A Deloitte, a KPMG e a Ernst & Young (EY) são três das quatro maiores auditorias do mundo — as chamadas “big four“. Agora elas se dedicam a não ver respingar em seus quadrados a crise de reputação que a outra integrante das “quatro” — a britânica PriceWaterhouseCoopers, ou PWC — abraçou para si com o caso da Americanas. As três concorrentes da PWC admitem que os profissionais à frente dos balanços da varejista “erraram feio” e “comeram bola”, ao deixar passar um rombo da magnitude da Americanas. “Não é possível esquecer ou não ver um rombo de R$ 40 bilhões”, diz uma importante executiva de uma das big four.
Sem prestígio
O primeiro sinal de desprestígio ocorreu há poucos dias — e acendeu um alerta interno nos gigantes das auditorias: pela primeira vez, nenhuma das quatro empresas foi chamada para compor a chapa única que concorrerá para a eleição do IBEF-SP (Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças de São Paulo), grupo que reúne CFOs de empresas e executivos financeiros de destaque que, segundo o instituto, representam 25% do PIB. Na última semana, a PWC negou responsabilidade no rombo bilionário da Americanas numa ação civil pública proposta pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor e Trabalhador.
O preço a pagar
Uma importante diretora de uma das quatro big four não crê, no entanto, que houve conluio entre a PWC e a Americanas. “Os gigantes de auditoria são obcecados por reputação. Jamais entrariam nessa, porque o preço a se pagar seria enorme”, diz. “Mas pode ter ocorrido corrupção de um indivíduo da auditoria, ou incompetência mesmo.”
É fraude e é histórica
Os maiores executivos do Itaú e da gestora Verde Asset chamaram as coisas como as coisas são nesta semana: é fraude. Milton Maluhy Filho, CEO do maior banco privado do Brasil, disse que o rombo da Americanas é “um caso isolado de fraude”. O Verde foi mais assertivo: “Temos a maior fraude da história corporativa do Brasil”, escreveu o fundo de Luis Stuhlberger e Luiz Parreiras, em carta mensal a investidores. “Beira o inacreditável que somente 23 dias após o fato relevante, alguém da companhia, seja na área financeira, seja na alta gestão, tenha sido afastado.”
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O Carnaval promete
Os ingressos do camarote mais prestigiado da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, estão esgotados nos dois principais dias de avenida. O valor do N1 para o domingo chegou a R$ 4 mil para os homens e R$ 3,2 mil para as mulheres. Entre tantos sotaques brasileiros e estrangeiros, os paulistas dominam os corredores do espaço.
Evento que rende
Quem está por trás do camarote N1 é a Holding Clube, grupo que nasceu com a produtora Banco de Eventos, do empresário José Victor Oliva. Atualmente, a companhia comemora os resultados financeiros, depois de apanhar feio na pandemia: em 2020 e 2021, com o isolamento e a suspensão de festas, o faturamento despencou 60%. Em 2019, ano pré-pandêmico, a empresa chegou a faturar R$ 300 milhões. Mas o momento é de celebrar: “Em 2022, a gente ultrapassou 2019”, diz Juliana Ferraz, sócia e relações-públicas da Holding Clube. A volta com força dos encontros presenciais levantou o caixa do grupo em 30%.
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“Não sei viver assim, meu amor”
Glória Maria — a grande e popular repórter de TV — disse a este colunista, em 2018, que não sabia viver na era do politicamente correto. “De repente, com as redes sociais, você só pode dizer o que agrada a certas pessoas. Não sei viver assim, meu amor”, disse. “Não serei a boazinha só porque algumas pessoas querem. Não tem sentido, nesta altura da vida, seguir a manada porque isso é legal.”
A consciência humana
A entrevista foi feita semanas depois em que a jornalista postou em sua conta no Instagram uma frase atribuída ao ator Morgan Freeman, em que ele dizia: “Deveríamos parar de pensar em consciência branca, negra ou amarela, e falar em consciência humana”. Questionada, Glória falou: “Acho perfeito. Comecei na TV quando não se via preto na tela. Mas não existia o politicamente correto. As pessoas tinham uma posição e ponto. Sou do tempo do ‘nega do cabelo duro’. Elis Regina seria colocada num poste se cantasse isso hoje”. Glória Maria morreu no Rio de Janeiro, na quinta-feira 2, vítima de um câncer no pulmão, com metástase no cérebro. Ela deixou duas filhas: Maria, 15 anos, e Laura, 14 anos, adotadas em 2009.
O tempo e a Glória
Glória dava um chega pra lá em quem vinha com a história de idade, mas falou do tempo nesta conversa: “Tenho uma teoria de que, quando você fala muito em idade e no tempo, atrai o tempo contra você. Para evitar problemas, esqueço que ele existe. Nunca fiz plástica, nunca coloquei Botox, nunca entrei em academia (…) Tenho muita coisa para me ocupar, como a educação das minhas filhas. Você acha que eu vou me preocupar com o tempo?”. Salve, Glória!
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Glória Maria . Mulher marcante . Vai deixar muita saudade. Esteja em paz.
Glória é a prova de quão vazios e medíocres são os apologistas da ideologia de raça ( e de gênero) com seus eternos mimimis e suas imposições de agendas identitárias.
Grande Glória Maria , perdemos pessoas assim que Deus ilumine sua chegada e as filhas sigam com orgulho o caminho de sua mãe.
Mais “coisas ruins” acontecerão no mundo corporativo. Também, mais uma vez, por culpa do STF, ultimamente usual modificador de consagradas decisões, inclusive proferidas por ele próprio.
Algumas até proferidas de forma unânime em todas as instâncias, inclusive, novamente, se enfatize, por ele próprio.
Como se posicionará a CVM ( e os auditores) quanto a segurança (falta de) jurídica que se avizinha se se materializar a volta ao passado em decisões de cunho tributário “transitadas em julgado”, como, por exemplo, em relação a chamada ” tese do século “?
Será exigido das empresas publicarem com suas demonstrações contábeis, nota explicativa detalhando os ganhos tributários relevantes obtidos através de dessas decisões já “definitivamente estabelecidas ” pela alta (?) corte, que correm o risco de serem revertidas e transformarem em vultuosos passivos algo outrora comemorado e distribuído aos sócios/acionistas?
Como ficarão os advogados patrocinadores do ganho? Terão que devolver os honorários?
Se não for exigido, como irão se posicionar os auditores ao, obrigatoriamente, julgarem as demonstrações contábeis pela essência e não pela forma, na hipótese das empresas não detalharem as causas definitivamente (??) ganhas no passado?
Um parágrafo de ênfase, ao menos, em seus relatórios alertando sobre o risco aos interessados (investidores, credores, etc) ?!?
Quem arriscará investir em um País com tamanha insegurança?
De qualquer forma, urge à CVM, como entidade fiscalizadora, se posicionar a respeito, obrigatoriamente !!!
Urge, também, o posicionamento do IBRACON -Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. Afinal, como entidade que “luta em prol do fortalecimento da profissão no Brasil e das estruturas de mercado”, como consta em seu Institucional, deveria logo se antecipar e emitir comunicado a respeito.
Estamos em época de divulgação das demonstrações contábeis anuais…….
Não podemos esquecer que esta esquerda é uma fraude total – ATÉ OS EMPRESARIOS ESQUERDISTAS!!!!
Coletto, 100 % de acordo !!!
Parabéns para a grandiosa atriz Glória Maria !!! Que Deus a recebe em sua imensa Glória !!!