A escola de samba Vai-Vai, envolvida em polêmicas no Carnaval de 2024 em São Paulo, recebeu mais de R$ 2 milhões por meio da Lei Rouanet. A informação foi divulgada pelo portal Metrópoles e confirmada por Oeste.
Apresentando o enredo “Capítulo 4, Versículo 3 — Da Rua e do Povo, o Hip Hop: Um Manifesto Paulistano”, a escola de samba abordou o tema da “marginalização” de artistas ligados ao hip hop. A Vai-Vai fantasiou seus membros de policiais militares e os transformou em “demônios”.
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A autorização do Ministério da Cultura ocorreu em julho de 2023, com prazo final para captação de recursos até 30 de abril de 2024. Na justificativa, a Vai-Vai afirma que os recursos visam à “produção e à realização do desfile do Vai-Vai no grupo especial do Carnaval 2024 de São Paulo, onde serão distribuídas fantasias para a comunidade”.
“Um dos aspectos mais importantes do projeto é o fato de ele ser realizado pela população carente brasileira e para a mesma”, diz a escola de samba, ao solicitar os recursos via Lei Rouanet. “Pretendemos, portanto, dar oportunidade para que a população carente tenha acesso à cultura, fazendo com que ela participe e contribua para a realização de projetos culturais.”
Parlamentares querem barrar recursos públicos à Vai-Vai
Na segunda-feira 12, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e o governador do Estado, Tarcísio Gomes de Freitas, receberam ofícios assinados pelos deputados Capitão Augusto e Dani Alonso, ambos do PL. Nos documentos, os signatários pediram a suspensão de recursos públicos para a escola de samba. A Lei Rouanet seria uma das fontes, apenas.
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Além de servir como punição, dizem os deputados, a medida daria um “claro sinal de que ofensas contra as instituições e profissionais de segurança não serão toleradas em nosso Estado”.
Em nota, a escola de samba Vai-Vai afirmou que não teve a intenção de promover nenhum tipo de ataque individualizado nem provocação a policiais e agentes de segurança pública.
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Onde está o Silvio, é só fincar a enxada, que tem minhoca.