Menos gente está apoiando o presidente nas redes sociais, mas é alta a disposição para o combate
O número de pessoas comprometidas com a defesa do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais caiu. Ainda assim, embora reduzida, a tropa garantiu uma elevada atividade digital, publicando um volume maior de posts per capita. É um indicador importante, já que a base bolsonarista se organiza prioritariamente nas redes sociais. A constatação é de um estudo realizado pela consultoria Bites, especializada em análise de dados.
Em 26 maio de 2019, quando movimentos populares convocaram atos pró-Bolsonaro, em resposta a protestos organizados pela esquerda contra cortes no orçamento do Ministério da Educação, o Twitter registrou um nível de atividade excepcional: 887 mil perfis publicaram 4 milhões de tuítes. Uma média de 4,5 posts por perfil. Esse volume considera o dia das manifestações e as 72 horas anteriores.
Utilizando a mesma métrica — ou seja, 15 de março de 2020 e mais os três dias antes dos atos em favor do presidente —, a Bites identificou um contingente significativamente inferior: 195 mil perfis mobilizaram-se e postaram 2 milhões de tuítes. No entanto, a média foi bem superior à do ano passado: 10,39 posts por perfil. A conclusão é evidente: a base encolheu, mas está bem disposta para o combate. No que diz respeito a atividade de robôs, não há razão para que tenha sido tão superior em 2019. Se houve antes, o presumível é que agora a proporção seria equivalente.