Angustiada com a crônica indigência bélica das Forças Armadas, até a garotada dos Tiros de Guerra festejou há poucas semanas a notícia animadora: enfim fora encerrada a licitação, que atraiu 18 participantes, aberta pelo Exército para a compra de 36 obuseiros. Como a aquisição desses blindados com canhões está prevista no Orçamento, e portanto não é preciso arranjar dinheiro, só falta combinar com o país vitorioso a data da assinatura do contrato, certo? Errado, acaba de revelar o ministro da Defesa, José Múcio. “Venceram a concorrência os judeus, o povo de Israel”, confirmou num encontro de grandes industriais. “Mas, por questões ideológicas, não podemos aprovar.”
Celso Amorim, chanceler de bolso do presidente Lula, ordenou a suspensão da compra tão logo soube que tudo estava resolvido. Instado a examinar o assunto, o Tribunal de Contas da União achou necessário preservar a segurança jurídica e desautorizou a contratação do segundo colocado na licitação. Segundo o TCU, não existem embargos da ONU ou tratados subscritos pelo governo federal que impeçam negociações desse gênero com países em guerra. Mas decisões de Lula e Amorim estão acima de embargos ou tratados. Como o Supremo ainda não achou tempo para tratar também de obuses e derivados, os militares (e o ministro da Defesa) que esperem sentados.
Quem vê as coisas como as coisas são sabe que o conflito em curso no Oriente Médio tem sua origem na repulsiva invasão de Israel por terroristas do Hamas, apoiados pelo Hezbollah e financiados pelo Irã. Portadora de miopia vigarista, a dupla formada por um analfabeto funcional e um diplomata de galinheiro se recusa a comprar sequer um capacete fabricado em Israel (ou trocá-lo por um rojão Caramuru). Motivo: “O Brasil não faz negócios com agressores”. Se é assim, como explicar o veto que impediu a entrega de ambulâncias aqui produzidas à Ucrânia, estuprada pela ofensiva das tropas do amigo Vladimir Putin? Porque nesse caso a culpa deve ser repartida meio a meio por agressores e agredidos, alegam o mestre e seu discípulo de estimação. Como ensinou o único deus da seita, quando um não quer dois não brigam.
Além de debochar do besteirol despejado pelo súdito de Putin, o presidente Volodymyr Zelensky nem se permitiu comentar a pornográfica “proposta de paz” formulada por Lula. Resumindo o palavrório, a nação agredida doaria oficialmente à agressora os territórios ocupados, os russos voltariam para casa e não se falaria mais nisso. Zelensky tampouco se surpreendeu com outra ultrajante revelação de José Múcio. Também está engavetada a venda de munição à Alemanha, que até onde se sabe não invadiu nenhum país nem parece preparar-se para repelir invasões. É apenas mais um caso de ranço ideológico: “Fizemos o negócio, um grande negócio”, garante o ministro. “O governo não faz porque senão a Alemanha vai mandar para a Ucrânia, a Ucrânia vai usar contra a Rússia, e a Rússia vai mexer nos nossos acordos de fertilizantes.”
Parteiros da política externa da canalhice, nascida em 2003, Lula e Amorim não perderam uma só chance de reafirmar a opção preferencial pela infâmia. Até 2010, quando repassou o esconderijo no Planalto a Dilma Rousseff, Lula fez invariavelmente a escolha errada. Fantasiado de potência emergente, o Brasil acoelhou-se com exigências descabidas do Paraguai e do Equador, hostilizou a Colômbia democrática para afagar os narcoterroristas das Farc, meteu o rabo entre as pernas quando a Bolívia confiscou ativos da Petrobras e rasgou o acordo para o fornecimento de gás. Confrontado com bifurcações ou encruzilhadas, o governo do PT nunca fez a escolha certa — e engoliu sem engasgos os caprichos e desejos de parceiros bandidos.
Quando o Congresso de Honduras destituiu legalmente o presidente Manuel Zelaya, por exemplo, o Brasil se dobrou às vontades de Hugo Chávez. Decidido a reinstalar no poder o canastrão que combinava um chapelão branco com o bigode preto-graúna, convertido ao bolivarianismo pelos petrodólares venezuelanos, Chávez obrigou Lula a transformar a Embaixada Brasileira em Tegucigalpa na Pensão do Zelaya. Para afagar Fidel Castro, deportou os pugilistas Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux, capturados pela Polícia Federal quando tentavam fugir para a Alemanha pela rota do Rio. Entre a civilização e a barbárie, Lula cravou sem hesitações a segunda opção. Com derramamentos de galã de novela mexicana, recitou juras de amor ao faraó de opereta Hosni Mubarak, ao psicopata líbio Muammar Kadafi, ao genocida africano Omar al-Bashir, ao iraniano atômico Mahmoud Ahmadinejad, ao ladrão angolano José Eduardo dos Santos e outras figuras repulsivas. Coerentemente, o último ato do mitômano que se julga capaz de liquidar com conversas de botequim os antagonismos milenares do Oriente Médio foi promover a asilado político o assassino italiano Cesare Battisti.
A herdeira Dilma Rousseff manteve o país de joelhos e reincidiu em parcerias abjetas. Entre o governo constitucional paraguaio e o presidente deposto Fernando Lugo, ficou com o reprodutor de batina, que aumentava o rebanho das dioceses que pastoreava com mais um filho do bispo. Juntou-se à conspiração que sonhava afastar o Paraguai do Mercosul para forçar a entrada da Venezuela, rendeu-se aos caprichos do lhama-de-franja que reina na Bolívia, presenteou a ditadura cubana com o superporto que o Brasil não tem e transformou a Granja do Torto em residência de verão de Raúl Castro. Rebaixou-se a mucama de Chávez até a morte do bolívar-de-hospício que virou passarinho. E até hoje ninguém sabe se o que houve entre ela e Nicolás Maduro foi namoro, amizade ou uma versão sul-americana de Bonnie & Clyde criada por Woody Allen.
Ao virar ministro da Defesa de Dilma, Amorim fez o que pôde para aprofundar o fosso que hoje separa o Brasil de Israel. Não foi difícil induzir um cérebro despovoado de neurônios a acreditar que a histórica amizade com a única democracia da região só atrapalhava a consolidação das ligações com parceiros mais lucrativos. Que tal flertar sem camuflagens com o Irã dos aiatolás atômicos, bandos terroristas que acordam e dormem pensando no sumiço de todos os judeus ou psicopatas aglomerados num hospício itinerante batizado de Estado Islâmico (que Dilma logo passaria a chamar carinhosamente de Isis)? Em 24 de setembro de 2014, a presidente baixou em Nova York decidida a aproveitar os holofotes atraídos pela Assembleia Geral da ONU para matar de vergonha o Brasil que pensa e presta.
O papelão chegou ao clímax na entrevista coletiva em que planejava criticar os ataques aéreos dos Estados Unidos a regiões da Síria subjugadas por fundamentalistas islâmicos. À vontade, esbanjou fluência no dilmês castiço sem conseguir dizer coisa com coisa. Confira o vídeo que reproduz um dos melhores piores momentos, abaixo reproduzido em negrito, sem correções nem retoques:
“Hoje a gente querer simplesmente bombardeando o Isis dizer que você resolve, porque o diálogo não dá, eu acho que não dá, também, só o bombardeio, porque o bombardeio não leva a consequências de paz.”
O discurso lido na tribuna da ONU, escrito por alguém menos impiedoso com o português, tentou explicar o que a visitante estava querendo dizer. “Lamento enormemente isso”, recitou. “O Brasil sempre vai acreditar que a melhor forma é o diálogo, o acordo e a intermediação da ONU. Nos últimos tempos, todos os últimos conflitos que se armaram tiveram uma consequência: perda de vidas humanas dos dois lados.” O malandro desfile de platitudes foi pulverizado por réplicas desmoralizantes.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, foi além da enfática aprovação dos bombardeios. Pediu que fossem intensificados. “Assassinos só entendem a linguagem da força”, concordou o presidente americano Barack Obama. “É preciso dialogar com eles”, miou Dilma mais duas vezes. Desistiu ao constatar que ganhava força no plenário da ONU a ideia de entregar à governante brasileira a missão de dialogar com serial killers especializados em transmitir ao vivo, por redes sociais, a morte por degola de qualquer ser humano que não pertencesse ao agrupamento de fanáticos.
Passados dez anos, a passagem pela sede da ONU avisa que, no momento, é a cabeça baldia de Lula que implora por reparos. Em Nova York, ele reiterou que é Israel o responsável pela guerra desencadeada por um ataque do Hamas, que o Hezbollah só quer defender o Líbano, que é o genocídio em andamento na Faixa de Gaza que impede a soltura dos reféns judeus, que no Irã só há gente boa, que os aiatolás (embora sejam persas e xiitas) disparam um míssil por minuto para garantir a paz eterna entre árabes sunitas ou pertencentes a outras ramificações do islamismo, que é Israel o culpado por todos os pecados do mundo. Foi por isso que Lula se negou a ouvir o discurso do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Foi por isso e muito mais que o governante israelense o considera “um anão diplomático”.
A cabeça baldia de Lula requer cuidados urgentes. Faz 78 anos que vem acumulando todo tipo de lixo tóxico. Algumas avarias talvez possam ser abrandadas com a remoção do colosso de ideias de jerico. Mas não custa avisar que uma perfeita besta quadrada não tem cura.
Leia também “Falta o Irã”
Lamentável o buraco que o governo está abrindo para afundar todos nós!
Nota 1000 pelo excelente comentário.. parabéns.
Augusto Nunes se supera em cada artigo que escreve.
Parabéns, ilustre Jornalista !!
As eleições municipais de 2024 deram um último recado ao consórcio Lula-STF-TSE.
Nem as urnas eletrônicas defendida com unhas e dentes pelo Alexandre e sua trupe será capaz de parar a vontade do eleitor de continuar no caminho das mudanças.
Um dia acertaremos.
Continuando, que era o sonho dos pais de de uma faculdade pública para seus filhos, está proibitiva devido à doutrina ideológica da esquerda, audiência invés de dar matéria, prega ideologia de gênero, raça e de esquerda. Já perdi 2 filhos para está gente. Antes eles frequentava a igreja, hoje eles são ateus. Mas o meu filho caçula, irá para uma particular, mesmo sem condições de suportar o ônus. Um abraço!
É triste ver como o Brasil está se transformando em uma Venezuela. Hoje, diferentemente da décadas passadas, cujo o sonho dos pai5
Augusto, o Brasil acabou. É só um amontoado de gente explorado por uma quadrilha.
Talvez o molusco consiga pensar e fazer algo inteligente se parar como a Pitú, mas ele sabe que morreu se ficar sem beber…
Errata: sabe que morre se ficar sem beber…
Pura verdade todas as linhas escritas! Excelente artigo!
Pura verdade todas as linhas escritas! Excelente artigo!
O NOSSO PRESIDENTE UM ANÃO DIPLOMATICO – VEJAM QUE LOCAL ESTAMOS ENTRE OS PAISES – LIXO PURO !!!
A CULPA É DESTA URNAS ELETRONICAS 1!!
Como sempre um excelente artigo de Augusto Nunes mostrando como o Itamaraty foi destruído totalmente pelo luladrao e seus comparsas, e o episódio de anti semitismo explícito passou ‘desapercebido’ pela ex imprensa…num mundo sério luladrao e celso amoral deveriam ser formalmente processados, são perigosos naz_stas
Besta quadrada é elogio. Dá pra elevar essa potência muito mais.
Incrível como esta quadrilha, atualmente na presidência da república, sempre escolhe o caminho errado.
As Forças Armadas estão atentas, no valor das aposentadorias.
A 78 anos o Molusco Gosmento vem envenenando a alma, o Estado brasileiro. É um ser tóxico, satânico, enfatuado, cuja ignorância lhe subiu a cabeça. Quanto à “sou presidente de banco, querida”, é um ser deplorável, mas não tanto quanto o Sátiro Mentiroso Mor Tagarela, vulgo Pinóquio dos Infernos.
Não ofenda as lhamas, Augusto. A natureza é bela. Caramunhao não pertence à criação divina.
O Celso Amorim escreveu a introdução do livro de apoio aos terroristas do Hamas
ótimo artigo, só para lembrar o nome certo é Celso Amoral.
“Lhama-de-franja”. “Reprodutor de batina”. Demais!!! Rindo até agora!!!
Ótimo artigo. Parabéns Augusto Nunes. Bem que esse Aborto de Súcubo que governa este país, podia morrer logo e nos livrar de sua presença maligna. A única solução para esta Nação é a morte desse desgraçado e de toda a corja que o idolatra, segue e reverencia.
sensacional artigo Augusto Nunes!!
a cabeça do ladrão de 9 dedos não tem como fazer conserto !!
como pode um ser desse tipo estar no cargo que está !!??
tem que ser tirado do cargo aos pontapés !!
Ladrões diplomáticos
🤣🤣🤣🤣. Parabéns por nos fazer rir apesar da tragédia que é esse desgoverno incomPeTente e corruPTo.
Dois infelizes!
Num Brasil que tem o dia Nacional do funk!!! Onde Anitta é cantora!!! Onde a pilantragem está institucionalizada…
Isso é uma pequeníssima parte!!!
Volta Bolsonaro!!!
Este artigo não pode faltar na Antologia: As Melhores Ideias de AN.
A degenerescência ética, moral e institucional das FFAA é estupefaciente. O resto, sobre o ladrão e sua ORCRIM, não surpreende.
Perfeito Augusto. Como sempre, direto no ponto.
Augusto brilhante , como sempre.
O cara que fica a favor dum governo desse só pode ser um masoquista suicida
Até mesmo locutores e comentaristas de jogos de futebol manipulam as torcidas. Nâo comentam lances duvidosos em que seus times estão jogando. E o pior: não reprisam os lances e nem mostram imagens de lances que provam que seus jogadores patrocinados poderiam ser expulsos. E Moraes tem trauma do jogo do INter e Corintiaans nuna decisão anos atrás. Todos os vídeos mostram que ao contrário do que ele pensa o resultado do jogo foi justo e o lance polêmico totalmente explicado pelas imagens. A partri daquele jogo MOraes se tornou um louco.
Parabéns nobre Augusto Nunes.
Parabéns
Perfeito!🎯
Augusto Nunes. Você está de parabéns pelo artigo. São bestas quadradas.