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Foto: Mykola Mazuryk/Shutterstock
Edição 115

Carta ao Leitor — Edição 115

O último trem diário de passageiros do Brasil e a decadência do MST estão entre os destaques desta edição

Redação Oeste
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Nesta semana, Oeste convida os leitores a embarcar no último trem de passageiros que circula diariamente no país. Viajar pela Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), como compara o editor Dagomir Marquezi, equivale a sentar-se ao lado de Harry Potter no Hogwarts Express — guardadas as devidas proporções, é claro. De qualquer forma, é bom saber que esse prazer, hoje tão singular, não foi completamente extinto no viveiro de rodovias.

Dagô dividiu a reportagem em duas partes. A primeira, publicada há uma semana, tratou do passado, do presente e, se houver, do futuro dos trens de passageiros no Brasil. Agora, os leitores são transportados num dos carros da EFVM. “Passageiros usam carros”, explica Dagô. “Vagões são para carga.” A viagem entre a capital do Espírito Santo e Timóteo, em Minas Gerais, dura oito horas e 28 minutos.

Escritor, roteirista e jornalista, Dagô também é autor de séries, novelas, livros. Numa de suas antológicas reportagens, publicada pela revista Playboy, ele passou uma tarde inteira exposto no Zoológico de Bauru — atrás das grades. A placa em frente do local de cativeiro informava que ali estava um Bicho Homem. Nome científico: Homo sapiens. Período de vida: 65 anos. Hábito alimentar: onívoro. Entre outras informações.

Dagomir Marquezi, no zoológico de Bauru | Foto: Reprodução

Em outras reportagens nada ortodoxas, Dagô praticou luta livre, foi sósia de Elvis Presley, mergulhador na Flórida e outras excentricidades. Hoje, torna mais saborosas as páginas de Oeste, com textos que contornam o binômio política/economia. Para inspirar-se, ele lê dezenas de jornais (“Só os estrangeiros. Não tenho muita paciência para os nacionais”, explica), assiste a filmes ou séries e ouve uma porção de podcasts. Daqui a poucas semanas, aliás, vai inaugurar mais um aqui em Oeste.

Como política e economia são assuntos obrigatórios, esta edição inclui um pedagógico artigo do economista Alan Ghani sobre o peso do ICMS estadual no valor dos combustíveis. Há também o texto de Flavio Morgenstern sobre as ilegalidades cometidas durante os dois anos de existência do inquérito das fake news.

Na reportagem de capa, o repórter Edilson Salgueiro destrincha os motivos que levaram as quase 2.500 invasões realizadas pelo MST durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva caírem para menos de 15 na gestão de Jair Bolsonaro. As razões podem ser resumidas em três tópicos: a expansão de armas defensivas no campo, a crise financeira de ONGs que patrocinavam invasões e o aumento da distribuição de títulos de propriedades rurais.

Na próxima semana, Augusto Nunes e Silvio Navarro voltam em grande estilo para apresentar o mais recente capítulo do faroeste à brasileira. Não percam.

 

Boa leitura.

 

Branca Nunes

Diretora de Redação

Integrante do movimento sem-terra em uma fazenda no município de Eunápolis, Bahia | Foto: Joá Souza/Shutterstock
11 comentários
  1. Luiz Antônio Alves
    Luiz Antônio Alves

    09-06-2022. Li hoje no jornal o SUL matéria em que Lula pede desculpas e perdão pelos erros do PT. Confessou!. Será que isto merece algum espaço na revista?

  2. MARIO GUILHERME DE CASTRO CAMPOS
    MARIO GUILHERME DE CASTRO CAMPOS

    Por que vocês não concentram as reportagens no transporte de passageiros entre Rio e São Paulo. A reportagem do trem de passageiros Vitória-Minas foi boba.

  3. Erasmo Silvestre da Silva
    Erasmo Silvestre da Silva

    Nunca tinha lido uma revista tão orgânica, parabéns !

  4. João Paulo
    João Paulo

    Não é sobre armas, é sobre liberdade.

  5. Machado lson
    Machado lson

    CARTA À EDITORA.
    VOU CANCELAR MINHA ASSINATURA, SE PRECISO JUDICIALMENTE.
    Ñ TEM SENTIDO UM ASSINANTE TER Q INSERIR QUATRO, CINCO VEZES EMAIL E SENHA OARA ACESSAR O CONTEÚDO PELO QUAL ESTOU PAGANDO.
    ATÉ ME DESANIMO DE LER AS MATÉRIAS.
    TEM OUTRA RECKAMAÇÕES DO TIPO.
    OU SE ACERTAM OU PERDEM ASSINANTES.

    1. Assinaturas Oeste
      Assinaturas Oeste

      Prezado Sr. Elson, boa noite. A revista Oeste agradece sua mensagem e ressalta a importância do seu apoio para continuar defendendo o liberalismo e a liberdade de expressão. Estamos trabalhando com uma das melhores empresas de UX (user experience) do país para entregar aos nossos assinantes e leitores um site totalmente novo, que em breve vai proporcionar uma experiência infinitamente mais agradável e eficiente. De qualquer forma, encaminhamos em seu e-mail algumas instruções para que essa questão atual de acesso seja resolvida. Atenciosamente, equipe OESTE.

      1. Newton Zapaterra Mendes
        Newton Zapaterra Mendes

        Esta é minha situação tb desde o início de minha assinatura

      2. Eric Kuhne
        Eric Kuhne

        Revista Oeste, oh, Revista Oeste … qual é a dificuldade em explicar por aqui, ou em editoriais, a maneira certa de se logar com email+senha? Por que só mandam tais instruções para o email de quem reclama?? Enfim, percebi que basta “voltar” à tela onde preenchemos email+senha pela primeira vez e aí já dá acesso.

    2. Branca Nunes

      Caro Machado,
      Como nossa equipe de assinaturas escreveu, estamos preparando uma série de modificações no site. Uma delas resolverá justamente isso. Também vamos lançar o aplicativo da Oeste, que facilitará bastante o acesso.
      Pedimos desculpas por esses inconvenientes. Abraços

  6. Jose Ismael do Nascimento
    Jose Ismael do Nascimento

    É prazeroso viajar de trem.
    Fiz várias viagens em meu estado (Ceará) desde a minha infância e até quando já adulto.

  7. Luiz Antônio Alves
    Luiz Antônio Alves

    Lá vou eu falar do editorial…
    Diz para o Guzzo que ele continua sensacional! Uns tempos atrás, numa roda de conversas com antigos colegas radialistas, fiz uma pergunta que quase deflagrou uma nova revolução farroupilha. O noticiário era de que a polícia, mais uma vez, tinha invadido um morro carioca e fuzilado cinco ou seis bandidos pretos. Aí, inocentemente, perguntei: – ” todos os policiais eram brancos?”. Pela matéria televisiva aparecia só policiais pretos. Foi um Deus nos acuda. Nem terminei de tomar minha loirinha, levantei e voltei pra casa pensando que meus melhores amigos são pretos. Tem mais, mas não vou denegrir este espaço concedido a comentários dos leitores, sem a gente saber se tem retorno ou se vai com a vaca pro brejo.

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