Já o terceiro candidato na disputa pelo Senado, que teve 335 vezes mais votos, não tomará posse
Carlos Francisco Portinho (PSD) estreou na política tentando uma vaga para vereador na cidade do Rio de Janeiro, em 2016. Na disputa, obteve cerca de 7 mil votos e não foi eleito. Em 2018, no entanto, em vez de se candidatar diretamente a algum cargo, Portinho decidiu ser suplente de senador na chapa encabeçada por Arolde de Oliveira (PSD) — então deputado federal fluminense. Oliveira se elegeu e assumiu a cadeira de senador, mas morreu em outubro, vítima do coronavírus. O resultado: Portinho tomou posse no Senado nesta terça-feira, 3, tendo recebido pouco menos de 7.200 votos em toda a vida.
César Maia, que ficou em terceiro lugar na disputa para a vaga em Brasília, teve mais de 2 milhões de votos. Sua representatividade nas urnas em 2018, portanto, foi 335 vezes maior que a de Portinho no ano em que ele não conseguiu se eleger vereador.
Portinho não assumiu o cargo ilegalmente. A lei eleitoral brasileira estabelece que, em caso de vacância da cadeira no Senado, o suplente assuma. O grande problema é que a brecha permite que políticos sem expressão nas urnas se tornem parlamentares da mais alta Casa de leis no país.
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APOIO A EXTINÇÃO DE TODOS OS SUPLENTES, DEFINITIVAMENTE. E DOS CARGOS COMISSIONADOS, E DOS FUNDOS ELEITORAIS. sem mais fundos eleitorais, não haverá mais pedidos de abertura de partidos.
Bom dia. Já são 19 suplentes no Senado (quase 25% do total) e 43 na Câmara. Além do Suplente existe a figura do “Segundo Suplente” e já há um caso deste na Câmara. O suplente também tem direito à aposentadoria pelo mandato. O quê o artigo em pauta pretende enfatizar é a singularidade de mais esta jabuticaba brasileira que não encontra modelo idêntico no resto do mundo. Não é uma crítica a este ou aquele parlamentar que vai ocupar o cargo dentro das regras estabelecidas, mas sim a essas regras. Ao comparar milhões de votos de um determinado candidato não eleito e a posse do suplente o artigo pretende demonstrar que a vontade do eleitor cristalizada nos votos em tese não é respeitada por essa regra que -devemos concordar- é no mínimo infame . Várias tentativas foram feitas para que essa regra fosse mudada sem êxito. É salutar constatar também que a grande maioria dos suplentes é composta por empresários que financiaram as campanhas dos titulares. Também é importante a leitura de trabalhos científicos publicados que demonstram que 43% dos suplentes NÃO seguiram as propostas de seus titulares de chapa, o quê demonstra o divórcio político entre a intenção do eleitor e a conduta do suplente. É isso!
É simples, só uma reforma política bem feita, acabaria com essas aberrações políticas.
Pelo menos não blindaram o Cézar Maia que é investigado por corrupção juntamente com o filho Rodrigo Maia.
Isso é Brasil
Sinto descordar, mas não têm sentido está reportagem, pois uma eleição não têm nada haver com a outra. Portinho concorreu na chapa com o Arolde,por isso faz jus ao cargo. Paulo Marinho que é suplente do Flávio Bolsonaro não têm votos nenhum, se formos pensar assim.
Prefiro o Portinho do que o papai do porquinho Nhonho, oinc, oinc!
Tem males que vem pro bem, menos um Maia no congresso.
Hein? Que joça de matéria é essa? Vota-se na chapa. E ainda bem que maia não é senador! Votamos em Arolde, não maia.