“Os plásticos são o novo carvão”, declara o projeto Beyond Plastics. “A poluição da indústria do plástico é uma das principais forças por trás do aquecimento global”, relata o site The Hill. O grupo Natural Resources Defense Council (“Conselho de Defesa dos Recursos Naturais”), dos Estados Unidos, afirma que “reduzir a produção de plástico é fundamental para combater a mudança climática”.
A produção de plásticos a partir de combustíveis fósseis emite uma grande quantidade de dióxido de carbono na atmosfera, o que contribui para o aquecimento do planeta. Um estudo realizado em abril por pesquisadores do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, do Departamento de Energia dos Estados Unidos, estima que, em 2019, a produção global de plásticos primários gerou cerca de 2,24 gigatoneladas de dióxido de carbono equivalente, o que representa 5,3% do total das emissões globais de gases de efeito estufa. Sendo assim, fazer uma transição para alternativas ao plástico ajudaria a desacelerar o aquecimento global causado pelo homem, certo?
Não é bem assim, diz um novo estudo da revista Environmental Science & Technology que concluiu que “a substituição do plástico por alternativas é pior para as emissões de gases de efeito estufa na maioria dos casos”. Os pesquisadores europeus relatam que, em “15 das 16 aplicações, um produto de plástico gera menos emissões de gases de efeito estufa do que suas alternativas”.
Os pesquisadores consideraram as emissões de produção, transporte, uso e descarte no fim da vida útil, incluindo aterro, incineração, reciclagem e reutilização. Calculando seus ciclos de vida, os produtos plásticos liberam entre 10% e 90% menos emissões do que as alternativas plausíveis — geralmente porque utilizam menos energia para fabricação e transporte.
Vejamos o eterno dilema entre plástico e papel no que diz respeito às sacolas de supermercado. Nos Estados Unidos, mais de 500 cidades e 12 estados proibiram as sacolas plásticas. No entanto, os pesquisadores descobriram que essas sacolas plásticas de supermercado emitem 80% menos gases de efeito estufa do que as sacolas de papel. A produção de sacolas de papel emite três vezes mais gases de efeito estufa do que as de plástico. E as emissões de transporte são maiores, porque as sacolas de papel pesam seis vezes mais do que as sacolas de plástico. Além disso, quando apodrecem em aterros sanitários, as sacolas de papel emitem metano, que aquece o planeta.
Na construção civil, os canos de esgoto de policloreto de vinila foram comparados com os feitos de concreto e de ferro dúctil. Os tubos de PVC emitem 45% menos gases do que os de concreto e 35% menos do que os de ferro
90% menos emissões
As alternativas às garrafas plásticas são as latas de alumínio e as garrafas de vidro. Embora com frequência sejam recicladas, os pesquisadores descobriram que, no decorrer do seu ciclo de vida, as latas de alumínio emitem duas vezes mais gases de efeito estufa do que as garrafas plásticas. As garrafas de vidro emitem três vezes mais.
Neste momento, as Nações Unidas estão negociando um tratado global sobre poluição plástica. Uma opção que está sendo considerada é a proibição global de “produtos plásticos de curta duração e de uso único”. O que provavelmente incluiria as bandejas de isopor envoltas em filmes plásticos finos usados para embalar alimentos como carne de porco e de boi. Os pesquisadores compararam essas embalagens com as de papel de açougueiro e concluíram que, incluindo a produção e as emissões da deterioração dos alimentos, as embalagens de papel de açougueiro são responsáveis por 35% mais emissões do que as de plástico.
Na construção civil, os canos de esgoto de policloreto de vinila (PVC) foram comparados com os canos feitos de concreto e ferro dúctil. Os tubos de PVC emitem 45% menos gases de efeito estufa do que os tubos de concreto e 35% menos do que os tubos de ferro. Na construção residencial, os canos feitos de polietileno (o plástico de uso comercial mais comum) são um pouco melhores do que os canos de cobre, emitindo 3% menos gases de efeito estufa.
Os jogos de jantar de plástico produzem 50% menos emissões do que os de madeira. Isso se deve às diferenças de matéria-prima, fabricação, transporte e peso. Os tanques de combustível automotivo feitos de polietileno de alta densidade pesam muito menos do que os de aço, o que resulta em uma economia de combustível durante a vida útil deles equivalente a 90% menos emissões de gases de efeito estufa. Os carpetes de polietileno tereftalato (PET) e náilon emitem 80% menos gases de efeito estufa do que os de lã.
A pesquisa identificou um caso em que a provável alternativa aos plásticos emite menos gases de efeito estufa: tambores de aço industrial de 55 galões. Como duram mais e geralmente são reciclados, os tambores de aço emitem 30% menos gases de efeito estufa ao longo de sua vida útil do que os tambores de plástico equivalentes.
‘Infinitamente reciclável’
Em geral, as alternativas convencionais para os plásticos atuais são muito piores no que diz respeito às emissões de gases de efeito estufa, sugere o estudo. Os estudiosos concluem que qualquer medida ou política criada para reduzir os impactos dos plásticos precisa ser examinada com cautela para garantir que as emissões de gases de efeito estufa não aumentem involuntariamente em decorrência de uma mudança para materiais alternativos que geram mais emissões.
A boa notícia é que algumas empresas e alguns pesquisadores estão desenvolvendo plásticos quase infinitamente recicláveis. Atualmente, a UBO Materials transforma resíduos domésticos não classificados, incluindo plásticos de uso único, em termoplásticos que podem ser reciclados até cinco vezes, um processo que reduz as emissões de gases de efeito estufa em mais de 90%. Além disso, os pesquisadores do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley desenvolveram um plástico de base biológica “infinitamente reciclável” chamado polidicetoenamina (PDK), que reduz as emissões de gases de efeito estufa em quase 98% se comparado com os plásticos convencionais.
À medida que o debate sobre os plásticos e suas alternativas continua, é fundamental considerar o impacto ambiental total de nossas escolhas e adotar inovações que de fato reduzam as emissões de gases de efeito estufa e protejam nosso planeta.
Leia também “Um grande pânico por causa de pequenos plásticos”
Não existe aquecimento global nem efeito estufa, o homem deve cuidar cuidar do lixo para melhorar sua saúde e conviver sem poluição para seu próprio bem-estar, e isso só é com desenvolvimento e tecnologia. Essa coisa de emissões de gases e aquecimento quem cuida é a atmosfera e o sol. Essa agenda globalista é uma agenda catastrófica para a humanidade e a esquerda progressista é um descaminho para a evolução. Temos que desjumentalizar e desburrar os doutrinados
Alguém já buscou informaçoes sobre quem está por trás e lucrando a cada campanha de ocasião contra o uso do plástico? E outras campanhas “ambientalistas”, mesmo aquelas geradas na ONU?
Interessante este ponto de vista baseado em fatos. O difícil é convencer o “sistema”, que grita o tempo todo sobre mudanças climáticas, a olhar com mais cuidado este assunto.