O resultado das eleições municipais deste ano conduz a uma conclusão visível a olho nu: a ampla maioria do eleitorado optou por governantes de direita. Os números falam por si. O PSD, o MDB, o PP, o PL e o União Brasil, juntos, elegeram o prefeito em 3.615 municípios — 65% do total de cidades brasileiras.
Em contrapartida, o PT venceu em apenas uma capital (Fortaleza) e em pouco mais de 250 cidades. “O Psol, nascido da costela do petismo e representante da agenda woke e do ‘progressismo’, não fez nenhum prefeito nas 200 disputas em que entrou”, ressalvou Silvio Navarro na reportagem de capa desta edição. “O PCdoB fez 19. A Rede, 4.”
Nunca foi tão claro o recado das urnas, observou Augusto Nunes: “A imensa maioria dos brasileiros é conservadora nos costumes, liberal no campo da política e em questões econômicas, apoia a democracia genuína, ama a liberdade e despreza corruptos de fina estampa”. Também por isso, reações emocionais, como a troca de farpas entre Ronaldo Caiado e Jair Bolsonaro, deveriam ser superadas. “A reação emocional esquece que, se a centro-direita se dividir, abre espaço para a esquerda em 2026”, ressaltou Alexandre Garcia.
Confrontada com números decepcionantes, parte da imprensa recorreu a malabarismos verbais para provar que os grandes derrotados foram Jair Bolsonaro e o que chamam de extrema direita. Alguns comentaristas sustentaram que Guilherme Boulos teria vencido o pleito em São Paulo caso a campanha se estendesse por mais uma semana.
Candidatos apoiados por Lula foram derrotados em 22 das 26 cidades que visitou. Apesar disso, um punhado de comentaristas resolveu que o PT pode ter perdido a eleição municipal — mas não Lula. Uma companheira da imprensa abraçou a ideia: “Lula não entrou de cabeça nas campanhas. Isso foi uma estratégia, já que as campanhas não estavam fortes. Ele fazendo isso não sai como derrotado”.
“A mesma cegueira para a realidade está na obsessão perpétua da esquerda em exigir que o cidadão comum acredite em algo que não pode acreditar: que o pior problema da sua vida é o ex-presidente Bolsonaro”, afirmou J.R. Guzzo em sua coluna. “Esse povo é tudo o que a esquerda mais detesta hoje em dia. É evangélico. Quer ganhar mais dinheiro, ter mais conforto e subir na vida. Não quer ‘tirar dos ricos’ — quer ser rico ele mesmo. É o defensor número 1 da propriedade privada. É a favor da polícia e contra o bandido.”
Todas essas pautas são defendidas pela direita, o que consolidou o apoio da população aos candidatos que duelaram com esquerdistas. Enquanto não enxergar o mundo real, o PT estará se arriscando a despencar da zona do rebaixamento para a Série B, reservada a partidos que já pareceram grandes e hoje figuram entre as espécies em acelerado processo de extinção.
Boa leitura.
Branca Nunes,
Diretora de Redação
Só tá faltando o voto auditável com registro impresso. O escrutínio se não for público não tem democracia, e xadrez para todos os ladrões dos três poderes e devolução dos bens e valores roubados do povo
E ponto. O resto é papo furado de quem se beneficia disso que aí está!
Aliás, o Brasil se não mudar rapidamente estará dominado pelo Narcotráfico. É só seguir a cartilha disso que propõe o governo para a “segurança” pública brasileira.
Os Estados perderiam toada a autonomia constitucional garantida. Se nem na Casa deles têm segurança, imagine nesse gigante de mais de oito milhões e meio de quilômetros quadrados?!
Xô canhoteiros, já vão tarde!