminar e coletado alguns depoimentos. No entanto, a corporação acionou o STF para confirmar a continuidade das investigações ou se o caso deveria ser encaminhado à primeira instância, visto que Silvio Almeida não faz mais parte do governo.
A Procuradoria-Geral da República enviou um parecer favorável à abertura do inquérito. Almeida nega as acusações.
Demissão de Silvio Almeida e denúncias
O ex-ministro foi demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva depois das denúncias reunidas pela organização não governamental Me Too Brasil começarem a repercutir na imprensa. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, seria uma das supostas vítimas.
Com a formalização do inquérito, os investigadores planejam convocar o ex-ministro para prestar depoimento. Ele alega que não existem provas das acusações.
Leia também: “Assédio no centro do poder”, reportagem de Anderson Scardoelli e Sarah Peres Batista publicada na Edição 234 da Revista Oeste
O caso também está sob investigação do Ministério Público do Trabalho em Brasília e da Comissão de Ética Pública da Presidência República.
Silvio Almeida é o 1º ministro demitido por assédio sexual no Brasil desde a redemocratização
A demissão de Silvio Almeida do Ministério dos Direitos Humanos, em meio a acusações de assédio sexual, representa um evento sem precedentes no governo federal desde a redemocratização do Brasil, em 1985.
Esse caso foi identificado por um estudo conduzido pela Universidade de Brasília (UnB), que monitora crises de imagem na Esplanada dos Ministérios há 13 anos. O estudo não menciona o período anterior.
Coordenado pelo professor Wladimir Gramacho, da Faculdade de Comunicação da UnB, o estudo analisou quase 14 mil edições do jornal Folha de S.Paulo desde 15 de março de 1985, data que marcou o início da presidência de José Sarney.
Durante esse período, ministros enfrentaram mais de 500 crises de imagem, mas esta é a primeira motivada por alegações de teor sexual.
LULA NUNCA DEVERIA TER NOMEADO PRÁ MINISTRO UM NEGÃO CHEIO DE TESÃO. DEU NO QUE DEU !!!
Se entendi, ele será julgado no stf do ladrão. Então já está inocentado.
Esse cidadão se perdeu em sua arrogância Se acha superior a todos, inclusive por sua cor de pele Vai ter tempo para refletir na cadeia