Pular para o conteúdo
publicidade
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante o lançamento do Plano Safra 2024/2025 da Agricultura Familiar | Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo
Edição 252

Carta ao Leitor — Edição 252

A derrota do governo para a potência das redes sociais e os incêndios que devastaram a Califórnia são os destaques desta edição

Revista Oeste
-

O ano não começou bem para o governo Lula da Silva. Ao cruzar a metade do mandato, o petista se deparou com a pior crise desde que retornou a Brasília. Sem um projeto para o país, com a inflação galopante corroendo o bolso do pagador de impostos, o caixa vazio para amplificar programas assistencialistas e a saúde abalada por uma crise de dengue que não vai embora, Lula teve uma ideia: contratar um ministro da Propaganda.

Nesta semana, chegou ao Palácio do Planalto o marqueteiro de campanhas petistas Sidônio Palmeira. Ele assume a cadeira de Paulo Pimenta, que deixa o governo com a pecha de vilão. Sidônio fez questão de dizer que a gestão é boa, mas falhou na comunicação — embora o antecessor tenha distribuído milhões de reais para as redações da imprensa tradicional fazer esse serviço. Para agradar aos sócios do governo no Supremo Tribunal Federal (STF), o marqueteiro ainda citou o perigo de manter as redes sociais sem rédeas no Brasil — ou seja, sem uma engrenagem de censura.

“O regime em vigor não tem uma opinião sobre as redes sociais. Tem um propósito objetivo: impedir que as pessoas digam ali o que o governo não quer que seja dito”, afirma J.R. Guzzo, no artigo de capa desta edição. “O regime parece sentir mais do que nunca, neste momento em particular, a necessidade de mentir — como questão básica para manter-se vivo.”

No dia seguinte à posse de Sidônio, veio a bordoada. Um vídeo do jovem deputado Nikolas Ferreira, do PL de Minas Gerais, falando sobre o plano do governo para vigiar as transações via Pix correu as redes sociais como rastilho de pólvora. Em 24 horas, já contabilizava mais de 200 milhões de visualizações — depois, ultrapassou 300 milhões —, algo que todos os telejornais do Grupo Globo juntos não alcançam. Detalhe: em meio ao volume recorde de dinheiro gasto em propaganda pelo PT, o vídeo de Nikolas tem estética simples, custo zero e dá uma aula de didatismo sobre o cerco aos mais pobres — os brasileiros que vivem na informalidade vendendo picolés, os motoristas de aplicativos, as costureiras e manicures.

O governo recuou e desistiu das regras sobre o Pix. Argumentou que uma onda de fake news causou pânico na população. O Psol acionou o Supremo Tribunal Federal. A Advocacia-Geral da União chamou a Polícia Federal. A imprensa tradicional endossou a tese de Lula. Mas uma pergunta ficou no ar: “Se a revolta popular era baseada em mentiras, por que a Receita Federal desistiu do monitoramento do Pix?”, questiona a reportagem de Edilson Salgueiro. Por que não manteve a norma e provou que estavam certos?

“O que o governo Lula 3 precisa entender é que não se deve subestimar a inteligência do brasileiro nem jamais usar a força de ditaduras para calar opositores ou cidadãos indignados”, escreve Adalberto Piotto. Eis a lição do caso Pix.

O Supremo, contudo, se recusa a entender. A semana termina com outra medida autoritária. O ministro Alexandre de Moraes, a quem Lula insuflou a militância de esquerda publicamente a tratar como o amigo “Xandão”, impediu a viagem de Jair Bolsonaro para a posse de Donald Trump, na próxima segunda-feira, 20. A justificativa? Para o STF, Bolsonaro poderia fugir do país — mas fugir por quê?. Ele sequer é réu. O ex-presidente falou sobre o tema em entrevista ao programa Faroeste à Brasileira (clique aqui para assistir). Bolsonaro será representado pela mulher, Michelle. Os integrantes do consórcio PT-STF não foram convidados.

Boa leitura!

P.s. Oeste fará a cobertura especial da posse de Donald Trump na segunda-feira, 20, a partir das 13 horas, no site e no canal do YouTube.

Capa da Revista Oeste, edição 251 | Foto: Jose Cruz/Agência Brasil
1 comentário
  1. Erasmo Silvestre da Silva
    Erasmo Silvestre da Silva

    Como essa corja de ladrão comunista terrorista narcotraficante genocida bandidos da pior espécie que estão no parlamento tem o desplante de subir à tribuna do parlamento e falar a favor desse governo. Ou se toma à força o poder ou viraremos uma Cuba continental

Anterior:
A estrada totalitária
Próximo:
A lição do Pix
Newsletter

Seja o primeiro a saber sobre notícias, acontecimentos e eventos semanais no seu e-mail.