(J. R. Guzzo, publicado no jornal O Estado de S. Paulo em 11 de novembro de 2024)
A fase da História que o Brasil vive hoje, caso ainda exista alguma coisa parecida com historiadores quando chegar a hora de contar o que está acontecendo aqui e agora, provavelmente vai ficar conhecida como a era da alucinação passiva. É como nos estados psicóticos em que o sujeito vê objetos que não estão na sua frente, ou ouve vozes que não existem, mas tem certeza de que está vendo e ouvindo tudo. A alucinação-master no Brasil de hoje é que o STF garante a sobrevivência da democracia neste país.
+ Leia mais notícias de Política em Oeste
Na verdade, é um delírio dentro de outro delírio — o de que existiria alguma democracia a ser preservada no Brasil. Deixou de haver, na maioria dos seus elementos essenciais, já há muito tempo, e fica cada vez menor a cada vez que o STF decide alguma coisa ou algum ministro abre a boca para nos instruir a respeito de como o país tem de funcionar. É assim porque o defeito não está no Brasil. Está no STF. Não é mais um tribunal de justiça. É apenas federal e, principalmente, supremo.
A falsificação mais espetacular, dentro desta miragem toda, é a ideia geral de que o STF, no fundo, é bem-intencionado, mas talvez “exagere” um pouco no seu “zelo” e se equivoque quanto aos “limites de suas funções.” Só que não há exagero, não há excesso e sobretudo não há nenhum equívoco. O Supremo se convenceu, e as realidades provam que tem todas as razões para se convencer, de que são os ministros os únicos autorizados a governar o Brasil. É assim mesmo que acha certo. É assim mesmo, exatamente, que acha que deve ser, hoje e sempre.
“Formou-se ‘maioria’, entre os árbitros do certo e errado, decretando que isso é indispensável para ‘salvar a democracia'” (J. R. Guzzo)
O presidente do STF decidiu que é ele quem tem de decidir sobre o uso obrigatório de câmeras nos uniformes dos policiais de São Paulo. O ministro Dino já se meteu nos preços das covas de cemitério, também em São Paulo. Já decidiram sobre o traçado de ferrovias no Mato Grosso, quantas gramas de maconha (fêmea) você pode levar no seu boldo ou que o batom, quando usado para pichar estátuas em Brasília, é arma com “substância inflamável”. Nada disso é por engano. É porque o STF quer que seja assim.
Os ministros querem que seja assim porque descobriram que dessa maneira eles governam o Brasil sem ter o incômodo de receber um único voto em eleições livres, populares e universais. Formou-se “maioria”, entre os árbitros do certo e errado, decretando que isso é indispensável para “salvar a democracia”; Executivo e Legislativo que fiquem aí saqueando o Orçamento Federal (também sob nossa supervisão) e metendo a mão no Erário Público, mas quem manda, mesmo, somos nós, o STF. O resto é análise.
SE VIVÊSSEMOS NUM PAÍS SÉRIO ESSE ITF JÁ TERIA IDO PRO ESPAÇO !!!
Grande “mestre” Guzzo! Pois é… O senhor já disse “isso” no “Estadão” e por aqui, também, reiteradas vezes. Nós já entendermos (na realidade o povo já sabia disso também; e, é por esse mesmo motivo que hoje temos cerca de 1400 presos políticos em Brasília), o povo já entendeu. Mas a pergunta que não quer calar é: – Afinal, o Brasil tem alguma perspetiva real de um dia voltar a ser (pelo menos algo parecido) um Estado Democrático “de Direito”?!
Ou, é preferível “chutar o balde” e (pra quem puder, claro!) se mandar pra outro país?!
Caso o Congresso não votar a LOA, Lei Orçamentária, vai ficar para os magnânimos Lulistas aprovarem ou alterar ao bel-prazer.
O que todos nós temos que ter em mente é que “eles” são APENAS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS pagos religiosamente em dia, com o fruto no nosso suor e trabalho. Detalhe: FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS que se esbaldam em mordomias e privilégios.
Não são deuses.
O inferno também está cheio de boas intenções.
É preciso parar esses pavões do supremo. Acuda, senado da república.
Os supremos escrachados federais só irão fazer sucesso com traficantes, presidiários e ditatores de países alienígenas. Polícia Federal, ainda é tempo, não cumpram ordens ilegais.
Temos no STF militantes de esquerda ao invés de juízes.
Supremo Tribunal do Hospício. Assistir o julgamento para regulamentação das redes sociais virou uma piada de mau gosto. Pior que os togados se acham. Que democracia que defendem? Atuam como ditadores.
O que eles não podem esquecer, e devem esquecer, é que cadeia também é feita para eles. Portanto, não pode cometer crime toda hora.
Corrigindo: … e não devem esquecer…
100% certo apenas não citou o porque da subserviência dos parlamentares
É o Supremo Hospício
Uma fotografia triste do Brasil, mas infelizmente, é a realidade, nua e crua…
Não sem razão, uma juíza eleitoral cassou o registro do prefeito eleito de Goiânia e condenou o governador, tornando-o ilegível. Medo de concorrer a presidência e vencer? Outra coisa: li, hoje, no jornal Metrópole de Brasília, um texto postado por Flávio Dino. Vale a leitura. Aliás, eu vi, também, uma coluna do Sr. Kfouri, sobre a alegria de ver que os 4 clubes de futebol que caíram para mia série B, são. Bolsonaristas!!!! Realmente a loucura tomou conta do Brasil!!!
O STF e o seu puxadinho, o TSE, estão implementando uma cartilha que já se mostrou bem sucedida na vizinha Venezuela. A cassação de candidaturas que se mostrem competitivas complementa as ações de “governo” do STF.
ESTAO COM A MAIORIA CONGRESSO AS SUAS MAOS.
STF ESTA FUNCIONANDO COMO IMPERADORES. ALO SENADO
É nisso que dá, colocar alguns dos limitados militantes de esquerda como Ministros do STF; sem critérios de mérito, a tomada da Corte pela mediocridade e pelo crime organizado era questão de tempo!