Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, mencionou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será responsável por escolher o candidato à Presidência da República pelo partido em 2026, caso ele próprio não possa concorrer. A declaração foi feita em uma inserção veiculada pela legenda na TV neste sábado, 15.
Proibição de comunicação entre Valdemar e Bolsonaro
Apesar da inserção, Valdemar e Bolsonaro estão proibidos pelo Supremo Tribunal Federal de se comunicarem desde fevereiro. A dupla foi alvo da Operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta trama que, de acordo com alguns agentes, tentaria impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula e, consequentemente, manter Bolsonaro no poder.
Inelegibilidade de Bolsonaro até 2030
A menção de Valdemar à possibilidade de Bolsonaro não concorrer refere-se à inelegibilidade até 2030, declarada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no ano passado. A Corte entendeu que houve uso político do evento de comemoração do 7 de Setembro e por difundir tecer críticas à urna eletrônica em reunião com embaixadores, no Palácio do Planalto, em junho de 2022.
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Embora inelegível, Bolsonaro disse a pelo menos três pessoas que aposta em recursos no TSE para reaver o direito de se candidatar em 2026. As informações nesse sentido partem do jornal Folha de S.Paulo.
Possíveis candidatos da direita
No campo da direita, são cogitados como presidenciáveis para 2026 os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG) e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO).
“Bolsonaro e o povo brasileiro fizeram do PL o maior partido do Brasil”
Valdemar Costa Neto
Na TV, Valdemar destacou que Bolsonaro “tem os votos” e que o PL deve isso a ele. “Queremos o Bolsonaro candidato a presidente do Brasil pelo PL”, disse o dirigente partidário. “Agora, se ele não for, quem decide quem vai ser o candidato a presidente é o Bolsonaro. Quem decide quem vai ser o candidato a vice-presidente é o Bolsonaro. Nós devemos isso a ele, é ele quem tem os votos. Bolsonaro e o povo brasileiro fizeram do PL o maior partido do Brasil.”
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A proibição de comunicação entre Valdemar e Bolsonaro deve ser um caso único no mundo. Revoltante, para dizer o mínimo.