O premiê da Espanha, Pedro Sánchez, publicou nesta quinta-feira, 12, um vídeo no qual recebe e cumprimenta com um abraço Edmundo González, opositor do ditador Nicolás Maduro. Esta foi a primeira aparição do ex-diplomata venezuelano desde o último domingo, 8, quando se refugiou no país europeu.
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“Dou calorosas boas-vindas do nosso país a Edmundo González Urrutia, a quem recebemos mostrando o compromisso humanitário e a solidariedade da Espanha com os venezuelanos”, escreveu Sánchez no Instagram.
Encontro entre premiê da Espanha e González nos jardins do Palácio da Moncloa
O vídeo mostra González e sua filha caminhando com Sánchez pelos jardins do Palácio da Moncloa, sede do governo espanhol. “A Espanha continua trabalhando a favor da democracia, do diálogo e dos direitos fundamentais do povo irmão da Venezuela”, acrescentou o premiê.
Assista ao vídeo do encontro entre Pedro Sánchez e Edmundo González:
O encontro ocorreu um dia depois de a Câmara dos Deputados da Espanha aprovar uma moção que reconhece González como legítimo presidente da Venezuela.
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González publicou um comunicado, logo depois da reunião, no qual agradeceu pela recepção. “Ratifiquei minha determinação de continuar a luta para fazer cumprir a vontade soberana do povo venezuelano”, afirmou.
O que diz a oposição
O Partido Socialista Operário Espanhol (Psoe), que fez oposição a Sánchez, foi contra a decisão da Câmara dos Deputados de reconhecer a vitória de González no pleito. A legenda argumenta que não deseja repetir o caso de Juan Guaidó, que caiu no esquecimento depois de ser reconhecido como presidente por mais de 50 países, em 2019.
Naquele ano, Guaidó, então líder da Assembleia Nacional, se autoproclamou presidente da Venezuela, mas com poucos resultados práticos.
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A situação atual, contudo, é diferente. Embora Nicolás Maduro reivindique sua eleição com maioria dos votos, apenas a oposição apresentou as atas eleitorais. Tais documentos foram, inclusive, validados por várias organizações independentes.
Fuga de González e mandado de prisão
A publicação dessas atas é um dos motivos pelos quais González fugiu da Venezuela, em um voo da Força Aérea Espanhola. Sua saída do país ocorreu depois que a Justiça venezuelana, controlada pelo regime chavista, emitiu um mandado de prisão contra ele por atos de “conspiração”.
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