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Ilustração: Montagem Revista Oeste/Shutterstock
Edição 144

Minibio do mané

Sobre o povo que continuou nas ruas exigindo que o país seja recolocado dentro da lei, mané acha que essas pessoas vão se cansar

Guilherme Fiuza
-

Era uma vez um mané.

Ele era muito educado.

Achava que o mundo se dividia entre os educados e os não educados.

Vivia dizendo que “um lado” (o dele) era bom e o “outro lado” era ruim.

Sempre que alguém do “seu lado” estragava tudo na hora decisiva, o mané dizia que na verdade esse alguém sempre tinha sido “do outro lado”.

Ou seja: mané vivia num lugar seguro.

Além de educado, era civilizado e legalista.

Um sujeito limpo que defendia eleições limpas.

Quando o povo foi às ruas pedir transparência no processo eleitoral, mané evidentemente apoiou.

Quando a Justiça barrou a mudança que aumentava a segurança do processo eleitoral, mané lamentou. Mas decisão judicial não se discute, se cumpre.

Assim age um legalista educado, superior ao “outro lado”.

A eleição foi se aproximando e alguns inconformados continuavam pedindo mudança no processo de votação. Mané não entrava nessa. Achava uma conversa extemporânea, um ruído lateral.

Mané confiava no seu candidato. Por isso aquele papo de fraude começou a irritá-lo. Tirava o foco, parecia desculpa antecipada para derrota.

Ele estava focado na vitória. Um sujeito positivo, afirmativo, confiante. Sem tempo para lamúrias.

Veio o primeiro turno da eleição e o candidato do mané ficou em segundo lugar. Em primeiro ficou o candidato descondenado pelos mesmos que barraram o aumento da segurança eleitoral. Coincidência.

O candidato do mané fez campanha no país inteiro e foi apoiado intensamente pelo povo em todos os cantos do território. Ele perdeu no primeiro turno para o candidato que não podia andar na rua e só fazia comício para plateias controladas.

Apesar disso, o adversário do candidato do mané teve a maior votação já conseguida por um presidenciável no primeiro turno.

Mané se irritou de novo com alguns do “seu lado” que estranharam a performance recorde de um candidato que vivia às escondidas e pediam melhor aferição do sistema de votação. Mané achava que o momento era de focar em novas alianças para “virar” a eleição.

Mané ficou otimista com o astronauta e o Sergio Moro no Senado. Acha que agora vai

Contra os que insistiam em suspeitar de fraude, Mané fez um lindo discurso legalista, dizendo ser um respeitador das instituições e atacando os negacionistas e chorões do “seu lado” que não sabiam se comportar numa democracia nem aceitar as regras do jogo.

Mané foi confiante para o segundo turno, certo de que seu candidato ia “virar” a eleição.

Afinal, a popularidade que já era alta só podia ter crescido ainda mais com a intensificação da campanha, com os encontros vibrantes com o povo e com as entrevistas que bateram recordes de audiência no YouTube — com índices que o adversário nem sonhava alcançar.

Mas o resultado do segundo turno da eleição surpreendeu o mané. Seu candidato perdeu de novo para o adversário sem povo.

Só que o mané é “resiliente” (ele ama essa palavra desde que todo mundo passou a repeti-la anteontem). Disse que não vai se abater.

Afirmou que a vida continua, que é preciso aprender com os erros! (Ele acha que seu candidato cometeu vários erros que devem ter atrapalhado a votação.)

Mané ficou otimista com o astronauta e o Sergio Moro no Senado. Acha que agora vai.

Ele até acha que foi meio estranho o seu candidato a presidente ter perdido em áreas em que os candidatos dele ao Congresso ganharam de lavada, mas resultado de eleição não se discute. Jogo jogado.

Acha perda de tempo discutir a multidão de irregularidades apresentadas pelos técnicos no processo que define a maior representação democrática do país.

Mané é construtivo, não reativo. Ele olha para a frente.

Sobre o povo que continuou nas ruas exigindo que o país seja recolocado dentro da lei, mané acha que essas pessoas vão se cansar.

Ele já tomou banho, mudou de roupa e está radiante no papel de oposição ao descondenado.

Foi para ele que o filósofo de várzea L. R. Barroso proferiu em Nova York a sentença imortal: “Perdeu, mané”.

YouTube video

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42 comentários
  1. Igor Barata
    Igor Barata

    A imagem de cabeçalho dos telespectadores dos manifestantes foi pertinente. ATÉ QUANDO O BRASILEIRO VAI VIVER SEM SENSO DE IMPORTÂNCIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS?
    Vide os franceses, que vão às ruas, sem hesitar, lutar pelos seus direitos. O europeu, de um modo geral, tem esse senso historicamente construído.
    Até quando vamos nos dobrar a essa casta verminal de homens que nos dominam informacionalmente – para além de dominar-nos em todas as outras esferas do establishment?

  2. Arthur Ferreira da Silva Júnior
    Arthur Ferreira da Silva Júnior

    Somos manés e nos orgulhamos do que nos caracteriza, na visão do outro lado, como manés. Enquanto isso o outro lado não tem escrúpulo. Estaremos sempre, no mínimo, um passo atrás. O caminho da legalidade é lento e o outro lado não perde tempo com o que é legal, moral, ético ou com qualquer outro princípio. O problema é que, enquanto manés que somos, sempre estaremos confiantes de que algo acontecerá e o bem triunfará.

  3. Cláudio Rogério Lopes
    Cláudio Rogério Lopes

    Magnífico texto ( eu diria crônica, não tenho essa certeza por não conhecer tanto como você nossa tão injuriada língua portuguesa, se possível depois me confirme). Mas eu diria ainda, talvez nós Mane’s tenhamos sidos incautos, presunçosos e desmedidamente autoconfiante.
    Mas isso é só uma imaginação, visto que, ainda não sei se perdemos ou fomos forçosamente derrotados, se é que pude me fazer entender…
    Um grande abraço e que Deus nos proteja!

    1. Silvia Cristina Cópia Carrilho Silva Martins
      Silvia Cristina Cópia Carrilho Silva Martins

      Amei seu comentário. Pode sim ser considerado como.uma crônica já que esse gênero literário conta histórias do dia a dia, fatos corriqueiros, por exemplo, uma reunião de condomínio, uma aventura dentro de um.ônibus, situações surreais que os brasileiros honestos passam neste país governado por bandidos. Espero ter ajudado e espero ainda mais que essa ” crônica” faça parte de um.passado muito muito distante. Um.abraço, prof. Sílvia

      1. WILSON ROSA DOS SANTOS PIRES
        WILSON ROSA DOS SANTOS PIRES

        Fiuza é Fiuza!

  4. RICARDO TEIXEIRA DA CRUZ RIOS
    RICARDO TEIXEIRA DA CRUZ RIOS

    É isso aí! Todos que são conservadores, liberais e bolsonaristas são manés. Eu sou mané. Eleições presidenciais de 2022 com cartas marcadas. Daí o porquê de tantos manifestantes nas ruas. Ninguém é otário para acreditar em uma eleição roubada. Até mesmo os ausentes estão com medo do que vem por aí. Quando começar a doer no bolso, todos vão para a rua. Eu quero ver o que a Esquerda vai fazer. Vão assassinar todos os milhões de manifestantes? Alexandre de Moraes vai prender toda essa gente em campos de concentração? Estou esperando para ver.

  5. Francisco Rabelo
    Francisco Rabelo

    Perfeito como sempre. Eu sou um mané.

  6. Alexandre Pandim Basílio Costa
    Alexandre Pandim Basílio Costa

    Que texto maravilhoso!!! Irretocável! Parabéns pelas brilhantes palavras.

  7. Carlos
    Carlos

    Análise muito pertinente, Fiuza. Como sempre.

  8. Eliana Maria Vieiralves Linhares
    Eliana Maria Vieiralves Linhares

    Gostei demais da matéria… creio que me encaixo no perfil de Mané…

    1. ROSILDA DO CARMO DE JESUS BRAS
      ROSILDA DO CARMO DE JESUS BRAS

      E esses senhores acham q vão poder fazer oposição. Vai sonhando STF e extrema esquerda vão calar e perseguir todos os adversários.

  9. Antonio Carlos Neves
    Antonio Carlos Neves

    Com o voto impresso não seria mais confortável se a vitória de Lula fosse real? Ai sim saberíamos que o povo brasileiro merece ser enganado. Realmente acreditava que diante das reações do Ministério da Defesa junto ao TSE para segurança das urnas eletrônicas, e sabendo que era a instituição mais respeitada pela população, que haveria reação das FFAA à esse desatinado e desonesto processo eleitoral, e as arbitrariedades das Cortes contra a democracia. Agora, confiar em quem?

  10. Suzana Maria Nystrom
    Suzana Maria Nystrom

    Não fique tão preocupado, o Lila não vai assumir. A GLO já está implementada, hoje mais tarde amanhã será decretado a 142 e daí vai dar ruim em tod Brasil. Não consigo escrever tudo,mas se acalme.

  11. nader murad
    nader murad

    e mas vamos deixar certas emocoes de lado e reconhecer que o

    presidente deu falsas esperancas subiliminarmente ao povao e se afinou

    em nao decretar a 142 da cf deveria ter encarado como verdadeiro lider

  12. FABIO ZAGATTO
    FABIO ZAGATTO

    Meu caro Fiuza… às vezes eu acho que o pior do Brasil é o brasileiro (sem generalizar, claro).

  13. Luiz Hirotoshi Ota
    Luiz Hirotoshi Ota

    Perdendo as esperanças de o Brasil se expurgar desses ditadores da toga e de seus patrões, os PeTralhas e seus satélites. Nada de bom vai ocorrer? Seremos derrotados?

  14. Marcio Bambirra Santos
    Marcio Bambirra Santos

    Substitua seu protagonista Mané pelo MILITAR. Dá a mesma coisa!

  15. Ordival Affonso Junior
    Ordival Affonso Junior

    Os manés do sofá precisam de uns seis meses do desgoverno do descondenado para pularem do sofá e irem pra rua, porém pode ser tarde demais.

  16. Marcia Almeida Mendes Oeste
    Marcia Almeida Mendes Oeste

    Perfeitamente colocado, Fiuza. Os manés do sofá são piores inimigos da nação do que os parcos apoiadores do ladrão. Nós que estamos na rua, muitos já fomos manés um dia, mas hoje preferimos FAZER do que LAMENTAR. Seria muito mais fácil ficar matracando em comentário de “não vai dar em nada” enquanto o país é saqueado e somos presos, exilados e censurados. Eu escolhi lutar.

  17. JOSÉ RUBENS MEDEIROS
    JOSÉ RUBENS MEDEIROS

    Fiuza: E, afinal, o que faremos, NÓS, ainda que não possamos exatamente ser alcunhados de “manés”, juntamente com o(s) mané(s) de seu artigo? Passaremos a ser “súditos” de um amontoado asqueroso e malcheiroso de pessoas que assumirão o papel de “governantes” de um país extremamente viável como o Brasil? Continuaremos sendo feitos de TROUXAS (para dizer o mínimo) de um Poder Judiciário absolutamente deturpado e juridicamente troncho?

  18. Flavio Braga da Silva
    Flavio Braga da Silva

    Esse Mané muito provavelmente aprendeu a argumentar com o José Maria Trindade.

  19. Daniela Sabino de Freitas
    Daniela Sabino de Freitas

    Final genial, como tudo que você escreve.

  20. Breno De Luca
    Breno De Luca

    Esperamos que outros Manés estejam trabalhando na surdina para atender ao povo brasileiro. 1% de chance, 99% de esperança.

  21. ALEXANDRE CAMPONATTO
    ALEXANDRE CAMPONATTO

    A Dedada. Tudo começou com uma leve passadinha de mão nas nadegas, quando Levandowisk ao assinar o Impeachment da Dilma, lhe garantiu os direitos políticos, e nós, felizes pela saída da mula, “deixamos passar” essa primeira passadinha de mão, a partir daí, vieram apalpes, buzinadelas, e nós fomos permitindo, inocentemente achando que os apalpes ficariam por aí, ledo engano, pois foram se intensificando e cada vez mais frequentes, e passaram de leves “passadinhas de mão” a intensas dedadas culminando em toques retais profundos. Na vida é assim, tudo tem um começo, que muitas vezes parece inocente e despretensioso, mas se não cortarmos no primeiro ato, ele tende a crescer e depois não adianta reclamar.

  22. Roberto Fakir
    Roberto Fakir

    Quando os Manés que perderem tudo deixarem de ser Manés e começarem a sentar paulada, ou coisa pior, em invasores de shoppings fazendo arrastões em suas lojas ou gerentes e donos de supermercados começarem a atirar em “famílias” de assaltantes vandalizando e roubando seus comércios quem sabe os Migués do STF ou FFAAs vão acordar.

  23. Giovani Santos Quintana
    Giovani Santos Quintana

    Essa frase maldita de Barroso mexe com a inteligência e o brio dos brasileiros de bem…como uma peste amaldiçoada dessas ainda continua como “ministro”??!!! Sua hora vai chegar FDP…

  24. Tancredo Fagundes Lins
    Tancredo Fagundes Lins

    Excelente texto do Fiúza. Parabéns! Ainda tenho esperança de dizer as mesmas palavras do LRB quando tudo mudar…. o tempo dirá! Espero poder olhar para trás e ver o semblante daqueles que tudo fizeram para destruir a imagem do atual presidente.

  25. JHONATAN SURDINI
    JHONATAN SURDINI

    Vamos jogar dentro das quatro linhas.
    O jogo: beisebol

  26. Oldair Dorigon Bianco
    Oldair Dorigon Bianco

    Que realidade dos inferno hein Fiuza… tempos sombrios se aproximam…

  27. Luciana Ruas Rodrigues
    Luciana Ruas Rodrigues

    Caro Fiúza: Não daria para esperar mais de quem sempre foi tratado como Mané, até mesmo por aqueles que, do alto de sua capacidade crítica, como você, sempre se limitaram a denunciar o que já estava feito.
    Sou Mané, mas você também é.
    Com militares acomodados, com jornalistas que jamais usam a autocrítica, com a ladroagem forjando personalidades emasculadas, e com críticos como você se limitando a mostrar indignação, o que você acha que poderia ser feito?
    Tenho medo de posturas revolucionárias. Felizmente o Bolsonaro também. A história nos mostra os Robespierres fabricando Bonapartes. Hoje temos os dois, atuantes, fortes e bem financiados.
    Além de mostrar indignação, o que você tem feito para fazer nascer algo mais do que indignação? Os Manés são geleia nas mãos dos Barrosos.
    O que você acha de nos dedicarmos a esclarecer os Manés? Leva tempo? Dá trabalho? É possível em larga escala? E o seu vizinho, sua tia e seu irmão? Você já se dedicou a Abrir-lhes os olhos?
    É o que é possível nesta terra de Lulas, Moraes, Beneditos, Barrosos.
    Vamos trabalhar com nossos Manés. É o que podemos fazer.
    Quantos Manés leem o que você tão bem escreve?
    Já pensou em dedicar parte do tempo aos Manés?
    Quantos Manés leram seu bom livro sobre a Agenda 2030? De verdade, algum leu, além de mim?
    Acho que vou passar a ter orgulho de ser Mané. Meu pai, sempre ao meu lado, não consegue ver mais do que a Globo lhe diz. E olha que eu tento. Minha irmã está feliz da vida por ter obtido uma aposentadoria fraudulenta. E os seus?
    Desculpe, mas o Capitão está certo em ir passar uns tempos com o Laranjão. Eu só acho que ele deveria ir conversar com a Georgia. Mas tudo bem.

    1. Maria Izabel Martins
      Maria Izabel Martins

      Luciana, sim , além de você, eu li Passaporte 2030! Concordo plenamente com você! Mas… ainda estou à espera de um milagre !

    2. Maria Izabel Martins
      Maria Izabel Martins

      Luciana, também estou cercada de cegos, incluindo família e amigos, que pensei serem inteligentes , e hoje percebo que são burros demais!

    3. Alex
      Alex

      Luciana, eu também já me deparei pensando igual a você. Tudo bem, o Fiúza é corajoso por usar o espaço dele para criticar abertamente todo esse absurdo. Isso não pode ser desconsiderado, mas concordo quando você questiona o que ele poderia fazer. Na realidade, igual a maioria da população comum, não há nada que possamos fazer de forma pacifista. Penso que o caminho seja nós, incluindo o Fiúza, pressionarmos o Congresso e o Senado. Quando digo pressão, digo uma multidão pressionando, igual ao sete de setembro, mas cobrando os Presidentes de cada casa. Não adianta protesto dispersivo. Precisa ser concentrado em nomes. Essa coisa de pedir: Igualdade, paz, harmonia, respeito, etc., é o que desejamos, mas não ajuda. Eles também usam essas palavras de forma genérica, mas a prática é outra. É claro que o Fiúza também se considera uma mané, mas acho que o objetivo dele é não deixar que indignação morra, não nos conformemos.

  28. CARLOS FLORESTA DE OLIVEIRA
    CARLOS FLORESTA DE OLIVEIRA

    Mas foi com o dinheiro desse ” MANÉ ” que ele foi para NOVA YORK.

  29. Mara Nadia Jorge Mattos
    Mara Nadia Jorge Mattos

    A quadrilha nefasta destruirá o país em pouco tempo. STF e TSE os eleitores do Lularão.

  30. Osmar Martins Silvestre
    Osmar Martins Silvestre

    O Mané também acreditava nas FFAA, não sabia que os milicos são frouxos, acomodados, que ganhavam brinquedinhos caríssimos pagos pelo povo para ficar brincando com eles nos seus quartéis. Quanto à frase do hino deles “Porém, se a Pátria amada For um dia ultrajada Lutaremos sem temor”, sugiro ao Mané que mude o final para “fugiremos sem pudor”.

  31. Yara
    Yara

    Fiuza tem um problema pessoal com Sergio Moro que deveria ser tratado no divã do analista.

  32. MARCOS ANTONIO SIEBRA
    MARCOS ANTONIO SIEBRA

    Só sei que nunca, em meus 56 anos de vida, tive tanto medo do futuro.
    Feliz Natal Fiuza, Deus te abençoe e à toda a família.

    1. Maria Izabel Martins
      Maria Izabel Martins

      Marcos, eu também nos meus 64 anos! Nem na época da ditadura a qual eu vivi!

  33. Marco Mathias
    Marco Mathias

    E agora, mané???

  34. Pedro Jorge Perrucho Nou
    Pedro Jorge Perrucho Nou

    ” É inútil pois existe um Grão -Vizir ”
    ZR

  35. João José Augusto Mendes
    João José Augusto Mendes

    Pobre Brasil, continuará deitado eternamente em berço esplêndido embalado pelo comunismo de 2023.

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