Os investidores estrangeiros estão de volta à Bolsa de Valores de São Paulo, a B3. Desde o começo do ano, os aportes de gringos no mercado de capitais brasileiro estão beirando os R$ 14 bilhões.
Uma tendência contrária ao que foi registrado em 2024, quando mais de R$ 32 bilhões tinham sido retirados.
Com a volta dos estrangeiros, o Ibovespa, principal índice da B3, já subiu cerca de 10% desde janeiro.
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E o governo quer taxá-los
O governo brasileiro parece não querer perder a ocasião para tungar parte dos recursos dos gringos. A proposta de reforma do Imposto de Renda apresentada pelo Ministério da Fazenda prevê um aumento da taxação sobre os investidores estrangeiros.
O projeto de lei enviado ao Congresso Nacional prevê uma retenção na fonte de 10% dos dividendos obtidos por estrangeiros e remetidos ao exterior.
Obviamente, isso provocará uma redução desse tipo de investimento. E as previsões do próprio ministério apontam para uma redução do fluxo de remessas de dividendos de empresas para o exterior em caso de aprovação da reforma.

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Otimismo com o Brasil em alta
Os gringos estão mais confiantes quanto ao desempenho econômico do Brasil.
Segundo uma pesquisa do Bank of America (BofA), o porcentual de gestoras que esperam que o país possa ter uma performance superior aos vizinhos da América Latina, como o México, cresceu em março e ultrapassou os 60%. No mês passado eram 45%.
O levantamento foi realizado com 33 casas da região, que possuem cerca de US$ 70 bilhões em ativos sob gestão.
Segundo os dados, diminuiu o porcentual de casas que esperam revisões baixistas para os lucros das empresas em 2025, saindo de 38% para 21%.
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Populismo habitacional
O governo Lula está tentando turbinar o Minha Casa, Minha Vida.
Em ofício enviado ao Congresso, o Executivo remanejou o Orçamento, destinando R$ 15 bilhões do Fundo Social ao programa habitacional.
Os recursos vão ampliar a Faixa 3 do programa, voltado para a classe média, que inclui famílias com renda entre R$ 4.400,01 e R$ 8.000 ao mês.
Já na semana passada, o Executivo havia feito um acréscimo de pouco mais de R$ 20 bilhões ao Fundo Social para ações de financiamentos de investimentos em infraestrutura social.

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O agro se confirma como o motor do Brasil
O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), do Banco Central, considerado a prévia do produto interno bruto (PIB), registrou uma alta bem acima do esperado no mês de janeiro.
O indicador subiu 0,9% no primeiro mês do ano, surpreendendo os analistas que aguardavam uma alta de apenas 0,22%.
O grande incentivo veio do agronegócio, que está impulsionando a economia brasileira graças a uma safra recorde. Serviços, varejo restrito e indústria ficaram negativos ou zerados no primeiro mês do ano.
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Financiamento do cacau
Pequenos produtores de cacau dos Estados da Bahia e do Pará vão receber financiamentos para suas atividades.
O Instituto Arapyaú, a plataforma de investimentos Violet, o grupo Taboa e o investidor de impacto MOV Investments criaram o fundo Kawa, que ofertará crédito para esses agricultores, tradicionalmente menos beneficiados pelo mercado financeiro.
O anúncio foi feito durante a Fundação Mundial do Cacau, em São Paulo.
Os recursos, cerca de R$ 30 milhões, serão distribuídos para 1,2 mil pequenos produtores rurais. A maior parte da produção de cacau do Brasil é proveniente dessa categoria.

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Enxurrada de royalties
O Brasil vai ganhar mais dinheiro com a extração petrolífera.
Segundo cálculos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a arrecadação com royalties da indústria de petróleo e gás aumentará 9,7% de 2025 a 2029.
Para 2029, a ANP prevê uma arrecadação de cerca de R$ 74,6 bilhões em royalties, ante os cerca de R$ 68 bilhões deste ano.
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A guerra dos pets
A chamada “guerra dos pets”, a disputa pelo predomínio no bilionário mercado dos produtos para animais domésticos, está prestes a se intensificar.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu início à fase de confronto direto entre concorrentes no caso da fusão entre Petz e Cobasi. E a Petlove está tentando ser admitida como “terceira interessada”.
A Petlove apresentou uma série de dados para corroborar a tese de que a fusão será danosa para a concorrência e levará ao monopólio em algumas cidades. Para Petz e Cobasi, a rival estaria tentando tumultuar a operação e teria um “objetivo escuso”.

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Churrasco brasileiro conquista o mundo
A rede de churrascarias Fogo de Chão está se preparando para abrir novos restaurantes.
Para isso, o fundo Bain Capital, que controla a operação desde 2023, está prestes a listar a empresa na Bolsa de Nova York, a fim de obter o capital necessário para realizar os investimentos.
Atualmente, a Fogo de Chão tem nove unidades no Brasil e 70 nos Estados Unidos, com um faturamento de US$ 700 milhões em 2025. O objetivo para este ano é alcançar US$ 1 bilhão em vendas.
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Privatização premiada
A Sabesp foi premiada como a melhor privatização da América Latina em 2024.
O prêmio Latin America Equity Issue of the Year, concedido pela International Financing Review (IFR), reconhece a privatização da empresa de saneamento paulistana como a operação mais bem-sucedida da região no ano passado.
No começo de 2025, a privatização também foi destaque no LatinFinance Deal of the Year Awards, realizado em Nova York.
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Briga aérea
As companhias aéreas Gol, Latam e Azul estão investigando sua parceria com a Despegar, holding dona da marca Decolar.
A ação contra a empresa de venda de passagens e pacotes teria começado depois de as aéreas terem tomado conhecimento de uma fraude na comercialização de bilhetes por meio da chamada tarifa operador.
A Despegar passou a incorporar essa tarifa com desconto a pacotes de vendas de passagens aéreas, o que é irregular. Ao mesmo tempo, o consumidor final pagava o preço cheio do bilhete, e a companhia absorvia o desconto.
Uma operação que teria inflado os resultados financeiros da Decolar. E deixado furiosas as aéreas.

Leia também “A crise já começou?”
Creio que, devido à notícias “maravilhosas” (até tu Cauti!!!) Elon Musk transferirá a sede das suas empresas para esse, que é, disparado, o País mais “estável e promissor “ do mundo. A propósito, a transferência de trinta milhões de reais (quantia irrisória) para pequenos produtores de cacau, da Bahia e do Pará, servirá para que? Só para o “grupo globo” foram doados cerca de trezentos milhões de reais!!!
Pelo que está escrito, estamos vivendo no melhor País do mundo, onde tudo dá certo. Inacreditável!!!