O tema central desta edição de Oeste é a liberdade. Liberdade política, ideológica, econômica, sobretudo a liberdade de expressão. É fundamental defender com especial vigor esta ramificação num momento em que quase toda a imprensa brasileira — com seus “consórcios” e “agência de checagem” em busca de notícias que contrariem o discurso da mídia oficial — vai se transformando na única do mundo democrático disposta a defender a censura.
“É, em sua grande maioria, a favor do projeto de ‘controle social’ da mídia que Lula promete criar no Brasil para calar a voz das redes sociais”, diz J.R. Guzzo. Na esteira da imprensa, ele relaciona várias entidades engajadas na militância ostensiva contra a liberdade. Entre elas figura a Ordem dos Advogados do Brasil.
A OAB, constata Guzzo, “não admite, nem mesmo, a realização de eleições livres para escolher a sua própria diretoria”. O comando da Câmara e o do Senado, por sua vez, apoiaram a prisão de um parlamentar. De novo Guzzo com a palavra: “É toda a polícia que se formou em torno da covid, da vacina e do ‘fique em casa’. São todos, enfim, que não conseguem pronunciar a palavra ‘liberdade’ sem juntar a ela, imediatamente, a palavra ‘limites’”.
Termos semelhantes foram usados na semana passada durante o julgamento do deputado federal Daniel Silveira pelos ministros do STF. “O direito à liberdade de expressão, na própria jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não é um direito absoluto”, afirmou o presidente Luiz Fux. “A liberdade de expressão não é um direito absoluto”, concordou Luís Roberto Barroso.
Enquanto a cúpula do Judiciário brasileiro submetia a liberdade a sessões de tortura, Elon Musk consumou a compra do Twitter. O bilionário que lidera a lista dos mais ricos da Forbes não economizou dinheiro no esforço para libertar o pássaro azul da gaiola ideológica. Coincidentemente ou não, páginas de pessoas e sites tidos como de direita ou conservadores registraram expressivos aumentos de seguidores. O futuro do Twitter e suas consequências globais são examinados pela reportagem de capa desta edição, escrita em parceria por Cristyan Costa e Dagomir Marquezi. O desfile de informações é ampliado pelas colunas de Ana Paula Henkel, Guilherme Fiuza e Rodrigo Constantino.
Em homenagem a esse tema considerado essencial para Oeste, reproduzo abaixo um trecho do pacto que a revista formalizou com seus leitores no dia de seu nascimento: “Estamos convencidos de que todo homem tem direito a um conjunto de liberdades naturais, não negociáveis e evidentes por si mesmas — as liberdades de expressão, de posição política, de religião, de voto, de ir e vir, de empreender e de conservar o fruto do seu trabalho. Nenhuma delas é dada pelos governos; todas fazem parte do patrimônio com que já nascem todos os seres humanos”.
Boa leitura.
Branca Nunes
Diretora de Redação
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Deus vos abençoe
Obrigado OESTE pelo firme e inegociável compromisso com a LIBERDADE
Liberdade, sempre!!!!
Às liberdades essenciais citadas, junto a sexual, porque o corpo é propriedade de cada um e como tal deve ser respeitada.
Oeste é para ser louvada como reduto da liberdade.
Parabéns a todos.
Na verdade, cara sra. Luzia Helena, o corpo NÃO é propriedade de cada um, pois foi Deus quem o criou ( e colocou a sua alma nele…), logo, eu, vc., apenas temos a liberdade de usá-lo como quisermos, mas ele não é nosso, é do Criador de tudo. Claro, vc. faz o que quiser com ele, inclusive, sexualmente, mas ele não é seu e há conseqüencias do mal uso dele, mas sim; vc. faz o que desejar dele. Abs.
Oeste é um oásis nesse mundo cheio de limites e comunicação esquizofrênico. Parabéns
Nem todo correto de hoje, ontem foi correto, quem dirá do de amanhã.
Não nascemos para ficarmos parados, modas e modismos são passageiros, ideologias também.
Um viva para a real liberdade de expressão dentro da verdeira liberdade de atuação.