As vendas de novos imóveis residenciais estão indo de vento em popa. Segundo dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), no acumulado dos últimos 12 meses até abril foram vendidos quase 180 mil imóveis. Uma alta de cerca de 44%.
O maior aumento na quantidade de unidades vendidas foi nos empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que subiram 57%, para 130 mil imóveis.
No segmento de médio e alto padrão a alta foi de aproximadamente 14%, chegando a 45 mil unidades.
Mais vendas, preços mais altos
Além do número de imóveis vendidos, o valor das vendas também subiu.
No caso do Minha Casa, Minha Vida, a alta foi de 65%, enquanto no segmento de média e alta renda esse aumento foi de 28%.
O volume de lançamentos cresceu 16% no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida, mas recuou 7% no segmento de médio e alto padrão, totalizando 131 mil unidades.
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Eletroeletrônicos também comemoram
O mercado de eletrônicos, eletrodomésticos e portáteis também está vivendo um ótimo momento. Entre janeiro e junho as vendas bateram recordes, com 51,5 milhões de unidades vendidas, 34% acima do mesmo período do ano passado.
Segundo dados da Eletros, associação dos fabricantes do setor, a redução da taxa básica de juros depois de agosto de 2023 ajudou o mercado.
Todavia, para a entidade não há expectativa de manutenção desses patamares de crescimento no segundo semestre.
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Todo o mundo quer a Sabesp
A privatização da Sabesp foi um sucesso retumbante. A oferta de ações da empresa registrou uma demanda de R$ 187 bilhões, a maior demanda institucional da história.
Os investidores estrangeiros responderam por cerca de 53% da demanda, que atraiu no total ordens de 310 investidores institucionais.
A demanda foi 13 vezes maior do que a oferta, com um ganho para os cofres públicos do Estado de São Paulo de R$ 15 bilhões.
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Suando na bike
A Smart Fit, terceira maior rede de academias do mundo, adquiriu nesta semana a rede de estúdios de bike indoor Velocity, por R$ 183 milhões.
Agora as 634 academias da Smart Fit no Brasil incluirão as 82 unidades da Velocity e da Kore, a marca de estúdios para treinos funcionais da empresa.
A aquisição faz parte da estratégia da Smart Fit de completar seu portfólio na vertical dedicada a estúdios que já possui as marcas Race Bootcamp, de corrida indoor e treinos funcionais; Vidya, de hot yoga; Jab House, de boxe; Tonus Gym, de musculação; e One Pilates.
A Smart Fit conta com quase 1.470 unidades em 15 países, e um faturamento de R$ 1,3 bilhões, alta de 28% na comparação anual.
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Procura-se comandante da Vale
A Vale continua em busca de um novo diretor-presidente. Ao longo da semana foram divulgadas notícias sobre um conflito interno no Conselho de Administração e uma lista de 15 candidatos para a liderança da mineradora.
Surgiu a possibilidade de o número 2 do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, entrar na disputa. Todavia, ele mesmo não quer ser visto como um candidato do governo para não repetir o que ocorreu quando o Executivo tentou emplacar o ex-ministro Guido Mantega no comando da empresa.
Durigan é membro do Conselho de Administração da Vale e preside o Conselho do Banco do Brasil.
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Destino: EUA
No primeiro semestre de 2024, os Estados Unidos se destacaram como o principal destino das exportações brasileiras.
Segundo o Monitor do Comércio Brasil-EUA, da Amcham Brasil, o Brasil exportou o valor recorde de US$ 19 bilhões para os Estados Unidos nos primeiros seis meses do ano. Uma alta de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O crescimento foi observado em todos os setores, incluindo indústria de transformação, extrativa e agropecuária. Os bens industriais, em particular, foram 29% do total do aumento das exportações brasileiras.
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Ninguém acredita na alíquota do governo
A alíquota de 26,5% no IVA dual, prevista na reforma tributária, cuja regulamentação acaba de ser aprovada pela Câmara dos Deputados, não convence ninguém.
Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o aumento da lista de bens e serviços com reduções ou isenções na regulamentação da reforma tributária pode levar a alíquota ao nível de 28%.
O texto aprovado pela Câmara ampliou o desconto para uma série de medicamentos, incluiu carnes na cesta básica com imposto zero e reduziu em 40% as alíquotas para operações com bens imóveis.
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Custo dos imóveis vai subir
Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a reforma tributária terá como efeito a elevação dos preços dos imóveis no Brasil.
A CBIC desmentiu em nota uma informação divulgada pelo Ministério da Fazenda que assegurava o não aumento dos custos para o setor.
A CBIC disse que o texto aprovado na Câmara acolheu melhorias, mas as alterações não foram suficientes para evitar a alta nos preços. Entre as mudanças, um redutor de 40% na alíquota. A entidade pedia 60%.
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Febraban também lança alerta
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) também lançou um alerta sobre o risco de aumento da carga tributária por causa da reforma.
Além disso, a entidade que representa os bancos pediu rapidez por parte do governo federal na divulgação dos dados para o cálculo da alíquota que vai incidir sobre o setor.
E alertou sobre o chamado split payment, mecanismo tecnológico que vai permitir a divisão do imposto entre governo federal, Estados e municípios já no ato do pagamento pelos consumidores, que deveria ser cobrado pelos próprios bancos.
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Em busca da grana
O governo percebeu o tamanho do rombo nas contas públicas e agora está procurando desesperadamente recursos para cobrir esse vermelho. A Fazenda está preparando novas medidas para elevar a arrecadação em cerca de R$ 20 bilhões.
Entre as propostas estaria uma cobrança de incentivos fiscais utilizados indevidamente por empresas para reduzir o recolhimento de tributos. Além disso, o governo anunciou um corte de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024.
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Entrevista com o presidente da Abrainc
Os números do mercado imobiliário brasileiro mostram uma forte expansão das vendas nos 12 meses até abril. Uma situação surpreendente, considerando um cenário de juros ainda elevados e incerteza sobre o futuro da economia brasileira.
Entretanto, o setor imobiliário mostra otimismo em relação aos próximos meses. “Vamos superar os recordes já registrados”, diz em entrevista exclusiva a Oeste Luiz França, presidente da Abrainc.
Segundo o executivo, esse crescimento expressivo nas vendas foi possível graças às mudanças no Minha Casa, Minha Vida, que permitiram aumentar os subsídios e os valores máximos de imóveis financiados.
Entretanto, alerta sobre a necessidade de continuar garantindo o financiamento do setor através do FGTS, cujos recursos diminuíram por causa do saque-aniversário.
O que explica essa forte alta nas vendas nos últimos meses?
No segmento Minha Casa, Minha Vida, tivemos uma melhora nas condições do programa, que ampliaram o acesso à moradia às famílias de baixa renda. Por exemplo, o valor máximo dos imóveis financiados pelo programa passou de R$ 264 mil para R$ 350 mil. Além disso, o subsídio para famílias com renda mensal de até R$ 2.640 e de até R$ 4,4 mil passou de R$ 47 mil para até R$ 55 mil. O subsídio é um desconto aplicado conforme a renda da família e a localização do imóvel. Outro fator é a intenção de compra de imóveis, que está em 46%, conforme pesquisa da Brain. Isso se explica tanto pela necessidade das famílias de morar em um lugar melhor quanto pela boa oferta de produtos que vêm sendo lançados, atendendo às demandas cada vez mais exigentes dos consumidores. Outro ponto importante é o imóvel se valorizando nos últimos anos de forma expressiva. Além de ser uma forma de proteger o patrimônio da inflação, o investimento em imóvel propicia ganho com aluguel. O valor dos aluguéis também vem crescendo e subiu 15% nos últimos 12 meses.
As vendas ficaram concentradas nas capitais, e especialmente na Grande São Paulo. O que está acontecendo com o mercado imobiliário no interior do Brasil?
As vendas de imóveis seguem bem em todo o Brasil. Em alguns locais específicos, o valor lançado pode estar caindo em função de um ajuste nos estoques. No interior de São Paulo, por exemplo, houve em 2023 uma redução de 12% no volume de estoques. Notamos ainda um crescimento de 13% no preço do metro quadrado nas cidades do interior paulista. Temos ainda cidades em que houve crescimento expressivo no valor de vendas, como Belo Horizonte (48%), Bauru (31%), Salvador (21%), Curitiba (24%), Goiânia (19%), Rio de Janeiro (18%), Ribeirão Preto (16%) e Recife (10%).
O que esperar para o mercado até o final do ano e para 2025?
As perspectivas são boas, caminhando para um novo recorde nos nossos indicadores sobre vendas. Superaremos as mais de 163 mil unidades que foram comercializadas em 2023, até então o maior volume de vendas desde o início da série histórica do indicador, há dez anos. Apesar disso, é preciso ampliar as fontes de funding para expandir o acesso ao financiamento imobiliário, especialmente para a classe média. Medidas para isso seriam a liberação de recursos do compulsório sobre depósitos de poupança, conforme já proposto pela Abrainc e pela Abecip. Além disso, é preciso avançar na securitização de créditos, permitindo a emissão de financiamentos pelas incorporadoras, com o apoio da reformulada Emgea. Essas ações são essenciais para elevar a relação crédito imobiliário na comparação com o produto interno bruto (PIB), alinhando o Brasil aos níveis de financiamento imobiliário observados na União Europeia e no Reino Unido. Outro ponto de atenção é a proposta aprovada na Câmara para regulamentação da reforma tributária, que deixou o fator de desconto sobre a alíquota modal para a incorporação em apenas 40%, o que causará aumentos significativos na carga tributária sobre operações imobiliárias. Para mitigar esses efeitos, é necessário elevar o redutor para 60%, garantindo a manutenção da competitividade do mercado e facilitando o acesso à moradia para a população. Outro ponto importante é que está ocorrendo uma queda no estoque, que foi reduzido para cerca de 11 meses de duração, próximo à média histórica, e muito abaixo dos 18 meses registrados no início de 2023.
Como o saque-aniversário do FGTS afeta o setor e o crédito para o mercado imobiliário?
O Minha Casa, Minha Vida vive o melhor momento graças às medidas de estímulo do governo federal, que facilitam o acesso à moradia à baixa renda. Mas os recursos do FGTS que financiam o MCMV são finitos. Cabe evitar fugas de investimentos. Uma das saídas para o bom uso das verbas do FGTS é privilegiar os financiamentos a imóveis novos. A construção de imóveis novos é um investimento. E aumentar o investimento é um dos desafios da economia brasileira. Daí a importância de o FGTS dispor de recursos para financiar o investimento imobiliário. O saque-aniversário representa um empecilho ao FGTS, pois totaliza R$ 100 bilhões de saque nos últimos anos e vem comprometendo a compra do imóvel pelo trabalhador. Uma pesquisa com associados da Abrainc mostrou que, em 2020, 73% dos compradores do MCMV usaram o FGTS na entrada do imóvel, e agora isso caiu para 30%. É importante impor medidas que não aumentem o volume de saque do fundo, preservando sua capacidade de investimento em habitação, saneamento e infraestrutura.
Leia também “Governo quer taxar a Faria Lima”
Aumento artificial gerado pelo minha casa minha vida, um mecanismo criado pela quadrilha petista para agraciar os ”companheiros” construtores, escolhidos a dedo através da Caixa Economica Federal.
O presidente da Abrainc demoniza o saque aniversário e vangloria o MCMV. Até ele aparenta estar aparelhado pelo sistema.
O saque aniversário foi uma forma de dar a chance de escolha do trabalhador e não somente ficar preso no saque rescisão. Opta pelo saque aniversário quem quer e ninguém é obrigado. Acontece que poucas pessoas fazem o certo com o saque aniversário, como reinvestir em investimentos que rendem mais do que o FGTS parado na conta da Caixa.
Tirando essa entrevista mequetrefe só Sr
Abrainc, está de parabéns Cauti.
Os artigos do Cauti são do jeito que eu gosto, rápido e eficaz.
Kkkkkkkkk Espera chegar a inflação galopante e vcs vão ver tudo isso,,, essa MENTIRA, explodir na cara .
Augusto: coloca o Cauti fixo no Oeste sem Filtro. O cara é muito bom !