O ministro Alexandre de Moraes pode continuar mandando a Polícia Federal invadir às 6 horas da manhã as residências e os escritórios de cidadãos que falam a favor do governo e contra o STF num grupo de WhatsApp. O braço eleitoral do Supremo, esse TSE comandado pelo mesmo Moraes, pode continuar proibindo o presidente da República de dizer na campanha qualquer coisa que eles não gostem — e permitir que o seu adversário o chame de “genocida” para baixo. Podem confiscar material de propaganda política porque as letras estão 5 milímetros menores ou maiores do que Suas Excelências desejam. Um senador insignificante, e que vive em crise permanente de nervos, pode continuar usando o STF como o seu escritório pessoal de despachantes, para pedir a cassação da candidatura de Jair Bolsonaro, cobrar a prisão de “direitistas” e fazer outras exigências alucinadas. A mídia, as classes intelectuais e o consórcio nacional contra a liberdade podem continuar negando ao brasileiro o direito constitucional de escolher um dos candidatos nas eleições de outubro — o atual presidente do Brasil. O STF-TSE, os advogados pró-Lula e o resto do “sistema” podem continuar querendo ganhar a eleição na “justiça eleitoral”, na repressão às redes sociais e em trapaças legais, em vez de tentarem ganhar nas urnas. Eles podem tudo isso, e vão continuar podendo. Mas nada do que podem tem a mínima possibilidade de impedir que aconteça o que aconteceu no Sete de Setembro em que foram comemorados os 200 anos de independência do Brasil — manifestações de rua imensas, na Avenida Paulista, na Esplanada dos Ministérios, na Avenida Atlântica e no resto do Brasil, com apoio claro, maciço e indiscutível à candidatura de Jair Bolsonaro.
O que adianta, então, todo esse esforço para impor aos eleitores o resultado das eleições que o STF e a confederação de interesses formada em torno dele estão querendo — querendo abertamente, por sinal? Não conseguem proibir a população de encher as ruas na maior manifestação pública desde as concentrações gigantes contra a corrupção nos governos Lula-Dilma. Não conseguem negar que as multidões que foram à rua querem votar em Bolsonaro — ou acham que toda aquela gente estava pensando em Dom Pedro I? Não conseguem evitar que centenas de milhares de pessoas tenham se manifestado sem que houvesse registro de uma única ocorrência policial. Não conseguiram assustar os cidadãos com ameaças, repetidas maciçamente pelos meios de comunicação, de que haveria violência no Sete de Setembro — além do perigo de violarem “a lei” e se verem enfiados em algum inquérito do ministro Moraes para punir “atos antidemocráticos”. Não conseguiram, em suma, nada do que pretendem com a desordem grosseira que criaram na campanha eleitoral. Como ficou claro mais uma vez neste Sete de Setembro, eis o problema com as ditaduras meia-boca — como essa que o alto Poder Judiciário socou em cima do Brasil, aproveitando o vácuo de um Executivo que não reage para não ser acusado de dar “golpe”, e de um Legislativo que não reage pela covardia de suas mesas diretoras. Podem fazer uma porção de coisas, mas não podem fazer tudo — e ditadura que se preze tem de poder fazer tudo, ou perde a pose junto ao público pagante. Não pode engolir, principalmente, que o povo vá para a rua. Não pode intimidar os cidadãos e ver que a sua intimidação foi ignorada. É um vexame e um fiasco.
As reações da mídia inconformada com as realidades e da esquerda que quer ganhar a eleição no grito foram a melhor ilustração dessa coleção de frustrações
As reações da mídia inconformada com as realidades, da esquerda que quer ganhar a eleição no grito e das aglomerações que só admitem Lula na presidência da República, foram a melhor ilustração dessa coleção de frustrações. Disseram que Bolsonaro, ao comparecer às comemorações dos 200 anos de independência do Brasil e se beneficiar do óbvio apoio que recebeu delas, “dividiu” o povo brasileiro. O que sugerem que ele tivesse feito? Não deveria, então, ter comparecido às comemorações do bicentenário — ele que é o presidente constitucional do Brasil? Deveria ter exigido que as multidões presentes à rua ficassem de boca fechada? O que poderia ter feito para “unir” o povo — pedido que todo mundo ficasse em casa? “Fique em casa neste Sete de Setembro”, como diria o ex-governador Doria? Que tal? Não faz nenhum sentido, nada disso. Também se acusou Bolsonaro de aproveitar o Sete de Setembro para fazer campanha eleitoral. Aconteceu exatamente o contrário: o povo é que aproveitou o Sete de Setembro para dizer que quer votar em Bolsonaro para presidente. Vieram com a prodigiosa afirmação de que a “maioria” dos brasileiros não esteve presente nas manifestações — e como poderia estar, num país que tem 210 milhões de habitantes? Quanta gente, exatamente, eles queriam na rua? Uns 140 milhões de pessoas, para fazer maioria de dois terços? Ou 105 milhões mais um, para fazer maioria simples? Quiseram saber, é claro, quem “financiou” as comemorações; é a obsessão atual da esquerda brasileira — saber quem “financiou” tudo o que existe debaixo do sol, de grupos de WhatsApp que conversam de política ao camelô que vendia bandeira do Brasil na véspera das manifestações. E daí, se alguém pagou por alguma coisa? É claro que se pagou tudo o que deveria ser pago — desde quando comemorar o Sete de Setembro passou a ser uma atividade criminosa? A mídia juntou-se em peso à gritaria do PT; é por isso que fica cada vez maior a distância que separa o que publicam do que acontece no mundo dos fatos.
Não foi Bolsonaro quem proibiu a bandeira do Brasil nas manifestações do PT — foram eles mesmos, por vontade própria, que escolheram a bandeira vermelha
O problema para o STF do ministro Moraes, o Brasil que assina a “carta” pela “democracia” e, sobretudo, a candidatura Lula, não é apenas a sua incapacidade de impedir que o povo vá à rua para dizer que quer votar em Bolsonaro no dia 2 de outubro. Também é, e muito, a perda já aparentemente irrecuperável dos símbolos nacionais. Bandeira do Brasil, Hino Nacional, as cores verde e amarelo, mais a ideia de patriotismo que vem junto com as sensações de afeto pelo país em que se nasce — tudo isso passou a se ligar automaticamente com Bolsonaro e sua candidatura à reeleição. Não foi o presidente que decidiu tornar as coisas assim. Foi o PT, por única, desastrosa e simplesmente estúpida opção de Lula e de quem está à sua volta. Resolveram, todos eles, que a noção de pátria é uma palhaçada da “direita” — e entregaram o campo ao inimigo. Não foi Bolsonaro quem proibiu a bandeira do Brasil nas manifestações do PT — foram eles mesmos, por vontade própria, que escolheram a bandeira vermelha. Foi Geraldo Alckmin, no episódio talvez mais lamentável de todo o seu presente desastre moral, que resolveu cantar a “Internacional”, o hino do comunismo, num ato do PT — em vez de cantar o Hino Nacional Brasileiro. Foi o próprio Lula que chamou o verde-amarelo de “babaquice”. Disse que é preciso “ver outras cores”; só citou o vermelho. Estão se lamuriando por que, agora? Descobriram neste Sete de Setembro, de repente, que “o povo” precisa “recuperar” os emblemas da nação, hoje sinônimos de Bolsonaro e de seu projeto político. Recuperar de que jeito, se foram eles mesmos que pisotearam na bandeira, no hino e no verde-amarelo, chamando tudo isso de “fascista” — ou coisa de “classe média direitista”? Uma cantora que se apresenta como campeã do “antibolsonarismo”, por sinal, sapateou fisicamente em cima da bandeira brasileira, há pouco tempo, num palco estrangeiro. É mais ou menos o máximo que se pode conseguir, em matéria de mostrar quais são as suas preferências.
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O Brasil do TSE, do lulismo e da elite preocupada com o “social” está de um lado. Os brasileiros que se mostram dispostos a sair para a rua em defesa do seu candidato estão de outro. Entregaram a Bolsonaro a patente única da defesa da liberdade no Brasil — além do amor à pátria, a Deus e à família. Não sabem, agora, como mudar isso.
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