Van Hattem defende candidatura própria à presidência da Câmara e afirma: 'Podemos chegar ao segundo turno'

O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) revelou que atua nos bastidores para que a oposição tenha um candidato próprio na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados em 2025.

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Em entrevista a Oeste, nesta quinta-feira, 17, o vice-líder da Câmara afirmou que já existem, no mínimo, 130 votos garantidos para um candidato de direita.

“Com 130 votos, temos condições de avançar para um segundo turno em uma eleição para a presidência da Câmara”, declarou o parlamentar. “Não podemos abrir mão dessa chance.”

Segundo o deputado, a escolha de um candidato independente é essencial, principalmente porque os demais nomes são de centro e não estariam comprometidos com um possível processo de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele ressaltou que muitos desses candidatos possuem ligações diretas com o governo, uma vez que seus partidos ocupam cargos nos ministérios.

Projeto de lei de anistia se torna moeda de troca para garantir apoio na disputa pela presidência da Câmara

Ainda assim, uma ala do Partido Liberal (PL), sigla de Jair Bolsonaro, deve apoiar o candidato de Arthur Lira (PP-AL), deputado Hugo Motta (Republicanos-PB). Em troca desse apoio, o PL busca conquistar a primeira vice-presidência da Câmara. Além disso, o partido deseja avançar com o projeto de lei que propõe a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

Hugo Motta, por sua vez, tem evitado se posicionar publicamente sobre a questão da anistia. Durante uma reunião com deputados do PT, nesta quarta-feira, 16, ele preferiu não responder às perguntas sobre o tema. Nesta quinta-feira, 17, quando interpelado novamente pela Folha de S.Paulo, o parlamentar manteve sua postura evasiva e disse que o partido tomará uma decisão “no momento certo”.

Nos bastidores das negociações para a eleição da nova liderança da Câmara, o projeto de anistia continua a ser um ponto central de discussão. O PL, de Jair Bolsonaro, apoia firmemente a aprovação da proposta, enquanto o PT, de Lula, se mantém contrário.