Na manhã do último domingo, 13, em uma missão de demonstração da SpaceX no meio do deserto de Boca Chica, no Texas, o propulsor do foguete Starship retornou ao local de lançamento e desacelerou ao se aproximar da aterrissagem, alcançando assim um feito inédito. Esse foi o quinto voo teste realizado em uma nave não tripulada.
A empresa de Elon Musk decolou o seu maior e mais poderoso foguete da base do Texas, às 8h25 (9h25 em Brasília), com a ajuda do propulsor conhecido como Super Heavy, de 70 metros de altura. A nave não tripulada seguiu em voo, contornou boa parte do globo até voltar à Terra e mergulhar no Oceano Índico. O propulsor, responsável por lançar a nave ao espaço, retornou ao seu suporte de lançamento, chamado Mechazilla, sete minutos depois. Foi recuperado com a ajuda do sistema “chopstick arms” — similar a um par de garras gigantes que se projetam da torre de lançamento e capturam o propulsor enquanto este aterrissa —, levando os espectadores do evento aos aplausos e comemorações.
A reutilização rápida de peças de foguetes é considerada essencial para a meta da SpaceX de reduzir drasticamente o tempo e o custo necessários para levar uma carga ou tripulação para a órbita da Terra ou para o espaço profundo.
A SpaceX agora planeja fazer o mesmo com a nave espacial: “Espero que, no início do ano que vem, também possamos capturar a nave”, disse Musk na terça-feira, 15, em uma publicação no X/Twitter.
Recuperar o propulsor da Starship após o lançamento é um marco crucial para a SpaceX. A empresa se prepara para operações comerciais, e o veículo é o centro das ambições de Musk para enviar pessoas à Lua e a Marte. Mas ainda há um longo caminho a ser percorrido.
Mechazilla has caught the Super Heavy booster! pic.twitter.com/6R5YatSVJX
— SpaceX (@SpaceX) October 13, 2024
Daniela Giorno é diretora de arte de Oeste e, a cada edição, seleciona uma imagem relevante na semana. São fotografias esteticamente interessantes, clássicas ou que simplesmente merecem ser vistas, revistas ou conhecidas.
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