As notícias do cenário político no Brasil andam a mil por hora. As manchetes do fim do expediente raramente são as mesmas que iniciaram o dia, e é necessário um tempo extra para acompanhar o noticiário político internacional. Com a globalização, a pandemia e o efeito de ação e consequência quase imediato entre muitos países, as eleições presidenciais norte-americanas neste ano — e seus desdobramentos — podem ter um impacto forte também no Brasil e, aqui na terra do Tio Sam, a política também anda acima da velocidade máxima permitida. Apertem os cintos.
Richard Nixon foi o 37º presidente norte-americano, e quem o conhece apenas pelos filtros de Hollywood não imagina como ele foi popular. Na verdade, o ex-senador pela Califórnia foi protagonista de uma das maiores goleadas eleitorais da história dos Estados Unidos quando reeleito presidente, com 520 dos 537 votos possíveis no colégio eleitoral, em 1972. O republicano venceu em 49 dos 50 Estados norte-americanos.
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Sua popularidade erodiu-se completamente em 1974 pela crise que ficou conhecida pelo nome do conjunto de prédios em que ficava a sede do Partido Democrata em Washington, o Complexo Watergate. Nixon teve conhecimento das atividades de espionagem realizadas contra os adversários e acabou engolido pela revelação do escândalo que levou à sua renúncia.
Dois jornalistas do Washington Post, Bob Woodward e Carl Bernstein, foram os responsáveis por algumas das revelações mais importantes do caso, como mostrado no espetacular filme Todos os Homens do Presidente, de 1976. O episódio logo entrou para o imaginário popular e é especialmente importante para o jornalismo, que, até hoje, se orgulha de ter derrubado um presidente norte-americano.
Um verdadeiro esquema hollywoodiano de espionagem sob a administração de Obama
O caso Watergate foi tão marcante para a política e para o jornalismo que, quase sempre, quando um novo escândalo surge, sobretudo se ligado a uma longa investigação, adiciona-se o sufixo “Gate”. Mesmo sendo um recurso repetitivo, não deixa de ser revelador do espírito de muitos políticos e jornalistas de terem um novo Watergate para chamar de seu.
Se o jornalismo norte-americano quer um Watergate do século 21, depois das constrangedoras tentativas de criar escândalos envolvendo Donald Trump e a Rússia e um impeachment vazio, aparentemente o momento chegou: são fortes os indícios de que Barack Obama pode ter mandado o FBI espionar o atual presidente ainda quando era apenas um candidato. No entanto, a verdade é que grande parte da imprensa norte-americana, ou assessoria do Partido Democrata, como queiram, tenta a todo custo empurrar para debaixo do tapete o escândalo que contém requintes de fazer a crise que interrompeu o mandato de Richard Nixon parecer brincadeira de criança.
O pano de fundo da descoberta de um esquema hollywoodiano de espionagem sob a administração de Obama foi a investigação sobre o suposto conluio entre Trump e a Rússia nas eleições presidenciais de 2016. Os números que mostram o tamanho do absurdo irresponsável promovido pela narrativa do Partido Democrata são impressionantes. Depois de dois intermináveis anos de investigações, 2.800 intimações, 500 testemunhas, 19 advogados (a maioria ligada ao Partido Democrata), 40 agentes do FBI, 50 autorizações de escutas telefônicas e 500 mandados de busca, não se chegou a nenhuma prova de que Donald Trump ou qualquer outro cidadão norte-americano tenha operado em conluio com os russos.
A CIA e o FBI foram utilizados na espionagem anti-Trump
Com as eleições presidenciais nos EUA marcadas para novembro deste ano, toda notícia ou opinião é explorada ao extremo, mas detalhes das investigações que mostram o antigo governo democrata usando não apenas o FBI mas também parte do sistema Judiciário norte-americano para espionagem não contam com o mesmo destaque que o horror que é Donald Trump não ter um animal de estimação até hoje. Os detalhes da operação, que estão no relatório oficial do Departamento de Justiça e que não rendem apenas um texto mas um roteiro cinematográfico, apontam como o Partido Democrata produziu dossiês falsos sobre o atual presidente dos Estados Unidos para, por meio de agentes do FBI e do governo, forçar juízes a expedir mandados especiais de vigilância.
Esta semana, mais uma peça foi adicionada ao quebra-cabeça. O ex-advogado do FBI Kevin Clinesmith declarou-se culpado da acusação de inserir uma informação falsa nos processos de requerimento de mandados especiais de vigilância. Clinesmith admitiu que adulterou um e-mail enviado ao Tribunal de Vigilância de Inteligência Estrangeira (Fisa). O documento foi utilizado para justificar a operação de vigilância contra Carter Page, ex-conselheiro de campanha de Trump, durante a investigação do FBI sobre a interferência russa nas eleições de 2016.
Clinesmith trabalhou por quatro anos como conselheiro-geral assistente no Departamento de Segurança Nacional e Lei Cibernética do FBI. Em dezembro de 2019, o inspetor-geral do Departamento de Justiça, Michael Horowitz, concluiu que Clinesmith alterou um e-mail de alta sensibilidade da CIA no quarto pedido ao tribunal de mandados especiais para vigiar Carter Page em 2017.
O caso é a primeira acusação criminal decorrente da investigação em andamento pelo procurador John Durham, de Connecticut, sobre as origens da investigação na Rússia. Em 2019, o procurador-geral William Barr encarregou Durham de revisar a forma como o FBI lidou com sua investigação sobre a interferência russa na eleição presidencial de 2016.
Os céticos e militantes ainda preferem insistir que o governo Obama não tinha motivos para se envolver em abusos de autoridade
Mas você não lerá nada sobre esse escândalo nas páginas dos jornais ou sites de notícias da grande mídia. Embora alguns continuem tentando empurrar a falsa narrativa de que todo o esquema não passa de uma grande teoria conspiratória da direita norte-americana, jornais alinhados com o Partido Democrata, como The New York Times e The Washington Post, já não conseguem esconder o caso.
Os céticos e militantes ainda preferem insistir que o governo Obama não tinha motivos para se envolver em abusos de autoridade porque os democratas davam como certa a vitória nas eleições em 2016, já que as pesquisas mostravam grande vantagem de Hillary Clinton na corrida pela Casa Branca. Richard Nixon venceu em 49 Estados em 1972. Seus comparsas não precisavam invadir os escritórios do Partido Democrata para espionar o que lá se fazia. Mas, como observaram os agentes do FBI envolvidos no caso na época, os espiões de então queriam uma “apólice de seguro” se o impensável acontecesse.
Em 2016, o impensável aconteceu para os democratas. Não sabemos onde esse escândalo vai parar, mas não é preciso ser um teórico da conspiração para entender o que estará na mesa na eleição de novembro quando os Estados Unidos escolherão seu presidente. Em jogo, muito mais do que apenas a cadeira de homem mais poderoso do mundo. Para não ganhar um tíquete de entrada no rol de criminosos e possivelmente na cadeia, muita gente agora depende da saída de Donald Trump da Casa Branca.
É incrível a semelhança entre as mídias americana e brasileira. Ambas são militantes da esquerda, ambas manipulam e enganam. Os democratas americanos assim como os esquerditas brasileiros, não se conformam com a direita no poder. Não querem admitir que ambos os países são conservadores.
Acuse os adversários do que você faz, chame-os do que você é!
Essa frase muito utilizada está muito atual
Parabéns pela reportagem.
Mais um excelente texto dessa nobre jornalista.
O mundo e os Estados Unidos em particular passam por uma grande transformação, assim como o Brasil, espero que esses tempos estranhos coloquem os nossos países no caminho certo, mas acho que muita confusão ainda será criada.
Quando a Fox virá para o Brasil?? Ana vc vem junto e chama a galera da direita para horrorizar e espantar de vez a esquerdalha. Show de artigo.
Algumas colunas da Ana são tão Trumpistas que ficam vazias em conteúdo.
Alguns comentários como o seu são tão esquerdopatas que dão náuseas.
Ana estou seguro de que tudo virá a tona e de maneira avassaladora!
Belo texto, mais uma vez!
Americanos X americanos. Taí uma guerra que eu não consigo entender. Que desperdício! Se demorar muito, vira Brasil.
Esta conta vai chegar. Estou louco para ver os debates entre Trump e Biden. Vai ser um massacre.
Essa praga progressista existe até nos EUA.
Ótima matéria! Parabéns
Parabéns Ana Henkel ! Sobre o personagem Obama recomendo também a leitura do livro do David Horowitz & J. Perazzo “Do Partido das Sombras ao Governo Clandestino” : … “o truque mais insidioso do demônio é fingir que não existe”; o mais poderoso, rico e influente ativista do mundo (G. Soros da Open Society), que derruba regimes e elege presidentes (Obama, ex advogado da Open Society), que dá o tom das mais importantes discussões da opinião pública mundial atual, é raramente discutido, escrutinado ou investigado… “
muito bom Ana!! Vc é uma craque…
Trump sem dúvida será reeleito, com o apoio maciço dos produtores primários “red necks”. Esses “democratas” americanos nada mais são, historicamente, do que hipócritas e manipuladores, com vezo comunista.
Obrigada por nos informar. Parabéns pela matéria. ?
Parabéns Ana Paula ❕
A reeleição do Trump é fundamental para o mundo livre.
Gosto muito de seus artigos Ana Paula,esclarecimentos importantes sobre os bastidores da política norte americana,aos quais não temos acesso por aqui.Acho muito importante que Trump vença para o equilíbrio mundial,se olharmos para economias importantes vemos uma guinada evidente para esquerda com raras exceções.No Brasil acho que a vitória de Bolsonaro em 2022 seria uma nova oportunidade para nossa economia e legitimidade de nosso país no contexto mundial.Esses dois senhores são atacados pela mídia diariamente pelo que fazem ou deixam de fazer.A grande e fundamental diferença é que EUA não tem uma suprema corte corrompida como a nossa.
Nada conheço sobre a classe politica na terra do Tio Sam, mas surpreende-me a magnifica construção deste texto de Ana Paula, comparando escândalos políticos que deveriam ter o mesmo tratamento judicial, e nos faz conhecer melhor personalidades como o ex presidente Obama, para mim, simbolo negro norte-americano, filho de negro queniano e branca americana, sem preconceitos raciais casado com uma simpática negra formando uma família alegre e admirável. Lógico que não bastam essas qualidades para ser politico, aliás, é sempre necessário ser “matreiro” para conquistar público diverso dos mais variados costumes.
Confesso portanto que a distância torcia por Hillary, dado o comportamento estranho e arrogante de Trump, que nos parecia tumultuar e instabilizar mercados. Entretanto, destaco em Trump uma versatilidade incrível, quando após ameaçar destruir a Coreia do Norte por constantes testes com armamentos nucleares, conseguiu unir temporariamente as Coreias e visitou seu amalucado presidente kim jung-un, em cordial encontro.
Portanto, sempre é bom ler narrativas como as de Ana Paula que sempre nos presenteia com inteligentes artigos atualizadíssimos, das administrações e políticas públicas da terra do Tio Sam e brasileiras, e especialmente quando compara os nossos Legislativos e Judiciários.
A reeleição de Trump é fundamental à preservação da liberdade no planeta.
A reeleição de Trump é de fundamental importância para a estabilização política brasileira, dando mais força a Bolsonaro na cena política internacional e mesmo interna. Como já ouvi em boas análises, caso aquele velhote senil venha a ocupar o salão oval o Brasil será jogado no colo dos chineses (para gáudio de muitos da turma de verde oliva).
Tá meio complicado a eleição por lá, mas pelo que entendi o atual governo está preste a perder as eleições em novembro! A esquerda é muito bem articulada, misericórdia….
Parece que a situação não é tão desesperadora para Trump, o cenário já esteve pior em semanas anteriores. A destruição desencadeada pelas ações do Black Lives Matter está abrindo os olhos do americano médio para os riscos que decorreriam da retomada do poder pelos democratas.
Uma situação potencialmente perigosa tem sido levantada pelo atual presidente: o voto pelo correio, sistema já utilizado nas eleições dos EUA, que os DEM tentam anabolizar sob o pretexto da epidemia do coronavírus. Ocorre que o voto à distância é passível de uma maior manipulação por parte de representantes do partido democrata, os quais recolhem as cédulas eleitorais no domicílio daqueles eleitores registrados nesse partido.
A grande mídia dos EUA é muito parecida com a brasileira.Defendem os candidatos de esquerda e põem debaixo do tapete notícias que têm potencial para aniquilar seus queridinhos.
Este artigo da sempre cirúrgica Ana Paula é exemplar a esse respeito, assi m como o foi um anterior, em que ele demonstrava a irresignação das pessoas de bem com o fato de os grandes jornais americanos simplesmente se esquecerem de mencionar as inúmeras bolinadas do Sr.Bidem em suas belas assessoras, que fizeram denúncias à justiça.
Eles assumem um lado e ficam cego para tudo o que possa prejudicar o seu candidato.
Parabéns, Ana Paula ! Brilhante artigo !
Além de ter sido o pior Presidente dos EUA, Obama está sob forte suspeita. Parabéns, Ana Paula!
É uma vergonha ver veículos como The New York Times e The Washington Post se transformarem em assessoria de imprensa do partido democrata. Um caso desse como o Obamagate deveria despertar o instinto investigativo de qualquer jornalista. Mas infelizmente as redações da grande mídia norte-americana estão repletas de militantes políticos radicais de extrema-esquerda.
Os dois jornais sempre foram O Globo e a Folha da terra do Tio Sam.
Parabéns Ana Paula! Continuemos seguindo esse caso de perto, com a tua costumeira minucia!
Parece o Brasil. O STF querendo acabar com os mocinhos porque a alta corte viu que a lava-jato está chegando perto.
A grande diferença de nós aqui, lá tem SUPREMA CORTE.
Espetacular, como sempre, a sua coluna, Aninha! Parabéns!
No lugar deles eu ficaria muito mais preocupado. Trataria de fugir, quem sabe para o Brasil e pedir asilo, o qual certamente seria concedido pela corja do “stf”.
Porque certamente é o que vai acontecer depois que o Presidente Trump for reeleito. Irão todos para a cadeia. Aqui, um país sério, criminoso vai preso. E nenhum JUIZ da SUPREMA CORTE vai soltar.
Muito boa sua reportagem Ana!
Eu morando aqui no Brasil e acompanhando superficialmente a política norte americana estava convencido que isso era um total absurdo até porque são economias muito distintas a norte americana com um PIB estratosférico e a Rússia um país pobre !
Mas enfim !
Belíssima reportagem para nos elucidar mais uma patacoada internacional !
Revoltante como a grande mídia está ignorando esse caso!
Muito bom Ana. Principalmente o parágrafo final. Que tem muito a ver com o Brasil. Grande abraço. Estás escrevendo muito bem. Sinto orgulho de ti brasileira brilhando além de nossas fronteiras.
Pelo menos lá eles têm a Fox, como grande mídia, e nós temos o quê?
Por enquanto, Alfredo, temos os pingos e a jovem pan.