Trump retornou à Casa Branca claramente mudado. Basta pensar em sua foto oficial de presidente, mais parecida com sua mugshot de quando foi indiciado do que com sua sorridente foto do primeiro mandato, em 2016. Sua equipe foi escolhida a dedo, gente que tem alinhamento com sua agenda e que pretende enfrentar os boicotes do deep state. Acabou a palhaçada, como já disse antes. O homem não está para brincadeira, e isso ficou claro em seu começo frenético, assinando dezenas de ordens executivas importantes. O que muda, então, no novo governo Trump?
Uma era de ouro para a América se inicia, anunciou o presidente em seu primeiro discurso. Trata-se do maior retorno na história política americana, sem dúvida. Trump foi perseguido de todas as formas, quase morreu num atentado contra sua vida, e conseguiu o impossível. Mas, como ele mesmo disse, fazer o impossível é o que a América faz de melhor. Essa volta vem com o inegável respaldo popular, com as duas Casas do Congresso e sem a mesma capacidade de resistência por parte da oposição. Não houve, para começo de conversa, manifestações organizadas contra o presidente. Ele tem, em linguagem clara, a faca e o queijo nas mãos.
A presença da elite do mundo da tecnologia na posse de Trump ilustra bem a guinada. Muitos dos ícones das big techs representavam ferrenha oposição a Trump não faz muito tempo, mas agora estão buscando colaborar com sua agenda, aproximar-se do presidente. Enquanto isso, a velha imprensa insiste numa narrativa ridícula de que são todos “nazistas”, pegando um gesto de Elon Musk totalmente fora do contexto, incapaz de enganar alguém. Os cães ladram e a caravana passa. Esses empreendedores estão entusiasmados pois Trump quer resultados e lhes concedeu ampla liberdade para entregá-los.
As últimas ações de Joe Biden também retratam bem a mudança que vem por aí. O senil, corrupto e agora ex-presidente perdoou preventivamente familiares, o doutor Fauci, o general Milley e outros cúmplices, basicamente confessando seus crimes e os blindando de qualquer julgamento futuro. Biden aguardou até o último segundo para esse gesto indecente, até para que Donald Trump não tivesse conhecimento antes de seu discurso de posse. Isso, sim, remete a republiquetas das bananas, a países sob autocratas corruptos que ameaçam democracias. Mas a velha imprensa não tem nada a dizer, pois também é cúmplice.
Agora eles todos terão de lidar com um Trump pronto para reagir, para “drenar o pântano” de Washington. Seu primeiro discurso foi mais um detalhado plano de ataque do que qualquer outra coisa. Trump elaborou vários pontos que estavam fracassando na América por responsabilidade democrata, e na cara de seus adversários prometeu o que vai mudar daqui para a frente: fronteiras controladas, abandono da agenda woke, retorno do petróleo para ajudar no desenvolvimento econômico da nação etc. As faces dos ex-presidentes eram de espanto, como de quem está diante de um revolucionário que vai mesmo cumprir suas promessas.
O establishment está acostumado a jogar dentro de certas regras de hipocrisia, mas Trump não demonstra qualquer respeito a elas, até porque sabe que sofreu dois impeachments, indiciamento e tentativa de assassinato justamente para que não pudesse priorizar o povo americano em vez de elites corruptas. Isso é, de fato, algo um tanto revolucionário e disruptivo. Podemos pensar talvez em Ronald Reagan como outro exemplo similar na história recente.
Por isso o globalismo foi escolhido como alvo. Trump é um presidente americano, eleito pelo povo americano para gerir a nação americana, e deixou claro que sua prioridade será sempre a América. Em sua visão, o globalismo tem servido para enriquecer uma elite à custa do povo, além da ameaça que representa à soberania nacional. É nesse contexto que podemos entender a retirada dos Estados Unidos da OMS e a ameaça de tarifas protecionistas para retaliar adversários que jogam sujo.
Em 2016, quando Trump assumiu pela primeira vez, ninguém sabia o que esperar dele. Seus discursos eram mais abstratos, e ele mesmo admitiu que nada conhecia de Washington. Isso fez com que a elite republicana conseguisse “domesticá-lo”, amarrando suas mãos com indicações questionáveis que, hoje sabemos, boicotaram sua agenda. Em 2025, vemos um Trump bem mais específico, ciente dos corredores políticos, cercando-se de pessoas leais à agenda vencedora. Marco Rubio, Pete Hegseth, Kash Patel, Pam Bondi, entre outros, todos mostram que a nova gestão não se perderá em armadilhas criadas pelo deep state.
A oposição está em frangalhos, não há lideranças fortes do lado democrata, as instituições não ficarão mais totalmente aparelhadas, e o caminho ficará relativamente livre para que Trump e sua equipe implementem seu plano de governo vencedor de forma inconteste nas urnas. Há uma derrota moral do lado esquerdo também, que pode culminar no enterro definitivo da agenda woke, que nunca foi uma demanda popular, e sim uma insanidade imposta de cima para baixo. Ninguém acredita que será tudo tranquilo, mas há um abismo entre o clima atual e aquele da primeira gestão.
Como explica o professor Victor Davis Hanson, autor de um livro em defesa de Trump, desta vez o presidente compreendeu que os ataques que recebe não são por razões pessoais, e sim pelo que ele representa e pelo fato de isso ser visto como uma ameaça ao establishment. Trump, assim, passou a incorporar todo o movimento MAGA, de gente cansada com a corrupção das elites, com a loucura “progressista”, com o radicalismo democrata.
Nesse contexto, talvez tenha sido fundamental a derrota em 2020, para que todos percebessem o que estava em jogo. A adesão dos bilionários de tecnologia só foi possível quando o governo Biden tentou forçá-los a aplicar censura e a se submeterem aos anseios do estado. Talvez eles fossem “esquerda caviar” até hoje, criticando Trump, se não tivessem mergulhado no purgatório antes. Como todo bom mito, antes é preciso atravessar o deserto, entrar na barriga da baleia ou ser crucificado para poder ressurgir mais forte e maduro do outro lado, pronto para salvar a princesa ou a cidade natal.
O senso de propósito no novo Trump é inegável, e ele mesmo colocou com todas as letras: “Fui salvo por Deus para fazer a América grande novamente”. Essa é sua missão. E não falta determinação sua e de seu time para seguir adiante. Serão tempos instigantes, tomara que realmente uma era de ouro para a América!
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Realmente é instigante.
Estou aplicando a um visto EB2 NIW, animado pela aceitação. Mas também buscando maneiras de colaborar com o Brasil, mesmo de longe.
Grande Consta! Fé, força e saúde. É o que te desejo de Goiás, BR