No dia 24 de fevereiro, a invasão da Ucrânia pela Rússia vai completar três anos. Vladimir Putin está devorando o país aos poucos, e conta com o apoio do eixo de ditaduras amigas — China, Coreia do Norte e Irã. Sua intenção declarada é retomar o que já foi o império soviético. Os países do leste da Europa, que foram subjugados por esse império durante décadas, já estão alertas.
Mas a Europa está segura, certo? Não. Parte dela está sendo dominada por ondas de imigrantes muçulmanos que declaram nas ruas (com o apoio de esquerdistas) que estão ocupando o continente em nome de Alá. Mas os europeus devem se preocupar também com um inimigo interno. Ele atende pela sigla ESG.
ESG significa environmental, social and governance (“ambiental, social e governança”). Segundo recente matéria da revista Newsweek, essa mentalidade woke chegou ao próprio comando das forças de defesas da Europa, representada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Os generais russos que leram essa reportagem devem estar rindo até agora.
“Vladimir Putin está tentando remontar a Grande Rússia, e a Europa Ocidental não está preparada para se defender”, disse com todas as letras o editorial do Wall Street Journal de 29 de dezembro. “A guerra na Ucrânia expôs suas deficiências, mas os políticos do continente ainda não estão fazendo o suficiente para reconstruir as suas forças armadas. Uma das razões é que as políticas ambientais, sociais e de governança [ESG] continuam a prejudicar a defesa do investimento.”
Segundo o almirante holandês Rob Bauer, chefe do comitê militar da Otan, os setores financeiros da Europa dizem, seguindo a cartilha ESG, que “não é ético investir na indústria de defesa”. Alguns investidores, segundo Bauer, são banidos de comprar ações de empresas ligadas à defesa por causa de “objetivos de sustentabilidade”.
Rota de suicídio
O fundo soberano de investimentos da Noruega, por exemplo, com seu US$ 1,8 trilhão de recursos, baniu o investimento em empresas ligadas à produção de armas nucleares, como a Airbus e a Boeing.
Diretores da indústria de defesa da Europa declararam à Newsweek que o princípio ESG está fazendo “absolutamente” o jogo da Rússia “no pior momento possível”. “É um problema autoinfligido pela Europa que você não vê em nenhuma outra região do mundo.”
Existe uma regra na Otan que diz que cada país membro deve gastar 2% de seu PIB em defesa. O recém-eleito presidente Donald Trump cobra esse compromisso dos europeus desde o primeiro mandato. Mas potências como Reino Unido, França e Alemanha parecem estar em rota de suicídio. Enquanto isso, a Rússia gasta 40% de seu orçamento em despesas militares.
Segundo o Wall Street Journal, o European Investment Bank não financia projetos de “duplo uso”, como drones, porque eles podem ser usados como armas. A imprensa de esquerda faz coro com essa linha de raciocínio. O Facing Finance, de Berlim, chegou a dizer que “a indústria europeia de armamento tenta apresentar-se como garantidora da segurança e da liberdade europeias”, mas “a indústria de armamento não é definitivamente um investimento sustentável”.
Quem está por trás das ONGs?
A matéria da Newsweek aponta mais dados alarmantes. O ex-primeiro-ministro da Finlândia, Sauli Niinistö, lembrou que a quantidade de tanques de batalha na Europa desabou 77% entre 1992 e 2022. No mesmo período, o número de jatos de combate caiu 57%, e o de submarinos, quase 50%. Os novos equipamentos são mais eficientes, mas ainda em quantidade insuficiente.
Oliver Cusworth, alto executivo do European Investment Bank, mostrou a diferença que existe entre as potências europeias e os EUA: “O financiamento para o setor de defesa dos EUA é socialmente aceito e não enfrenta o mesmo tipo de obstáculos ESG que temos na Europa”. Os EUA gastaram 3,38% do PIB em defesa, o que equivale a 37% dos gastos globais de defesa. Os Estados Unidos gastam 12 vezes mais que a União Europeia nessa área. O presidente Trump cobra desde seu primeiro mandato um aumento da responsabilidade europeia nesse campo.
O porta-voz da Thales, uma empresa francesa da área de defesa, declarou à Newsweek: “Em outros países, como os EUA, a defesa é considerada um componente ESG essencial, contribuindo para a estabilidade global. A defesa é uma das mais reguladas indústrias da Europa”. Um banqueiro reclamou que ONGs “declarariam guerra” contra seu banco se ele tivesse ações de empresas de defesa em seu portfólio. A partir da invasão da Ucrânia, essa hostilidade piorou.
O que nos faz questionar quem está por trás dessas ONGs. Quando Ronald Reagan deu o xeque-mate na extinta União Soviética ao colocar mísseis Pershing na Europa, grupos “pacifistas” — sempre de esquerda — protestavam nas bases americanas exigindo o autodesarmamento. Agora mesmo estamos vendo especialmente na Europa atos de violência contra Israel e os judeus em geral. A situação é a mesma — protestos são proibidos do outro lado. O ESG só funciona para uma das partes. No Irã ou na China ninguém leva isso a sério.
A Europa está acordando
O almirante Rob Bauer levanta uma questão que deveria ser óbvia: “Eu não consigo pensar em nada mais sustentável do que prevenir uma guerra. Vá para a Síria, vá para Gaza, vá para a Ucrânia, vá para o Iêmen. Veja o que a guerra faz com um país, com uma cidade, com o povo. Investir em defesa deveria ser tratado da mesma forma que investimentos em medidas que limitam as mudanças climáticas”.
Fundos de pensão como a Scottish Widows e a Schroder declararam que não vão investir em companhias que produzem “certas armas que são consideradas inaceitáveis em convenções internacionais” — armas químicas, biológicas, minas antipessoais, fósforo branco e munições cluster.
Enquanto isso, os telejornais governamentais da Rússia de Putin falam abertamente em usar armas nucleares e mostram com orgulho em gráficos o estrago que elas fariam se atiradas nas grandes cidades da Europa. Com essa atitude ESG, esses fundos de pensão desarmam a Europa frente a um inimigo que não tem qualquer tipo de compromisso com posturas woke.
O governo da Estônia, país que faz fronteira com a Rússia, já alertou que uma invasão massiva de soldados russos poderá acontecer em poucos anos, assim que os russos se reorganizarem do caos provocado pela invasão à Ucrânia. Wolf-Christian Paes, do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), declarou o que nem deveria ser discutido: “Se você está lutando uma guerra defensiva, vai precisar de minas terrestres para segurar suas linhas. Isso sempre foi claro”.
“A Europa está lentamente acordando para os perigos globais”, diz o editorial do Wall Street Journal. “Vinte e três dos 32 membros da Otan estão agora no bom caminho para cumprir o padrão de despesa com a defesa de 2% do PIB, e alguns falam de metas de 3% ou mais. No entanto, precisarão da ajuda do setor privado europeu, que se entrega a fantasias de sustentabilidade à custa da segurança do continente.”
Se os russos resolverem invadir o resto da Europa, veremos o que suas tropas encontrarão: exércitos de verdade oferecendo uma resistência à altura ou um bando de Gretas Thumberg dando as boas-vindas.
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Aqui, a escolha dos armamentos a serem repostos levam em consideração, em 1o lugar, é se o país fornecedor está alinhado aos PTralhas ao invés da qualidade do produto que as FFAA precisam utilizar. Globalistas de Merda!
Tudo o que um ladrao ,um invasor e um ditador espera e quer é que o invadido e o provável assaltado NÃO acredite que isso acontecerá! É como o Demônio que faz de tudo para que pensemos que ele (o demônio) NÃO EXISTE!!
1000% apoiado que investir em defesa é caso de sobrevivência! Se você não for forte o suficiente para derrubar um potencial adversário, você passa a ser um certeiro perdedor! Israel fez isso; a Suiça tambem e os EUA sempre foram campões no assunto! Isto não é “armar”; é “estar preparado para sobreviver”