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Captação de energia através de painéis solares | Foto: Divulgação||Dominique Oliver | Foto: Reprodução Redes Sociais|Dominique Oliver | Foto: Reprodução Redes Sociais|O setor de energia solar brasileiro recebeu R$ 40 bilhões só em 2022, oriundos na maior parte de fundos de investimentos nacionais e estrangeiros | Foto: Divulgação|Feito o investimento inicial, a promessa é uma economia de de 80 a 90% da conta de luz | Foto: Shutterstock|Foto: Shutterstock
Edição 158

Sol para todos

Energia solar vence preconceitos e avança no Brasil

Bruno Meyer
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O setor de energia solar vive uma espécie de corrida para se expandir pelo país. A maior parte das empresas nasceu e se desenvolveu em Minas Gerais, conhecida informalmente como o “Vale do Silício da energia limpa”. Fundada em 2017, com sede na mineira Itajubá, a Juntos Energia quer alcançar sete Estados até dezembro e anuncia na próxima semana a chegada a Pernambuco e ao interior de São Paulo. É a primeira empresa brasileira a conseguir conectar usinas de energia solar ao cliente final. São novos negócios que surgem com o mercado aberto de energia, especialmente solar. A economia, dizem as empresas, varia de região para região, mas pode chegar a 20% na conta de luz. 

Sol que gera energia

O setor de energia solar brasileiro recebeu R$ 40 bilhões só em 2022, oriundos na maior parte de fundos de investimentos nacionais e estrangeiros, quase metade do que foi investido na área desde 2012. A Juntos foi comprada, por exemplo, em dezembro de 2021, numa união do fundo de private equity norte-americano Alothon e a Elétron Energy. A Elétron já havia recebido R$ 100 milhões em investimentos pela Alothon, em 2019. A empresa se aproveitou de uma resolução normativa promulgada em 2015 que abriu o mercado de energia para que empresas de tecnologia possam conectar, com uma taxa mensal, fazendas solares e eólicas diretamente a residências ou empresas, sem um painel solar. 

O setor de energia solar brasileiro recebeu R$ 40 bilhões só em 2022, oriundos na maior parte de fundos de investimentos nacionais e estrangeiros | Foto: Divulgação

Sol por todo lado

A energia solar ganha terreno no Brasil em alta velocidade: na última semana, o país superou a Holanda e a Coreia do Sul e se transformou na oitava maior geradora de energia solar do mundo, pela primeira vez. “O Brasil é um país privilegiado”, define José Otávio Bustamante, fundador e CEO da Juntos Energia. “A gente tem um porcentual muito grande da fonte hídrica, renovável, diferente de outras economias, e uma disponibilidade de sol muito grande”. O modelo de negócios da chamada geração de energia compartilhada, o business de uma empresa como a Juntos, é unir diversos consumidores por consórcio ou cooperativa, dando acesso à energia renovável para esses pequenos clientes. “É uma questão de tempo e educação para a energia solar compartilhada ficar popular”, diz Cleber Paradela, CMO da Juntos Energia. “Muita gente tem desconfiança, acha que é golpe, que vai faltar luz dentro de casa”. Paradela cita como exemplo as fintechs: “Imagina dez anos atrás alguém falar para trazer seu dinheiro de um banco tradicional para o Nubank. Ninguém iria acreditar, porque não tinha confiança”.

Feito o investimento inicial, a promessa é uma economia de 80% a 90% da conta de luz | Foto: Shutterstock

Kit solar

Aos que optam por comprar um painel solar para chamar de seu, existe uma vantagem e uma desvantagem: um painel teve o valor reduzido em 80% na última década, mas segue num custo que começa em R$ 2,5 mil com um kit solar. Feito o investimento inicial, a promessa é uma economia de de 80% a 90% da conta de luz. 

Do varejo para o setor da luz

Os investimentos locais e estrangeiros em empresas daqui movimentam o mercado de trabalho. Cleber Paradela deixou uma posição alta e estratégica no aplicativo 99 (a direção global de creative marketing) para ser CMO da Juntos. Outros nomes do varejo têm deixado posições importantes em empresas como Claro e Banco Inter para ser executivos de empresas do setor. Alto salário é uma das razões da migração. 

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Sinal amarelo 

Outro sinal amarelo foi aceso na área comercial da Globo: as vendas de patrocínio dos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. Ainda falta um tempo, é claro, mas os profissionais não estão otimistas: creem que a emissora verá uma bela conta em vermelho do evento, assim como teve com a Copa do Mundo. Na última semana, a Globo divulgou um prejuízo de R$ 41 milhões em 2022. 

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O fator Shein

A marca de moda Amaro, lançada em 2012 e presidida por Dominique Oliver, pediu recuperação extrajudicial, com dívidas de R$ 244,5 milhões. Apesar de ter um tíquete médio elevado, para públicos mais abastados, a Amaro é mais uma vítima brasileira do fenômeno Shein no país, que mexe diretamente com redes como a Renner. Em 2022, a Shein vendeu R$ 7,8 bilhões, quatro vezes mais do que no ano anterior, e já domina 27% do comércio eletrônico de roupas e calçados no país, segundo um relatório do Itaú BBA. 

Dominique Oliver | Foto: Reprodução Redes Sociais

Eu sei o que você quer

A Shein foi fundada na China em 2012 e levantou um e-commerce capaz de bater de frente com pesos pesados como a Zara. Um dos seus segredos: o sistema avançado de análise de dados, que consegue oferecer uma variada oferta de novos produtos a preços módicos, ao mesmo tempo que mantém o estoque baixo. Como? Ela usa dados em tempo real para analisar o comportamento dos consumidores e prever o que eles querem comprar. 

Foto: Shutterstock

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0 comentários
  1. DONIZETE LOURENCO
    DONIZETE LOURENCO

    Finalmente o setor de energia solar se expandindo.
    A Alemanha tem 20% da incidência de sol do Brasil e até pouco tempo atrás era uma das líderes neste segmento.
    O crescimento deste mercado com certeza será exponencial no país.

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