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Foto: Revista Oeste/IA
Edição 250

Esperança renovada

A situação do Brasil é desanimadora e preocupante, mas ao menos agora teremos um aliado de peso: o homem mais poderoso do mundo

Rodrigo Constantino
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A virada do ano é sempre aquele momento de retrospectiva e de expectativa. Olhamos para trás para avaliar as conquistas e os dissabores do ano que se encerra, e olhamos para a frente com as esperanças renovadas. No Brasil, lamento dizer, o povo tem mais coisas a lamentar do que a celebrar em 2024, e o problema é que as perspectivas para 2025 não são muito animadoras, para dizer o mínimo. Não dá para ser diferente com o PT no poder. A esperança toda, portanto, vem mesmo de Trump e dos Estados Unidos.

Nem mesmo um ataque em New Orleans de mais um adepto da “religião da paz” ou um carro da Tesla que explodiu em frente a um hotel de Trump em Las Vegas podem abalar o clima positivo neste começo de ano no país. É um fenômeno atípico, sem precedentes: Trump só assume no dia 20 de janeiro, mas é como se já fosse o presidente em exercício. Ninguém aguenta mais a gestão medíocre de Joe Biden e do Partido Democrata cada vez mais radical.

Em síntese, acabou a palhaçada. Trump volta para colocar ordem na bagunça, para restaurar a meritocracia, separar homens de mulheres nos esportes, enterrar a nefasta agenda woke e mostrar ao mundo que a paz é o resultado da força americana, e não de malas de dinheiro para regimes terroristas. A burocracia se sente ameaçada, e deveria mesmo. Com a ajuda de Elon Musk, Trump vai botar para quebrar em relação ao deep state. A velha imprensa também treme, pois todos já perceberam que a militância dominou o jornalismo. São tempos alvissareiros de mudanças necessárias.

Claro que nada disso será sem choro e ranger de dentes. Os donos do poder não vão simplesmente entregar o osso sem luta. Mas Trump está ciente dos erros da primeira gestão, já sabe melhor em quem confiar e quem quer só boicotar seu governo. Uma das minhas últimas leituras de 2024 foi Government Gangsters, de Kash Patel, que vai assumir o comando do FBI. A equipe de Trump sabe exatamente o que deve ser feito para desarmar o aparato administrativo que vem usurpando o legítimo poder dos representantes eleitos pelo povo.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e Elon Musk | Foto: Reuters/Brandon Bell

Nas palavras de Patel: “O que aterroriza o deep state é que, apesar de passar anos a espalhar incansavelmente a desinformação e apesar de todas as coisas ilegais que fizeram para nos abusar e manipular, não só já não acreditamos neles como agora os vemos claramente como são. Sabemos a verdade e é isso que me dá esperança”.

Essa luta, naturalmente, não é apenas do governo eleito, mas de cada cidadão. Cada patriota atento sabe que tem uma parte a fazer no resgate da América. “Em geral, essas são pessoas que preferem viver vidas tranquilas, criando as suas famílias, administrando os seus negócios e fazendo voluntariado nas suas escolas e locais de culto. Mas foram forçadas a levantar-se e a defender a nossa Constituição e o nosso modo de vida. Esses corajosos americanos reconhecem que o deep state pode estar disparando tudo o que tem contra Trump, mas só o têm como alvo porque ele está à nossa frente”, explica Patel.

Trump é alvo do deep state porque representa um obstáculo em seu projeto totalitário de poder. O alvo final é cada cidadão, com seu próprio estilo de vida, seus valores tradicionais e seu apreço pela liberdade individual. É isso que está ameaçado pela elite burocrática. Trump sabe muito bem disso, e seus primeiros cem dias serão frenéticos. Nem toda reforma será possível, mas o que der para ser feito por medidas executivas será. E vale lembrar que os republicanos passaram a dominar as duas Casas do Congresso.

Se o Brasil desafia qualquer otimista, pois basta ver quem são aqueles no comando para ter calafrios, os Estados Unidos ao menos despontam como uma nação retomando o controle de seu futuro promissor. E essa mudança de ventos americanos também pode ser o motivo que alimenta a chama da esperança para os patriotas brasileiros. Afinal, Trump e seu time estão bem atentos ao que se passa no Brasil. O presidente eleito citou o bloqueio da rede social X no Brasil em 2024 como exemplo de censura em um pedido à Suprema Corte do país contra um possível bloqueio da rede social chinesa TikTok nos Estados Unidos.

“Talvez não por coincidência, logo após a aprovação da lei outra grande democracia ocidental, o Brasil, fechou outra plataforma de mídia social inteira, o X [anteriormente conhecido como Twitter], por mais de um mês, aparentemente com base no desejo do governo de suprimir discursos políticos desfavorecidos”, declarou o republicano.

A situação do Brasil é um tanto desanimadora e preocupante. Mas ao menos agora teremos um aliado de peso: ninguém menos do que o homem mais poderoso do mundo. Sua prioridade será arrumar a própria casa, um tanto bagunçada pelos democratas. Mas o cenário externo vai merecer uma boa dose de cuidados também. E é nesse contexto que entram o Brasil e sua democracia cada vez mais capenga e destruída pela esquerda. Trump não quer ver nosso país se transformando em província chinesa, como o PT gostaria. Essa nova guerra fria está apenas começando. E temos que manter a esperança de que os comunistas serão, uma vez mais, o lado derrotado. Bora, Trump! E um Feliz 2025 a todos!

Sua prioridade será arrumar a própria casa, um tanto bagunçada pelos democratas | Foto: Reuters/Cheney Orr

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3 comentários
  1. Celso Ricardo Kfouri Caetano
    Celso Ricardo Kfouri Caetano

    Excelente Constantino e parabéns pelo seu entusiasmo e a preocupação com o nosso Brasil. A única coisa que me preocupa é o quanto nosso país será relevante para que Trump tome medidas de apoio, principalmente depois das patacoadas de Lula e da senhora primeira dama.

  2. Ana Kazan
    Ana Kazan

    Corajoso Constantino, contamos com sua clareza e foco que olhar a distância trás.

  3. Vinicius Freitas
    Vinicius Freitas

    Constantino, o seu otimismo é visível e dia 20 /01. Aqui em Brazuela “o otimista está dizendo que o país vai terminar em merda e o pessimista dizendo que não vai dar pra todo mundo”.

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