Em junho de 2013, protestos contra o aumento de 20 centavos no preço das passagens de ônibus e metrô em São Paulo foram o estopim para trazer à tona uma grande onda de manifestações. Somou-se à causa a insatisfação nacional diante das denúncias de corrupção na política, da péssima qualidade dos serviços públicos, dos gastos para a Copa do Mundo de 2014, e da gestão pífia do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Milhares foram às ruas em mais de 500 cidades do Brasil. O evento é considerado por muitos a primeira insurreição popular com alcance nacional brasileira em muitos anos.
Fernando Haddad e Geraldo Alckmin, então prefeito e governador de São Paulo, em um primeiro momento decidiram manter o valor da tarifa do transporte público, o que acabou atraindo mais adesão à mobilização. A violenta repressão da polícia em 13 de junho também alimentou a indignação popular e incentivou a participação nos atos.
No dia 17 de junho, as ruas da capital paulista foram tomadas por dezenas de milhares de pessoas, e o trânsito foi paralisado nas avenidas mais importantes da cidade.
Em Brasília, os manifestantes ocuparam a marquise do Congresso Nacional. Um grupo menor e mais radical aderiu à tática black bloc. Com o rosto coberto, seus integrantes promoviam barricadas, vandalismo — quebravam vidraças de bancos e lojas — e respondiam às bombas da polícia com pedras e rojões. No dia 20, alguns participantes chegaram a depredar o prédio do Palácio Itamaraty.
Foi um movimento disforme e desvinculado de partidos políticos. Não havia liderança clara ou pessoas conhecidas à frente da mobilização. Naquele momento, a organização estava ligada principalmente ao braço paulistano do Movimento Passe Livre (MPL), lançado em 2005 no Fórum Social Mundial em Porto Alegre.
As Jornadas de Junho — como ficou conhecida essa onda de protestos — conquistaram a redução das tarifas de ônibus e metrô em 104 cidades de 17 Estados. Nos anos seguintes, o Brasil viveu o ápice da operação Lava Jato, a ascensão da direita, o impeachment de Dilma Rousseff, a condenação e prisão de Luiz Inácio Lula da Silva, e a vitória de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018.
As Jornadas de Junho de 2013 abalaram o establishment e foram um marco na história política brasileira.
Daniela Giorno é diretora de arte de Oeste e, a cada edição, seleciona uma imagem relevante na semana. São fotografias esteticamente interessantes, clássicas ou que simplesmente merecem ser vistas, revistas ou conhecidas.
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Boa lembrança. O povo jamais será escravo do estado.
O POVO BRASILEIRO APOIA NOSSO BOLSONARO PRESIDENTE DO BRASIL!!! DESEJAMOS HOMENS COMPETENTES,,RESPONSÁVEIS PARA DIRIGIR NOSSO IMENSO PAÍS BRASIL!!!VA.OS NOS ESFORÇAR PARA UM GOVERNO CORRETO E COMPETENTE E PATRIOTA!!! FÉ E CORRETA ESCOLHA PARA UM GOVERNO CORRETO E COMPETENTE!!
Imagens para sempre guardadas na memória pessoal e coletiva do povo brasileiro. Que sirvam de incentivo para um futuro próximo. Está no ar carregado de impaciência e indignação o poder dessas manifestações.