A rede de restaurantes Madero vai atravessar 2024 em modalidade “velocidade de cruzeiro”. No primeiro trimestre do ano, o faturamento aumentou 14,3% na comparação com o mesmo período de 2023, chegando a R$ 449 milhões. Mas o número de lojas permaneceu o mesmo do final do ano passado, 276 unidades.
Até o fim deste ano o Grupo Madero não tem grandes planos de expansão. O objetivo é botar ordem na casa, melhorar a eficiência e consolidar o faturamento.
O peso da dívida, com a Selic ainda em dois dígitos, também não ajudou. A empresa tem uma dívida financeira líquida de R$ 720 milhões, em queda em relação aos R$ 899 milhões devidos em 2022, mas ainda muito expressiva.
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Vai ter avião novo?
Segundo o jornal americano The Wall Street Journal, a Embraer estaria planejando desenvolver um novo grande avião para competir diretamente com o 737 MAX da Boeing e o A320neo da Airbus.
A fabricante brasileira possui o conhecimento tecnológico e a capacidade de fabricação para desenvolver um avião desse porte. Hoje, o maior jato da Embraer tem capacidade para 146 passageiros, enquanto os da concorrência chegam a 230.
A Embraer minimizou a informação, salientando que não há nenhum plano para um ciclo considerável de investimentos no momento. O mercado, todavia, tem outra opinião, já que as ações da empresa ganharam quase 10% na última semana.
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Indústria brasileira em alta
O setor industrial brasileiro parece estar retomando um ritmo de crescimento. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do Brasil avançou em abril, chegando a 55,9, ante os 53,6 registrados em março. Com isso, o PMI brasileiro chegou ao seu maior nível desde julho de 2021.
A recuperação no desempenho do setor industrial foi impulsionada pelo impacto positivo da demanda dinâmica em medidas como vendas, produção, emprego e estoques de insumos. Em abril, pelo quarto mês consecutivo, os pedidos aumentaram em um ritmo acentuado, que foi o mais rápido em quase três anos.
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Deu ruim para o macaquinho
Em 2022, o mundo conheceu a febre dos tokens não fungíveis, os NFTs. Imagens digitais apresentadas como “únicas”, graças a um token identificativo e, portanto, com uma valorização milionária.
Foi o caso do “macaquinho entediado”, criado pela Yuga Labs e comprado pelo jogador Neymar por US$ 1 milhão.
Não demorou para que se entendesse que o NFT nada mais é do que uma simples imagem. Replicável, modificável e transferível para qualquer instrumento eletrônico. E hoje o macaquinho entediado do Neymar vale 90% menos.
A Yuga Labs, que chegou a valer US$ 4 bilhões em 2022, enfrenta uma crise profunda, está inundada de processos de investidores furiosos e está demitindo a maioria de seus funcionários.
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Brasil, potência petrolífera
A produção média de óleo, líquido de gás natural (LGN) e gás natural da Petrobras no primeiro trimestre deste ano aumentou 3,7% na comparação com o mesmo período de 2024, chegando a 2.776 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed).
A entrada em produção de 19 novos poços nas Bacias de Campos e de Santos, além da evolução da produção dos FPSOs (navios-plataforma que produzem, armazenam e transferem petróleo e gás), contribuiu para esse resultado.
Na comparação com o quarto trimestre de 2023, todavia, a produção caiu 5,4%, devido ao maior volume de perdas por paradas e manutenções, dentro do previsto no Plano Estratégico 2024-28, e ao declínio natural de campos maduros.
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Caloteiros em alta
A inadimplência voltou a subir no Brasil. No primeiro trimestre de 2024, o número de registros de inadimplentes aumentou 4,5% na comparação com o mesmo período de 2023.
Segundo os dados da Boa Vista, houve um recuo no ritmo de crescimento, que passou de 3% em fevereiro para 2,1% em março.
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Com Lula, mais greves
O número de greves aumentou mais de 6% em 2023, na comparação com as paralisações registradas em 2022.
Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), pelo menos 1.132 greves deflagraram no ano passado, com um total de 42 mil horas sem trabalhar.
A maioria das greves ocorreu na esfera pública, com o reajuste salarial como principal reivindicação.
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Empresários brasileiros são ‘espécie em extinção’
O número de empresas brasileiras que fecharam as portas em 2023 aumentou 25% na comparação com 2022. Mais de 2,1 milhões de empresários tiveram que encerrar suas atividades no ano passado.
Os pedidos de recuperação judicial também dispararam. No ano passado, a alta foi de 70%. E, somente em março de 2024, o aumento registrado de empresas que pediram recuperação foi de 94,7%.
Nessa situação calamitosa para o empreendedorismo brasileiro, o empresário Tallis Gomes, presidente da G4 Educação, decidiu lançar uma campanha com o nome “espécie em extinção”, para sensibilizar a população brasileira sobre os riscos que o país está enfrentando ao perder empresários nesse ritmo acelerado.
O sucesso foi imediato, registrando mais de 2 milhões de visualizações no manifesto em menos de 24 horas, chegando ao 3° lugar no Trending Topics no X, antigo Twitter, e superando os 5 mil posts de empreendedores e cidadãos aderentes à causa.
Nomes como Nikolas Ferreira, Vinicius Poit, Renato Breia, Maria Fernanda Schmidt Baccelli, Arthurito da Faria Lima, Monica Salgado, Davi Politanski e Sandra Chayo manifestaram seu apoio ao movimento.
“Os empresários são a espinha dorsal da economia brasileira”, afirma Tallis. “Mais de 88% do produto interno bruto (PIB) do Brasil é gerado por empresas privadas. Sem empresas não há trabalho, não há renda, não há nada. Mas hoje os empreendedores são uma raça em extinção, ameaçados por insegurança jurídica, carga tributária insuportável e uma política econômica desastrosa.” Confira a entrevista.
Como surgiu a ideia dessa campanha?
Na G4 temos mais de 45 mil empresas clientes. Por isso, conseguimos obter um termômetro fidedigno da situação do Brasil. E percebemos desde o final do ano passado que o cenário se complicou. A incerteza ficou maior. A turma ficou preocupada. E o ambiente de negócios piorou, principalmente pela instabilidade e incerteza jurídica. Um empresário até consegue lidar com a instabilidade, mas com a incerteza jurídica fica impossível fazer negócios. E hoje temos decisões tomadas por canetadas de juízes, como a reoneração da folha de pagamentos por parte do ministro Cristiano Zanin, que de um dia para o outro mudam completamente as margens, os planos de negócios, as estratégias das empresas. E elas serão obrigadas a demitir gente, mudar as contratações, rever seus planos. É um cenário muito grave. E as empresas estão começando a fechar por causa disso. O que indigna é que Brasília acha isso normal. Mesmo que o número de falências tenha aumentado 25%. Se o número de abelhas mortas tivesse aumentado 25% de um ano para o outro, o Brasil estaria parado em protesto.
O que vocês preveem que vai acontecer se a reoneração da folha de pagamentos for mantida, depois da decisão monocrática do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin?
Se essa loucura se mantiver mesmo, se tivermos que voltar a contribuir com essa pirâmide financeira chamada Previdência Social, com certeza teremos um aumento de demissões. Teremos micro e pequenas empresas que verão seus negócios não mais viáveis. Será um caos. Agora, o problema é que os Poderes da República não funcionam muito bem. Temos um STF legislando. O que Zanin fez é um absurdo. Mas também o Congresso não está ajudando. Não vivemos mais em um país que tenha um mínimo de certeza. A nossa lei se tornou relativa. Nossa democracia se tornou relativa. A situação é muito difícil. Alguém deve levantar esses pontos.
O que cria mais problemas para os empresários brasileiros: a incerteza jurídica ou o excesso de carga tributária?
A incerteza jurídica, no momento, é o maior obstáculo para os empresários brasileiros. Mas a carga tributária, em perspectiva, poderia ser mais uma exterminadora de empresas. O que as pessoas não entendem é que, quando o governo aumenta os tributos, o empresário repassa isso para os clientes. E todo mundo fica em uma condição pior. Menos o governo, que obtém mais recursos. Mas isso se torna mais um entrave para o crescimento econômico do país. Estamos caminhando para ter o maior IVA do mundo. E isso vai piorar o ambiente de negócios do Brasil. Já hoje estamos nos últimos lugares do mundo no ranking do Doing Business. Em 30 anos, passamos das primeiras 20 posições para as últimas.
No Brasil se rompeu o pacto entre governo, cidadãos e iniciativa privada?
No Brasil os empresários são tradicionalmente percebidos como gananciosos, exploradores, inimigos do povo. Na verdade, o inimigo é a máquina pública. A máquina pública não gera recursos, ela apenas consome recursos. E, pior ainda, o governo atual está tentando colocar empresários contra trabalhadores, criando uma falsa narrativa de opressor-oprimido. Um maniqueísmo em que o patrão está sempre errado, e os funcionários estão fazendo um favor ao trabalharem para ele. Mas é esse casamento que permite que a economia floresça, e que haja recursos para saúde, educação, investimentos etc.
Por que vocês da G4, que são uma empresa privada, tiveram que lançar essa campanha, e não as entidades que representam os empresários, como as Confederações da Indústria ou do Comércio?
Não posso falar em nome dos outros, mas posso dizer por que estamos fazendo isso. Para mim, por mais que tenha um custo social elevado, pois estamos arrumando inimizades, e um custo econômico alto, pois investimos vários milhões nessa campanha, esse tipo de iniciativa tem a esperança de criar um movimento, de se tornar uma plataforma. O meu negócio é ajudar as companhias brasileiras a evoluir, é melhorar o ambiente de negócios, melhorando o empresário, educando-o, vendendo ferramentas, programas informáticos, e por consequência aumentar o lucro. Mas o empresário só conseguirá prosperar em um ambiente de negócios adequado. E isso não temos no Brasil. Precisamos mudar, urgentemente.
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O único projeto desse desgoverno é acabar com o empreendedorismo, criando um Estado cada vez maior para o benefício dos amigos do rei e tendo um povo totalmente dependente do bolsa-esmola.
O texto – indústria brasileira em alta – demonstra um desenvolvimento que causa muita alegria. Logo depois vem – empresários brasileiros são espécie em extinção e continuidade deste texto – que demonstram que estamos no fundo do poço, por diversos aspectos bem explicados. Aí ficou difícil de entender…
Madero é muito bom. E o fundador é patriota e gerador de empregos.
E sobre a relação empregado/empregador ser explorada pela quadrilha petista e seus satélites como se fosse uma relação oprimido/opressor, isto começa a ruir a partir do momento que conscientizamos as pessoas menos letradas, mostrando fatos e números, de como o explorado é o empregado pelo governo.
Sem regras claras e duradouras não existe ambiente propício aos investimentos.
A esquerda não entende desta forma e quer transformar o Estado em um elefante impossível de ser transportado.
A história dos NFTs é para rir. Alguém com no mínimo dois neurônios funcionando poderia acreditar que uma figurinha virtual pudesse valer e/ou render milhões?
Tô achando esses dados econômicos muito extranho e nem entendi o macaquinho do Neymar
Obrigada pelo artigo, só você para nos trazer boas notícias para o brasileiro trabalhador e empreendedor. Existe uma característica muito peculiar do brasileiro, não desiste nunca apesar das calamidades,tentativas de destruir o agronegócio e outras insanidades.Vamos em frente!.
Muito blá-blá-blá pra pouca qualidade. Sanduicjes são péssimos. Perdem pra quqlquer hamburgueria de qualidade em SP.
Madero e seus fãs boys, fui lá duas vezes e não vejo nada de mais. Tudo meia boca a preço de ouro!