A equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem ao menos 423 integrantes, divididos entre 30 grupos de trabalhos. Essa multidão inclui nomes que vão desde a deputada federal Gleisi Hoffman, presidente do PT, até o também deputado Túlio Gadelha (Rede-PE), namorado da apresentadora e jornalista Fátima Bernardes.
O documento obtido por Oeste foi atualizado nesta quarta-feira, 30. O número, contudo, é ainda maior. Ele não inclui, por exemplo, os integrantes da equipe de Defesa, pois o PT ainda não anunciou quem estará nela. A quantidade de equipes dá uma ideia de quantos ministérios o petista pretende criar em sua gestão. Nos últimos quatro anos, durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), foram 23 pastas.
O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), é o coordenador-geral da equipe. Abaixo dele estão Gleisi, como coordenadora de articulação política, o ex-ministro Aloizio Mercadante (coordenador dos grupos técnicos), o ex-deputado federal Floriano Pesaro (coordenador-executivo) e a futura primeira-dama, Rosângela da Silva (Janja), que aparece no cargo de “coordenadora da posse”.
A equipe também conta com 13 pessoas que integram um conselho político indicado pelo PT. Além disso, possui pouco mais de cem parlamentares indicados para grupos técnicos.
O jornalista Augusto Nunes, colunista de Oeste, afirma que, nos 13 anos em que estiveram no poder, Lula e Dilma Rousseff tinham como projeto mais bem-sucedido o programa “Desemprego Zero para a Companheirada”, numa referência à quantidade de militantes do partido com cargos dentro da máquina pública. Lula ainda não assumiu. Mas o tamanho do seu “governo de transição” — nome dado à equipe — deixa evidente que esse programa foi retomado antes mesmo da posse.
Confira abaixo o documento na íntegra:
Leia também: “Transição ao passado”, reportagem de Artur Piva e Guilherme Lopes para a Edição 139 da Revista Oeste.