É vexaminosa a incapacidade da esquerda de apresentar uma ideia nova. A insistência em pautas mofadas há mais de um século conquista apenas corações e mentes entorpecidos pelo anacronismo. Lula é a grande expressão dessas ideias naftalínicas. E o ocaso do lulismo, constatado com dados sólidos, por incrível que pareça, não empurra a esquerda para a modernidade. Pelo contrário. Provoca uma radicalização ainda maior. O psolismo, que deve herdar parte dos ex-lulistas — sobretudo os mais jovens —, acentua o discurso anticapitalista e reacende temas moribundos ancorados no conceito de luta de classes. O lulismo está minguando, e já vai tarde, como relatam o editor-executivo Silvio Navarro e o repórter Artur Piva. Lula fala exclusivamente para a própria bolha. E essa bolha é cada vez menor.
“Para que serve Luiz Inácio da Silva hoje? Serve essencialmente como disfarce progressista (leia-se: reacionário) para uma elite egoísta”, escreve o jornalista Guilherme Fiuza. “Lula é o mito dos hipócritas de boa aparência, dos inocentes úteis e inúteis, dos intelectuais dedicados a coreografias de solidariedade para manter seu poderzinho particular e avarento.”
Dada a inviabilidade política do ex-presidente e ex-presidiário, uma curiosa personalidade parece querer ocupar o espaço de líder da oposição. O ministro do STF Luís Roberto Barroso discursa como candidato. Dá pinta de que se vê como um iluminado. “Barroso é levado terrivelmente a sério pela mídia, pelo senador Alcolumbre e por outros colossos da nossa vida política, intelectual e ‘civilizada’. É natural que acredite, como o galo Chantecler da fábula de Rostand, que o sol só nasce porque ele canta”, diz J. R. Guzzo.
Faria bem ao ministro Barroso abandonar a soberba e recorrer às virtudes vitorianas. Na sua estreia como colunista da Revista Oeste, o economista Rodrigo Constantino lembra como o código vitoriano contribuiu para a construção de uma sociedade que valoriza o trabalho, a pontualidade, os valores familiares e os bons modos. Constantino assinala que Margaret Thatcher considerava que a adoção das virtudes vitorianas como código social fez da Inglaterra uma grande nação.
Numa outra imersão histórica, o cientista político Bruno Garschagen alerta para o fato de que os ativistas que se alvoroçam nos protestos violentos da gangue Back Lives Matter, ao tentar destruir o passado para recomeçar do zero uma “nova sociedade”, ignoram de onde vieram — logo, dificilmente saberão para onde ir. A sanha jacobina nunca produziu bons frutos.
A editora Paula Leal também recorreu à pesquisa histórica para amparar em dados sua excelente reportagem sobre renda mínima. A ideia de uma renda básica para todos foi proposta pelo filósofo Thomas More em 1516. No século 16, o britânico Thomas Paine era outro entusiasta da iniciativa. Mais recentemente, o filósofo Bertrand Russell e o economista liberal Milton Friedman também defenderam a medida. Há muito que discutir acerca do Renda Brasil. Mas há possibilidades de que se torne, efetivamente, uma evolução do Bolsa Família — uma ideia mais moderna versus uma ideia empoeirada.
Boa leitura.
Os Editores.
NOTA
O colunista Augusto Nunes está de férias.
Parabéns pela revista! Gostaria de pedir um articulista mais conservador e não somente liberal, apesar do perfil da revista ser, de fato, mais liberal.
Vocês deveriam ampliar o espectro anti-esquerdista: contratem o professor Carlos Ramalhete (excelente colunista da Gazeta do Povo).
Está mais do que na hora de a Revista dedicar ampla matéria sobre a atuação do boquirroto PGR, que, exemplificativamente: a) está oficiando em inconstitucional Inquérito do STF, instaurado de ofício, e no qual a PGR anterior, Raquel, já havia manifestado-se pelo arquivamento; b) pediu o arquivamento das delações premiadas do Sérgio Cabral, que comprometem os membros das cúpulas de todos os Poderes e de figurões da mídia; c) não instaurou, de ofício (aí tem de ter peito, né?), inquéritos sobre abusos de autoridade cometidos por ministros do STF – como Toffoli e Alexandre – praticados no “Inquérito do Fim do Mundo”; d) não instaurou inquérito em face de Celso de Mello quando ele atribuiu a bolsonaristas a pecha de “nazistas”; e) não instaurou Inquérito em face de Gilmar Mendes, quando ele declarou que o Exército estava praticando genocídio. Aliás, a PGR, desde há vários gestões, vem deslustrando a Instituição, politizando a Procuradoria.
Muito feliz com a chegada do Constantino!!!
Parabéns a todos!!!
A foto pano de fundo deste “Carta ao Leitor” seria um dinamometro? A balança nos sugere melhor símbolo para este STF que temos, do que olhos vendados. A dona exposta exposta bem que poderia aproveitar a pandemia é descer o tapa olhos para a boca, deixando assim de se intrometer nos demais poderes.
Tenho doravante muito cuidado com os elogios, depois que decepcionado com Crusoé, me posicionei mais à OESTE.
Desde o início desta revista sinto que no meio jornalístico pode sim existir seriedade e independência, e que se pode ajudar a reconstruir uma NAÇÃO. Até gosto que o GOVERNO CENTRAL seja fiscalizado, e desta vez como nunca vimos, até os ministros do STF têm ajudado como nunca, deixando até suas obrigações constitucionais à deriva. Mas que bom a contribuição de todos nós seja apartidária, acima de ideologias e proteção a bandidos de colarinho branco!
Parabéns pelas novas contratações.
” A justiça atrasada não é justiça ; senão injustiça qualificada e manifesta “. Rui Barbosa – No meu entender, enquanto não houver justiça no País, injustiças continuarão ocorrendo, comprometendo sobremaneira o nosso convívio e o nosso futuro.
Bem, antes de mais nada parabéns pela Revista Oeste e a forma como foi apresentada nesta edição.
Sobre as faltas: Alexandre Garcia, Coppolla, Lacombe.
Sem duvida alguma, o Coppolla representa a juventude que sabe se expressar, ele sabe informar e e didatco em suas reflexoes! Oxala tivessemos varios Caios Coppollas, para fazerem frente aos auto-intitulados ^jornalistas^ e ^comentaristas^ da imprensa que somente sabem sabotar o governo!
PS Desculpem a falta de acentos, parenteses e ponto e virgula, pois meu teclado
e gringo e nao foi possivel converte-lo para o portugues!
Antonio, é possível fazer o setup do teu teclado para o Português e sem perder as caracteríticas em Inglês. O meu laptop é todo em Inglês (moro nos EUA), mas escrevo (como agora) em Português.
How to Set Up your Keyboard to Type in Portuguese
Click START.
Go to CONTROL PANEL.
Open CLOCK, LANGUAGE, AND REGION.
Click on REGIONAL AND LANGUAGE OPTIONS.
Click the KEYBOARDS AND LANGUAGES tab and then click CHANGE KEYBOARDS.
Under INSTALLED SERVICES, click ADD.
É também possivel instalar o Microsoft Swift e irá lhe permitir que vc escreva , por exemplo, em Inglês, Portugués e Espanhol.
Perdão o nome é Microsoft SwitftKey
A revista é ótima. Mas sugiro também o nome de FLÁVIO GORDON para o time.
Rodrigo Constantino é mais um craque neste timaço que me lembra a Seleção de 70… Que venha o Caio, o Alexandre e o Flávio Gordon!
Avante, Constantino! Valendo cada centavo investido n’Oeste?
Cadê o Copolla, Alexandre Garcia e outros lúcidos que ainda restam no jornalismo ?
Concordo. Falta Coppolla
Estou muito entusiasmado com a possibilidade de termos uma revista com a envergadura dos seus editores, jornalistas, apoiadores! Confio nesse grupo maravilhoso e eclético! O Brasil precisa sepultar a velha mídia que estava destruindo nossos valores e nossa sociedade e servindo a interesses escusos! Parabéns a todos! Avante Brasil Decente!
…. falta o Caio Coppola.
Concordo com o Antônio Gabriel .
Excelente revista ! Vida longa !
Parabéns pelo excelente time de jornalistas e colunistas. Felicito a chegada do Rodrigo Constantino. Falta trazer o Caio Coppolla.
A Revista Oeste, de fato, é uma luz nessa escuridão apoiada pela grande mídia.
Estejam certos de que vocês estão fazendo história em prol de uma agenda liberal e do Brasil.