Dois acontecimentos chocaram o mundo neste 13 de julho, um sábado. O primeiro foi o atentado contra Donald Trump, transmitido ao vivo pela televisão e replicado instantaneamente pelas redes sociais. O segundo foi a tortura dos fatos promovida por jornalistas incapazes de enxergar no ex-presidente em campanha por mais um mandato a vítima de uma tentativa de assassinato.
Três exemplos brasileiros resumem a generalizada manipulação de manchetes:
“Barulho interrompe comício de Trump”, publicou o UOL.
“Trump é retirado de comício após ouvir barulho de tiros”, noticiou a CNN.
“Trump cai durante comício de campanha”, afirmou a GloboNews.
Algumas horas transcorreram até que o óbvio fosse noticiado honestamente. “Foi, no fim das contas, um curso completo em matéria de desinformar, informar mal ou simplesmente não informar”, observa J.R. Guzzo em sua coluna. “O episódio deixou clara, mais uma vez, a falência generalizada nos sistemas vitais dos veículos de comunicação de hoje.”
O caminho seguido pela imprensa velha resultou numa colisão frontal com o percorrido por Oeste. Já no início da noite do sábado, o site resumiu o que ocorrera: “Trump é ferido em tentativa de assassinato; ex-presidente passa bem“. “Oeste cumpriu o seu dever contratual com os leitores”, lembra Guzzo. “Informação limpa, factual e clara, na medida da nossa capacidade e competência, e não a teimosia infantil de apresentar ao público os desejos dos jornalistas.”
Diante da impossibilidade de esconder a verdade, parte da mídia se esforçou para atribuir a culpa ao “discurso de ódio” produzido por Trump. A outra acusou o ex-presidente de defender o porte de armas. A seita que tem em Lula seu único deus foi ainda mais audaciosa: afirmou que tanto o atentado do sábado quanto o sofrido por Jair Bolsonaro em Juiz de Fora não existiram. “É a ‘Fakeada’ fazendo escola”, reincidiu André Janones, gerente da maior usina de fake news da história do Congresso.
Em sua coluna, Augusto Nunes registra que a autodenominada esquerda brasileira nunca foi tão longe. Em setembro de 2018, os principais jornais do país não tentaram camuflar a tentativa de assassinato. “Bolsonaro é esfaqueado, passa por cirurgia e está na UTI”, “Bolsonaro é esfaqueado em Minas” e “Bolsonaro sofre atentado a faca” foram algumas das manchetes da época.
Seis anos depois, a esquerda não consegue disfarçar a ferocidade com que reage a opiniões contrárias. Como explica Ana Paula Henkel no artigo de capa desta edição, a tentativa de assassinato de Donald Trump não surpreendeu quem acompanha a retórica dos democratas e da extrema esquerda. “Eles odeiam as escolhas do povo”, constata Ana Paula.
A coluna de Alexandre Garcia destacou um trecho do editorial publicado pelo Wall Street Journal horas depois do atentado: “Os democratas têm que parar com essa conversa grosseiramente irresponsável sobre Trump ser uma ameaça existencial à democracia — ele não é”.
Como ressalta o pacto firmado com os leitores, os textos de Oeste vão sempre tratar os fatos com respeito. Só assim teremos uma imprensa que mereça esse nome.
Boa leitura.
Branca Nunes,
Diretora de Redação
Maravilha para bens Branca @NoelAlmeida
Salve-se quem puder. Ainda bem que fiz minha assinatura de 10 anos.
Salve-se quem puder. Ainda bem que fiz minha assinatura de 10 anos.
Felizmente temos vocês.
Excelente e com muita propriedade essa Ana ,parabéns a vc e todos da Oeste pelo excelente serviços prestados aos seus assinantes 🤝👏🙏
Parabéns oeste
Quase a metade da edição, com “impressões” do atentado ao Trump. Penso que uma matéria sobre uma questão basta. É repetitivo demais sem muitas informações. Jornalismo não pode cair no sentimentalismo.
Acho melhor assinar carta Capital, Veja , Estadao, Folha, e assistir a Globo News, com certeza ficará mais satisfeito.