Pular para o conteúdo
publicidade
Cruzes com os nomes das vítimas do tiroteio na última terça-feira (24) são colocadas do lado de fora da escola Robb Elementary em Uvalde, Texas | Foto: Jae C. Hong/AP/Shutterstock
Edição 114

Até quando?

O que aconteceu nesta semana em Uvalde, no Texas, e em outras ocasiões semelhantes na história norte-americana vai além do raso debate “mais armas ou menos armas"

Ana Paula Henkel
-

Qualquer tragédia que arrebata vidas humanas é devastadora. Mas uma tragédia que ceifa vidas de crianças inocentes é algo tão avassalador que deixa marcas profundas em todos nós. É difícil sequer imaginar o que os pais e os familiares das 19 crianças mortas nesta semana por um atirador em uma escola no Texas podem estar passando. Como alguém pode cometer uma atrocidade dessa magnitude? E aqui, antes de seguirmos com a nossa conversa semanal, peço, por gentileza, que fechem os olhos por alguns segundos e façam uma prece para essas famílias.

Como sempre fazem, as almas vazias do mundo aproveitaram a tragédia para empurrar suas agendas políticas. Durante uma coletiva de imprensa das autoridades do Texas, com a presença de policiais, do prefeito da cidade de Uvalde e do governador, Gregory Abbott, todos visivelmente abalados pelo terrível evento, o candidato democrata ao governo do Estado, Beto O’Rourke, um dos que participaram das primárias democratas em 2020, resolveu se levantar e ir até a mesa “cobrar” uma resposta do governo sobre o banimento de armas, pauta de seu partido. De maneira desprezível e oportunista, O’Rourke usou a tragédia para impulsionar sua candidatura ao governo do Estado e continuar sob os holofotes.

Enquanto as autoridades do Texas identificavam as vítimas do massacre, avaliavam suas consequências e tentavam, dentro do humanamente possível, cuidar dos familiares das vítimas do massacre, o ex-presidente Barack Obama divulgou uma mensagem no Twitter invocando a morte de George Floyd, assassinado pelo policial Derek Chauvin, em Minneapolis, durante uma prisão, em 25 de maio de 2020. Em um malabarismo insensível e bizarro, Obama conectou o tiroteio da escola em Uvalde ao segundo aniversário do assassinato de Floyd: “Enquanto lamentamos os filhos de Uvalde hoje, devemos ter tempo para reconhecer que dois anos se passaram desde o assassinato de George Floyd sob o joelho de um policial. Sua morte permanece com todos nós até hoje, especialmente aqueles que o amavam”, tuitou o ex-presidente. Narcisismo e psicopatia em estado puro.

Mais armas X menos armas

Longe das abjetas tentativas de usar a inimaginável dor de pais e mães para as agendas políticas, é preciso abordar de maneira honesta e com maior profundidade alguns pontos importantes que podem estar mudando os perfis da sociedade norte-americana, principalmente dos adolescentes. O que aconteceu nesta semana em Uvalde e em outras ocasiões semelhantes na história norte-americana vai além do raso debate “mais armas ou menos armas”. A própria expressão “tiroteio em massa” (mass shooting), usada em eventos como esse, já carrega em si uma ansiedade difícil de ser controlada. Nos Estados Unidos, existem várias definições diferentes, mas comuns, de “tiroteios em massa”.

O Serviço de Pesquisa do Congresso define tiroteios em massa como incidentes múltiplos, com arma de fogo e homicídio envolvendo quatro ou mais vítimas em um ou mais locais próximos uns dos outros. A definição do Federal Bureau of Investigation (FBI) é essencialmente a mesma. Muitas vezes há uma distinção entre tiroteios em massa privados e públicos, como uma escola, um local de culto ou um estabelecimento comercial. Os tiroteios em massa realizados por terroristas estrangeiros não estão incluídos, não importa quantas pessoas morram ou onde o tiroteio ocorra. Essas formulações são certamente viáveis, mas o limite de quatro ou mais mortes é arbitrário. Há também exclusões importantes. Por exemplo, se 20 pessoas são baleadas, mas apenas duas morrem, o incidente não é um tiroteio em massa. Mas nada disso importa quando essas tragédias acontecem. O fato é que, em menos de duas semanas, Salvador Ramos, 18 anos, matou 19 crianças e dois professores em uma escola primária no Texas, e Payton Gendron, também de 18 anos, assassinou dez pessoas em um supermercado em Buffalo, Nova Iorque.

Ambos, Gendron e Ramos, tinham sérios distúrbios mentais. As pessoas ao seu redor sabiam disso. Família, amigos, escolas. Ambos os assassinos disseram a outras pessoas que planejavam cometer um tiroteio em massa e então o fizeram. O atual sistema de alerta em vigor não está funcionando. O que, de fato, está acontecendo com muitos jovens? Uma pessoa que tem a intenção de cometer violência é muito difícil de ser parada em qualquer circunstância. Um ato do Congresso norte-americano não vai fazer isso, nem o controle de armas, nem a extinção da Segunda Emenda. Há mais armas nos Estados Unidos do que pessoas, cerca de 400 milhões. Sempre houve. Seja qual for sua opinião sobre esse fato, os norte-americanos nunca se disporão de suas armas. A Constituição proíbe isso e uma nova guerra civil provavelmente seria desencadeada se a proposta fosse adiante.

Sobre controle de armas, quer você concorde com ele ou não, isso não impedirá o próximo Payton Gendron ou Salvador Ramos de agirem, e toda pessoa racional sabe disso. Quem puxa o gatilho, esfaqueia, queima, atropela são pessoas, e a única maneira de parar muitos desses assassinatos é descobrir por que a sociedade norte-americana (assim como a brasileira) está produzindo tantos jovens violentos. Há uma razão pela qual eles estão agindo dessa maneira. Qual é esse motivo? E não são apenas atiradores em massa na América, esses que aparecem diabolicamente de tempos em tempos na televisão. Nos Estados Unidos e também no Brasil, são bandidos armados com armas ilegais, ladrões de carro, de estabelecimentos e residências. Por que estão agindo assim? Essa deveria ser uma das principais perguntas em todo esse contexto. Obviamente, é um dos pontos que democratas odeiam abordar, porque cavar soluções dentro de problemas complexos acabaria por enterrar as agendas políticas.

Armas, big techs e big pharmas

Poucas horas depois de 19 crianças terem sido assassinadas, o presidente dos Estados Unidos fez um pronunciamento na televisão e o tom não foi de união ou elevação do espírito de uma nação profundamente ferida e em agonia. Em vez disso, ele aproveitou a oportunidade para mais uma vez discutir com quem não votou nele, e o fez, como sempre, de maneira vergonhosa. Biden disse: “Como nação, temos de perguntar: ‘Quando, em nome de Deus, vamos enfrentar o lobby das armas? Quando, em nome de Deus, saberemos dentro de nós o que precisa ser feito? Para que, em nome de Deus, você precisa de armas, exceto para matar alguém?’ É simplesmente doente e os fabricantes de armas passaram duas décadas comercializando agressivamente armas, o que os torna maiores e com maior lucro. Pelo amor de Deus, temos de ter a coragem de enfrentar a indústria”.

As crianças estão morrendo porque o lobby das armas está lucrando. A desonestidade chega a ser inacreditável. E irracional também. Logo após o terrível tiroteio, o New York Times publicou a mesma ideia sobre o lobby das armas. Só não contaram que a National Rifle Association (NRA) declarou falência no ano passado, enquanto as big techs gastaram mais de US$ 70 milhões fazendo lobby no Congresso. As big pharmas gastaram US$ 92 milhões também fazendo lobby em Washington apenas no primeiro trimestre de 2021, enquanto a NRA gastou US$ 2,2 milhões em todo o ano de 2020, ano de eleições presidenciais. Seja qual for o problema, não é o lobby das armas que está matando pessoas inocentes. Este é um assunto muito sério para bobagens como essa, empurrada pela assessoria do Partido Democrata, ou a velha imprensa norte-americana, como preferirem.

Segundo uma pesquisa feita pela ABC News, “cerca de 11% dos crimes violentos na cidade de Los Angeles envolveram um sem-teto em 2018, 13% em 2019 e 15% em 2020”. Tenha em mente que os moradores de rua representam cerca de 1% da população total de Los Angeles, mas estão envolvidos em quase um quinto de todos os crimes violentos na cidade. Ah, mas não há nada para ver aqui. Circulando, circulando. Todos aqui em Los Angeles sabem que isso está acontecendo porque esses números aumentam a cada ano. E o que está acontecendo nas ruas também acontece nas escolas.

O que mudou?

O diretor-executivo da Associação Nacional de Oficiais de Recursos Escolares, Mo Canady, disse recentemente em uma entrevista que as escolas estão “vendo mais agressão em termos de brigas e roubos”. Segundo Canady, isso não costumava acontecer, mas está acontecendo agora em grande intensidade. Por quê? Não são armas. Não é sobre o lobby de armas. Mais famílias norte-americanas tinham armas em casa há 50 anos do que agora. De acordo com a Rand Corporation, 45% dos lares norte-americanos tinham uma arma em 1980. Em 2016, isso caiu para 32%. Então o problema não é que estamos mais armados do que estávamos. O problema é que as pessoas mudaram. Os jovens mudaram e estão mais violentos. Por quê?

Essa deveria ser a conversa bipartidária aqui nos Estados Unidos e a que deveria unir políticos de todos os espectros no Brasil. Mas ela vem sendo abafada por lunáticos que buscam atenção e que esperam apenas ganhar a próxima e a próxima e a próxima eleição, sem se preocupar, de fato, com as raízes profundas de problemas que não são simples.

Mais de 107 mil norte-americanos morreram de overdose de drogas em 2021. Esse é o maior número anual de mortes já registrado e um aumento de 15% em relação ao ano anterior

Provavelmente existem muitas causas para essas dificuldades e transtornos em adultos e adolescentes. O uso de antidepressivos nos Estados Unidos — como no Brasil — está aumentando dramaticamente. Entre 1991 e 2018, o consumo total de Selective serotonin reuptake inhibitors (SSRIs), ou inibidores seletivos da recaptação de serotonina, aumentou nos EUA em mais de 3.000%. Esses inibidores deveriam reduzir doenças mentais, mas algo não está indo na direção correta. No Canadá, as prescrições de antidepressivos financiadas pelo Estado para jovens dobraram na última década. Durante os lockdowns da pandemia, as prescrições dos inibidores aumentaram ainda mais. Um grupo de farmácias chamado “Express Scripts” relatou que as prescrições de antidepressivos aumentaram mais de 20% durante a pandemia de covid. De acordo com os números mais recentes, mais de 40 milhões de norte-americanos estão tomando drogas psicoativas. Isso é aproximadamente uma em cada dez pessoas!

Mostrei esses dados a uma amiga médica que está no campo da psiquiatria há quase 30 anos, e ela relatou que está assustada com o movimento dos antidepressivos na América. O objetivo dessas drogas é tornar o indivíduo mentalmente mais saudável, reduzir o suicídio e a violência, mas, ainda assim, as taxas de suicídio e violência estão aumentando. Não sabemos se isso é causalidade, mas precisamos encarar esse assunto com profissionalismo e preocupação. Novos números divulgados nesta semana pelo Centers for Disease Control and Prevention, o hoje famoso CDC, mostram como as overdoses de drogas aumentaram durante a pandemia. Mais de 107 mil norte-americanos morreram de overdose de drogas em 2021. Esse é o maior número anual de mortes já registrado e um aumento de 15% em relação ao ano anterior.

O isolamento humano através das telas digitais

Mas, então, as pessoas estão usando mais drogas, estão mais instáveis, estão se matando com maior frequência e, em outros casos, matando outras pessoas. O problema é tentar encontrar a raiz da mentalidade de quem mata crianças em uma escola primária! A pessoa deve estar tão terrível e profundamente desconectada de outros seres humanos que isso pode parecer normal, como uma regra que se aplicaria a todos nós. O que poderia estar aumentando o sentimento de desconexão que temos um do outro? Pesquisando alguns dados na internet, encontrei que, em 2020, os adultos nos Estados Unidos passavam em média oito horas todos os dias nas mídias e nas plataformas digitais olhando para uma tela. Os lockdowns eternos pioraram, e muito, essa situação. É claro que não estou apontando para uma, duas ou qualquer causa certa para insanos possuídos matarem pessoas, não acredito que haja uma única causa, mas não é difícil ver que esse isolamento humano através das telas digitais pode estar pesando mais do que imaginamos. Em relação a 2019, esse aumento foi de 20%.

Charles Krauthammer, proeminente escritor norte-americano, comentarista político, médico psiquiatra por Harvard e colaborador-chefe do terceiro Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (falecido em 2018), disse, após um tiroteio em massa no Washington Navy Yard, em setembro de 2013, que há muitos doentes mentais em nossa sociedade e que precisamos parar de ignorá-los, especialmente quando políticos travestem esse isolamento covarde e vil com vestes de falso amor e cuidado. Krauthammer, vencedor do Prêmio Pulitzer em 1987, disse: “Ele (o atirador) precisava de ajuda. Há 30 anos, os policiais o teriam levado para uma sala de emergência psiquiátrica. Ele provavelmente teria recebido antipsicóticos e provavelmente teria sido hospitalizado por algumas semanas. Era assim que se fazia nos anos 1970, quando eu exercia a psiquiatria, mas hoje isso não acontece. Os policiais foram embora e ele foi deixado sozinho. Ele era um homem que não deveria estar sozinho. Ele deveria ter o Estado cuidando dele e acabou matando pessoas. Olha, você quer respeitar as liberdades civis de todos, mas há um ponto em que, se você não assumir o controle de pessoas que estão claramente fora da realidade, você está prejudicando essas pessoas, expondo-as e, claro, expondo tragicamente muitos inocentes ao seu redor”.

No rescaldo de tragédias como a desta semana no Texas, e outras como Columbine, Parkland, Sandy Hook, os norte-americanos ouvem as características compartilhadas dos atiradores: normalmente são jovens do sexo masculino que obtiveram uma arma normalmente de maneira ilegal, usaram drogas ou estão fazendo uso de antidepressivos pesados, abandonaram a escola e cometeram ou planejaram suicídio como o grand finale para seus assassinatos, além de sérios problemas familiares com lares sem pais.

A mente humana é complicada. Fato. Mas paramos de falar de pessoas para dar lugar ao coletivismo macabro que ignora o indivíduo, seus problemas e as consequências muitas vezes diabólicas de seus atos. O que esses assassinos têm em comum? A resposta aos tiroteios em massa nos Estados Unidos ou à criminalidade no Brasil não pode ser a sempre fácil e rasa retórica de confisco universal de armas. A falsa bondade em ignorar doentes mentais ou viciados em drogas, sejam as ilícitas, sejam as com prescrição médica, pode ter um preço alto demais e sem volta. Foi assim que, nesta semana, a pequena cidade de Uvalde, no Texas, mudou para sempre.

Leia também “O ativismo judicial e a barbárie”

21 comentários
  1. Fabyo
    Fabyo

    Como o mundo seria diferente se tivéssemos mais “Anas”. Pessoas incríveis em muitas coisas, inteligentes, lógicas… A mídia então aí seria um meio valioso e produtivo, de fato informativo. Ao invés disso, temos alucinados ideológicos recheados com desonestidade e até muita maldade.

  2. Romeu José Paludo
    Romeu José Paludo

    Ana, como sempre, certeira! A podridão da sociedade (brasileira ou americana) é mais em baixo. E os envolvidos tem saídas idiotas e toscas declarações. (a do Obama é de outro bocó qualquer, não é dele). As atitudes não combinam com os discursos. E por aí afora. Vc está certa. O impasse vai longe e o consenso vai demorar. Enquanto isso, muitas crianças vão sofrer. E todos os familiares e amigos também.

  3. Leonor
    Leonor

    Excelente análise, Ana Paula. Infelizmente tudo é politizado e banalizado enquanto a violência só aumenta.

  4. Antonio Carlos da Silva
    Antonio Carlos da Silva

    Parabéns. Realmente o ser humano é a pior espécie de ser que habita este planeta e quando se junta com a HIPOCRISIA de alguns os menos piores sofrem.

  5. Robson Oliveira Aires
    Robson Oliveira Aires

    Ana, parabéns por mais essa reportagem brilhante. Você demonstrou bem como os esquerdopatas são, além de apontar para algumas prováveis causas dessas matanças tanto aí os Estados Unidos quanto no Brasil. Aqui agora está em voga um movimento contra as internações em hospitais psiquiátricos de pessoas com problemas mentais, além da velha falácia que ver o usuário de drogas lícitas ou ilícitas como vítimas da sociedade e não responsáveis por seus atos.

  6. Otoniel Ferrari Bessa
    Otoniel Ferrari Bessa

    Acho uma grande hipocrisia os políticos americanos, bem como, brasileiros creditarem a posse ou porte de armas esta grande tragédia…. Entendo ser problemas comportamentais conforme Ana Paula tão bem coloca.
    Por outro lado, os estados unidos são os maiores fabricantes e exportadores de armas do planeta, inclusive aquelas que podem destrui-lo vária vezes; os hipócritas de plantão querem o que? Gostaria de saber se tais hipócritas também defendem o eliminação das armas que alimentam as guerras em curso ? Porque estão mandando armas para ucrânia e não rosas?

  7. Jorge Alberto de Oliveira Marum
    Jorge Alberto de Oliveira Marum

    Texto primoroso. Eu só acho que deveria ser evitado o uso do termo “atirador”. Que tal assassino, criminoso etc.?

  8. Plínio Góes Filho
    Plínio Góes Filho

    Belo artigo.

  9. Raul José De Abreu Sturari
    Raul José De Abreu Sturari

    Excelente análise, Ana Paula. Parabéns!

  10. Iramar Benigno Albert Júnior
    Iramar Benigno Albert Júnior

    Penso que uma coisa rápida e eficiente para ser feita, é não conceder porte de armas pesadas e automáticas. Elas só deveriam ser permitidas a posse, para ficarem em suas propriedades e porte apenas para armas de calibres menores, que sirvam apenas para a defesa. Isso já ajudaria bastante. Acho também que estes videogames com muita violência, também estimulam estas pessoas já desequilibradas, a fazerem e executarem seus planos de grand finale. Vejam o vídeo do rapaz no supermercado em Buffalo. É idêntico às imagens vistas nestes joguinhos.

    1. João Paulo
      João Paulo

      “não conceder porte de armas pesadas e automáticas”
      Mais um que não entende do assunto querendo cagar regra. Você achar não significa que seu achismo tem qualquer embasamento minimamente verídico ou fidedigno com a realidade, e isso pode ser confirmado pelo fato que, apesar da triste notícia envolvendo o Texas, lá continua sendo um dos estados mais seguros dos EUA, e um dos mais armados (senão o mais armado, com todos os tipos de fuzis, rifles que você pode imaginar).
      Tolher liberdades não é o caminho. Pelo visto você não leu o texto da Ana, ou, não quis interpreta-lo.

  11. Ronaldo Candido dos Santos
    Ronaldo Candido dos Santos

    Parabéns Ana pelo excelente artigo. Vivemos na era digital com muitos não sabendo conviver fisicamente com outras pessoas.

  12. Marcelo Gurgel
    Marcelo Gurgel

    As pessoas se ocupam tanto que falta tempo para a reflexão.

  13. JOSE TADEU MOURA SERRA
    JOSE TADEU MOURA SERRA

    Debitar mortes na conta de fabricantes de armas é ingênuo e primário o ser humano normal temente a DEUS e valores.
    Sendo sadio , não matará e será sempre solidário a outro ser humano.
    Essa historia de possuir armas leva ao assassinato é uma fantasia ingênua .
    Quando o homem mata a arma pode ser uma pedra, um pedaço de pau, uma garrafa ou qualquer outra coisa. O PROBLEMA é a insanidade que o induziu, essa sim deve ser estudada e avaliada para não volte a ocorrer .

  14. RUBI GERMANO RODRIGUES
    RUBI GERMANO RODRIGUES

    Todos descendemos de um hominídeo ancestral que foi o maior predador que pisou no planeta, assim que começou a pensar. Logrou sobreviver porque desenvolveu terríveis instintos de sobrevivência, instintos esses que dormitam dentro do homem moderno e não se manifestam porque a razão e o discernimento – a nossa dimensão humana – os superam e dominam. Quando a criança, desde tenra idade, precisa recorrer constantemente aos instintos para sobreviver a fera vem à tona e comanda o ser. Nessas condições, tudo pode acontecer e esse ser não tem salvação. A cultura pós-moderna pensa que ele é um coitadinho, vítima da sociedade. É na verdade um fracassado que não soube superar a sua animalidade estrutural e tornar-se homem. Decifra-me ou te devoro, adverte a esfinge a milhares de anos. Quer mudar isso? Pare de “ensinar” as crianças e passe a formá-las humanas, isto é, senhoras da sua razão.

  15. Erasmo Silvestre da Silva
    Erasmo Silvestre da Silva

    Nos Estados Unidos são pessoas isoladas que estão fora da realidade, aqui no Brasil é estamento público e o Stablichment que estão fora da realidade

  16. Geraldo Magela da Cruz
    Geraldo Magela da Cruz

    Armas matam, doentes mentais planejam assassinatos, famílias choram seus entes queridos que se foram. É um desafio enfrentarmos situações como essa que são imprevisíveis. Muito obrigado Ana, você é muito especial pra nós mineiros, abraço!

    1. João Paulo
      João Paulo

      Armas não matam. Quem mata e faz o mal é o lunático que puxa o gatilho.

  17. Luiz Antônio Alves
    Luiz Antônio Alves

    O Biden não é garoto propaganda da indústria bélica norte-americana e que mandar mais armas para a Ucrânia e insuflar a guerra? Em segundo lugar, roda por aqui uma postagem com uma foto do jovem que matou estudantes aí. Na foto ele está vestido de menininha. É verdade?

  18. Agnelo A. Borghi
    Agnelo A. Borghi

    Ana, como sempre, certeira.

  19. Carlos Perktold
    Carlos Perktold

    Muito bom texto, Ana Paula. Sem esgotar as causas, o denominador comum entre esses shooters é o diagnóstico de esquizofrenia hebefrênica, cujo tratamento, com frequência, é rejeitado pelos pacientes homens (causa impotência) e o cansaço das famílias que sabem do horror de conviver com incurável esquizofrênico. São as mesmas famílias que mantém armas em casa, há desamor entre os próprios pais e filhos, a pesada herança genética, os disponíveis filmes agressivos e violentos durante 24 horas/dia na TV, a competição do capitalismo, a falta de humanismo, a cultura do money a qualquer custo, a desesperança de cura e de sobrevivência. Coloque tudo isso no liquidificador da vida e o resultado é mais atiradores. Há mais causas, que um estudo sociológico em cada família dos atiradores pode responder.

Anterior:
Imagem da Semana: Ruby vai à escola
Próximo:
Carta ao Leitor — Edição 243
Newsletter

Seja o primeiro a saber sobre notícias, acontecimentos e eventos semanais no seu e-mail.