O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), requisitou informações a 14 artistas que participaram do showmício de Lula na campanha eleitoral do ano passado. Eles devem informar a estimativa de cachê, caso tivessem cobrado, “para execução ao vivo de uma música ou por presença VIP”.
No entanto, o magistrado mantém a lista de artistas sob sigilo “para preservar os destinatários”. “As informações serão juntadas ao processo em caráter sigiloso, restringindo-se o acesso às partes, aos seus procuradores e à Procuradoria-Geral Eleitoral e ficando todas e todos que acessarem os dados obrigados a preservar o sigilo, sob as penas da lei.”
Conforme a decisão, da segunda-feira 4, o prazo para juntar as informações é de cinco dias, com multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento.
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Na época, participaram do show realizado em São Paulo e transmitido ao vivo pela internet, artistas como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Pabllo Vittar, Paulo Miklos, Daniela Mercury, Paulo Vieira, Emicida, Margareth Menezes, Duda Beat, Walter Casagrande, Djamila Ribeiro, Itamar Vieira Júnior, Lilia Schwarcz, Silvio Almeida, Johnny Hooker, Fabiana Cozza, Vladimir Brichta, Júlia Lemmertz e Cláudia Abreu.
A decisão de Gonçalves foi proferida em Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) ajuizada pela coligação de Jair Bolsonaro. O ex-presidente e sua coligação afirmaram que Lula praticou abuso de poder econômico ao se valer de evento de alto custo, considerando o cachê potencial dos artistas e influenciadores.
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A coligação de Bolsonaro também alegou que houve uso indevido dos meios de comunicação, já que o evento foi transmitido pela internet e disponibilizado no YouTube, para passar uma mensagem fraudulenta de que toda a classe artística apoiava a candidatura petista. O material foi tirado do ar ainda em setembro, por ordem do próprio TSE.
PT disse que evento custou R$ 1 milhão e omitiu cachê de artistas em showmício
Ao prestar contas ao TSE, a campanha de Lula declarou que gastou pouco mais de R$ 1 milhão no evento, valor que incluiu gastos com serviços de marketing e divulgação, registros fotográficos, assessoria, produção, hospedagem e transporte.
A coligação petista omitiu da contabilidade o custo com contratação dos artistas que se apresentaram no evento e também não registrou o eventual cachê como doação. Com isso, os autores da Aije pediram ao TSE para fazer prova dos valores dos cachês usualmente praticados.
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Embora tenha deferido o pedido da coligação de Bolsonaro de provar o gasto potencial com os cachês, Gonçalves já adiantou que a ausência dos cachês na prestação de contas da campanha de Lula é um “desdobramento lógico da defesa da licitude do evento, tendo por premissa que a participação de artistas e influencers no ato de campanha refletiu livre exercício de manifestação política”
O ministro também determinou à empresa GL Events que forneça cópia da documentação relativa à contratação de espaço no complexo do Anhembi e de eventuais serviços para realização do evento.
Lula responde a outras três ações no TSE
A Aije do showmício é uma das quatro ajuizadas contra a campanha de Lula. Contra Bolsonaro, foram ajuizadas 16. A única que foi julgada até agora resultou na inelegibilidade do ex-presidente por oito anos.
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Em junho, o TSE concluiu que ele praticou abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação na reunião com embaixadores na qual questionou a segurança do sistema eleitoral.
Participaram do showmício vendendo fiado, para cobrar depois, i.é., agora.
É muita cara de pau, alguém acha que algum artista lulista débil mental militante vai dizer que recebeu alguma coisa. Essa gente acha que somos idiotas, estão nadando de braçada, defecando em nossas cabeças e não temos a quem pedir socorro.
Isto é para desviara a atenção.
Mas que a soma destes artistas ultapassou de muito 1 milhão, com certeza ultrapassou.
O Binidito Gonçalves é um assecla do Luladrão. Ele esta levantando uma nuvem de poeira, mas sempre disposto a dar a cara aos tapas do chefe.