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O caso de Débora Rodrigues dos Santos é repleto de crimes judiciários que expõem a falta de sensatez do STF | Foto: Montagem Revista Oeste
Edição 262

A marcha da insensatez

O caso de Débora Rodrigues dos Santos acabou construindo o que pode tornar-se a pior crise que o Poder Judiciário já criou para si próprio desde que o STF decidiu transformar-se numa facção política

J. R. Guzzo
-

O ministro Alexandre de Moraes e os seus colegas de STF estão cometendo atos que em qualquer legislação civilizada do mundo, incluindo a do próprio Brasil, podem ser descritos como crimes judiciários. Não se trata mais, aqui, do clássico erro judicial — a decisão que causa prejuízo grave, e em geral irreparável, a uma pessoa inocente das acusações pelas quais foi condenada. No caso da perseguição de Moraes e do STF à cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, o que no começo poderia ter sido um equívoco da Justiça tornou-se um delito deliberado por parte dos juízes. Débora acaba de ser condenada a 14 anos de prisão por pintar com seu batom as palavras “perdeu mané” na estátua da deusa da Justiça em Brasília, durante a baderna de 8 de janeiro de 2023. É impossível, por qualquer critério racional ou moral, justificar uma demência como essa.

A discussão poderia começar e acabar por aí. É um desses casos que são levados a juízo e encerrados no ato por óbvia irrelevância material — aquilo que na Justiça americana é chamado de open and shut case. Como um ser humano, em sã consciência, poderia achar justo que alguém ficasse pelos próximos 14 anos de sua vida na cadeia por pintar uma estátua com batom? Mas Alexandre de Moraes e o mais alto tribunal de Justiça do Brasil decidiram transformar essa miudeza absoluta num caso de lesa-pátria — nada menos, segundo eles, que uma tentativa de golpe de Estado e de destruição da democracia. É uma mentira rasa, e processar alguém com base numa mentira é um comportamento que viola a lei. No caso de Débora, o ministro foi engatando decisões ilegais sucessivas, cada uma delas para justificar a precedente. Acabou construindo, do jeito como as coisas estão hoje, o que pode tornar-se a pior crise que o Poder Judiciário já criou para si próprio desde que o STF decidiu transformar-se numa facção política em sociedade com o governo Lula.

Débora Rodrigues dos Santos, durante o ato do 8 de Janeiro | Foto: Reprodução
Débora Rodrigues dos Santos, durante o ato de 8 de janeiro de 2023, em Brasília | Foto: Reprodução

Na prática, o resultado foi a criação de uma charada que não vai ter, e nem pode ter, nenhuma solução capaz de deixar alguém satisfeito. É, na verdade, um dos mais maciços casos de perde-perde que um órgão do Estado nacional já conseguiu construir para si mesmo, e sobretudo para o cidadão que, no fim, vai acabar pagando cada centavo disso tudo. O resumo dessa ópera ruim, quando se deixa de lado a psicose que o STF, a mídia e a classe não produtiva cultivam há dois anos em volta dela, não deixa dúvida alguma. O Brasil foi arrastado pelo ministro Moraes e pelo STF a uma obrigação torpe: sustentar perante o mundo inteiro que o nosso sistema judicial acha perfeitamente correto mandar para 14 anos de prisão fechada uma moça da classe operária que pichou uma estátua. Isso não é uma decisão de Justiça. É decisão de sanatório geral — ou de ditadura.

O STF, para ficarmos no mundo dos fatos, não fez rigorosamente nada de legal no caso de Débora. Ela nunca poderia estar sendo julgada direto no tribunal máximo do país, onde não vai ter o direito de recorrer a nenhum juízo superior — ao contrário do que podem fazer os assassinos mais hediondos. Débora, simplesmente, não tem o foro especial que a lei exige para alguém ser julgado no STF. Ela está presa há dois anos sem julgamento, o que é ilegal até no Congo Belga. Seu pedido formal de desculpas foi ignorado. Pela definição do próprio STF, numa epístola do ministro Gilmar Mendes, Débora está sendo submetida à tortura moral — essa que teria sido aplicada aos escroques da Lava Jato, e que deixou tão chocada a nossa “Suprema Corte”, como diz Lula. Por ser mãe de duas crianças, e não oferecer perigo absolutamente nenhum para a sociedade (seu prontuário não tem sequer uma multa de trânsito), ela tem o direito à prisão domiciliar, que lhe foi negada por Moraes.

Moraes conseguiu violar impunemente as leis nacionais | Foto: Antonio Augusto/STF
Débora, sem foro privilegiado, está presa há dois anos sem julgamento no STF, sem direito a recurso, contrariando a lei e decisões anteriores da própria Corte | Foto: Antonio Augusto/STF

O episódio ficou definitivamente calamitoso para o consórcio Lula-STF em geral, e para Alexandre de Moraes em particular, com a sua tentativa de destruir aquilo que realmente está tirando todos eles do sério — a questão do batom. É uma coisa letal. Nada vai humilhar mais o alto Poder Judiciário do Brasil, perante o mundo e perante o bom senso, do que o devastador, irremediável e definitivo ridículo que é condenar alguém por escrever “perdeu mané” numa escultura de segunda linha perdida no Saara cultural de Brasília. Jornalistas indignados, os juristas entrevistados por eles e até o ex-ministro Celso de Mello, do próprio STF, se lançaram numa espécie de “Frente Nacional Anti-Débora” para denunciar o que estimam ser a intensa perfídia da ré — e sustentar que não, de jeito nenhum, ela não foi condenada por causa do batom. Foi condenada, segundo eles, porque quis dar um golpe armado para acabar com a democracia no Brasil. Deram um xeque-mate em si mesmos.

É uma coisa feia, tendendo para o horrível, todos esses gatos gordos se juntarem para um ataque de gangue contra uma cabeleireira de Paulínia, sem um tostão no banco nem um miligrama de influência em nada, uma zé-ninguém que está derrubada no chão e não pode reagir a nenhuma agressão. Mas deixem-se de lado, aqui, as questões ligadas à ausência pessoal de caráter. O que importa, nessa tentativa desesperada de dar sanidade a uma decisão insana, é que a emenda saiu três vezes pior que o soneto. Ou seja: condenar pelo batom é patético, mas condenar por golpe armado, com o batom chamado no papel de “substância inflamável” (é isso que diz a denúncia, acredite se quiser), é positivamente estúpido. Como seria possível fisicamente à Debora, e a todos os demais participantes dos tumultos do 8 de janeiro, dar um golpe militar se as Forças Armadas estavam contra o golpe militar? É um enigma que ficará sem resposta pelos próximos milênios, entre todos os outros que o “golpe” inventou.

A cabeleireira Débora dos Santos, de 38 anos, com a família | Foto: Reprodução/Redes sociais
A cabeleireira Débora dos Santos, de 38 anos, com a família | Foto: Reprodução/Redes sociais

É chato para o ex-ministro Celso de Mello, que saiu de um silêncio que já se imaginava permanente, mas era inofensivo, para assumir de graça o papel de perfeito idiota latino-americano com viés jurídico. Mas para a imprensa é procedimento operacional padrão juntar-se à turma que vive em busca de um linchamento — uma espécie de Ku Klux Klan que em lugar do negro do Alabama caça a branca de direita de Paulínia. O caso específico de Débora, aliás, é um momento histórico de infâmia. Uma fotógrafa da Folha de S.Paulo, Gabriela Biló, trabalhou no caso não só como informante, mas como colaboradora ativa da polícia: saiu por conta própria em busca da moça que pichou a estátua, localizou-a no interior de São Paulo e entregou seu nome à PF. Um jornalista do blog Intercept Brasil, Paulo Motoryn, fez matérias para delatar às autoridades exilados políticos brasileiros que se encontram na Argentina. É a versão atual do “jornalismo investigativo” praticado no Brasil.

O problema para todos eles, e principalmente para o ministro Moraes e seus associados no STF, foi não terem percebido a tempo que o batom da cabeleireira era uma bomba-relógio que acabaria, a uma hora qualquer, detonando a sua “narrativa”, como diz Lula. Engenharia de obra feita é fácil, sem dúvida, mas os engenheiros são eles e a obra é deles. Está na cara, hoje, que teria sido muito melhor se tivessem deixado a moça de lado e ido atrás de outro coitado qualquer; afinal, Moraes teve mais de mil pessoas nos seus cárceres pessoais. Mas não. Parece ter gostado da história do batom na estátua, quem sabe para dar uma lição aos golpistas — na Coreia do Norte, por exemplo, a Justiça já condenou crianças à prisão perpétua para mostrar aos pais quem é que manda por lá. Aqui não deu certo. Hoje é o batom de Débora que está assombrando o nosso tribunal máximo de Justiça.

Alexandre de Moraes está no epicentro de tensão entre liberdade de expressão e autoridade judicial | Foto: Andressa Anholete/STF
O STF de Moraes criou uma narrativa insustentável que agora o persegue, transformando um simples batom em símbolo de insensatez jurídicaexpressão e autoridade judicial | Foto: Andressa Anholete/STF

Nos seus próximos pronunciamentos em Londres, Nova York ou Paris, caso haja novos pronunciamentos em Londres, Nova York ou Paris, alguém poderá perguntar ao ministro Barroso como a Suprema Corte do Brasil foi capaz de condenar a 14 anos de prisão uma moça que pintou com o seu batom uma estátua de granito — e que, aliás, foi lavada logo em seguida, sem que tenha ficado nenhum traço do “perdeu mané”. Vai ter de dizer, então, que não foi o batom, foi o golpe de Estado que ela estava querendo dar. Aí podem lhe perguntar: “Mas que golpe, ministro? Como ela iria dar um golpe?”. O problema, que já dura dois anos e vai durar para sempre, é que jamais houve golpe nenhum, e nenhuma tentativa de golpe. Obviamente, na hora de examinar as provas, não há prova alguma que fique de pé durante dois minutos, pois não há nada a provar. Mais obviamente ainda, não há solução possível. Ou melhor: há uma solução evidente, na verdade a única que resolveria essa coisa toda. É a anistia. Mas o consórcio Lula-STF não admite a anistia. Nem pensar.

O ministro Luiz Fux pediu “vista” do processo de Débora, o que pode suspender a coisa por até 90 dias, mas isso não adianta nada — só pune a ré, que já está presa há dois anos sem julgamento, com mais três meses de cadeia. É o passo mais recente da marcha da insensatez iniciada por Moraes. Se o ministro Fux tem dúvidas sobre os procedimentos, depois desse tempo todo, sua única atitude teria de ser, obrigatoriamente, um pedido de relaxamento da prisão. Ninguém pode ficar preso à espera de que os juízes resolvam as suas incertezas metafísicas — que resolvam, então, e que prendam de novo se for o caso. Mas um Fux é um Fux, tanto quanto um Moraes é um Moraes. Obviamente, Fux não quis condenar Débora aos 14 anos decretados por Moraes — senão teria condenado e pronto, não é mesmo? Mas também não tem coragem para discordar dele — senão teria absolvido ou dado uma pena menor. Do jeito que ficou, tudo foi jogado para a frente, à espera de que o caso esfrie.

O texto do artigo estabelece que as Forças Armadas, além de atuarem na defesa da pátria, podem ser chamadas, por iniciativa dos Poderes da República, para garantia ‘da lei e da ordem’ | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Luiz Fux adiou a decisão sobre Débora, estendendo sua prisão sem julgamento e evitando confrontar Moraes | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Não está claro quanto se pode esperar desse tipo de esfriamento. Até agora, nos dois anos que se passaram desde o “Golpe dos Estilingues”, o caso não esfriou; passamos para o estágio do “Golpe do Batom”, que é ainda pior para a encenação montada pelo regime Lula-STF, a mídia e o Brasil que se tem na conta de civilizado-moderno. A história do batom explodiu nas redes sociais, e quando fica assim não há como segurar. Não adianta nada vir com as mais preciosas hermenêuticas e propedêuticas para explicar que não, não, não é o batom que está em causa. Quanto mais falam, mais as redes repetem: sim, sim, sim é o batom. É como apelido. Depois que pega, fica difícil despegar. Mais ainda: quem garante que a alucinação vai parar em Débora? E se houver uma próxima? E se houver mais um cadáver? Já houve um, o de Cleriston da Cunha, morto na Papuda por falta de atendimento médico — que foi requerido várias vezes, inclusive pelo Ministério Público, e negado por Moraes. Há na fila, depois de Débora, uma grávida de oito meses, mulher de um motoboy (leia reportagem de Cristyan Costa nesta edição). Moraes parece ter cismado com essa aí também.

A moça já provou que chegou a Brasília, no dia 8 de janeiro, depois que o quebra-quebra tinha acabado; a própria PGR, por sinal, comunicou que não tem provas de que ela estivesse lá. Não adiantou nada. Moraes impediu que ela apresentasse uma testemunha que comprova a sua ausência. Também ignorou a posição da procuradoria. É um caso que parece promissor até agora; vamos ver o que o ministro quer. O fato é que o STF colocou em funcionamento um laboratório do doutor Frankenstein e, como no seu caso, perdeu o controle sobre as criaturas que saem dali. Hoje, como o governo Lula, o tribunal está condenado a concordar com todas as sentenças do ministro Moraes, goste ou não goste delas — e a fabricar argumentos para explicar que uma cabeleireira de Paulínia quis dar um golpe armado com uso de “substância inflamável” etc. etc. etc. Não é uma perspectiva boa. Do outro lado do consórcio a vida não é melhor. Quantos votos Lula e o seu sistema esperam ganhar em 2026 com a guerra contra o batom de Débora, a grávida do motoboy e outras causas como essas? O melhor seria que o “golpe” nunca tivesse sido inventado. Agora que foi, precisam dar uma solução para ele.

Leia também “O linchamento de Tarcísio”

61 comentários
  1. Antônio de Padua de Oliveira
    Antônio de Padua de Oliveira

    ESSE ALIENÍGENA ESTÁ DESTRUINDO O QUE AINDA RESTA DO STF. E O MAIS GRAVE: COM A CONIVÊNCIA SUBSERVIENTE DE QUASE TODOS OS SEUS PARES !!!

  2. RENATO JOSÉ MARQUES
    RENATO JOSÉ MARQUES

    Guzzo é fenomenal! Seus artigos relatam o que pensam os brasileiros de bem. E ainda não consegui conhecê-lo pessoalmente.

  3. Dolor Barbosa Xidieh
    Dolor Barbosa Xidieh

    J R Guzzo, excelente artigo como sempre: verdade dos fatos, ótima análise e tudo isso associado ao conhecimento, competência e experiência em jornalismo. Meus parabéns!

  4. Adailton Ribeiro de Oliveira
    Adailton Ribeiro de Oliveira

    Esse ministro é um psicopata. E o pior, é que tem vários outros que o acompanham.

  5. Gilson Herz
    Gilson Herz

    Esses porcos do stf devem ser defenestrados, de preferência da terra. Canalhas sendo canalhas.

  6. Valesca Frois Nassif
    Valesca Frois Nassif

    Inacreditável essa verdadeira atrocidade! Qta monstruosidade! Qta crueldade! Parece uma psicopatia coletiva proveniente do consórcio da mídia, judiciário e executivo.

  7. Marbov
    Marbov

    O próximo ato jurídico de Moraes será contra “O golpe do algodão doce”

  8. Joao Leri de Araujo Soares
    Joao Leri de Araujo Soares

    Isso não vai dar certo!!!!

  9. Susete França
    Susete França

    Excelente análise desse grande jornalista!

  10. Amaury G Feitosa
    Amaury G Feitosa

    Ao cometer tantas barbaridades e ilegalidades o STF que se compoirta como membro da DITADURA assassina (há inocentes mortos no calabouço da Papuda) se apequena ao violar o Estado, massacrar e tutelar a nação e no afã de se eternizarem no poder foram tomados de cínica esquizofrenia pouco se importando com sua nobre missão de guardião institucional e sem piedade e extrema arrogância tortura uma nação dividida por ignorância e miséria, freada a ditadura terão de ir às urnas que se foram não chegarão prenhes aos manés e o povo cansado desta gente imoral e criminosa vai explodí-los pela lei E nenhuma força mudará isto … quem sobreviver verá !!!

  11. Sergio Mendes Casro
    Sergio Mendes Casro

    Mais uma aula do grande mestre . Quanto à Celso de Mello , repito a fala de Saulo Ramos , que o havia indicado ao STF “és um juiz de merda “.

  12. Herbert Gomes Barca
    Herbert Gomes Barca

    excelente artigo J.R.Guzzo !!
    a verdade na lata !!

    sobretudo, quantos votos o Lula/STF precisarão, as magníficas urnas eletrônicas darão um jeitinho pode ter certeza

  13. Daniel BG
    Daniel BG

    Foi Moraes que jogou PRONTAMENTE no lixo a auditoria feita pelo PL sobre a eleição presidencial de 22 na qual o resto do bando desmantelou a LAVA JATO e colocou um criminoso na cadeira presidencial. Moraes, você é criminoso.

  14. EDUARDO SILINGARDI LOPES
    EDUARDO SILINGARDI LOPES

    NESSE PAÍS N
    ÃO TEMOS JUSTIÇA COM
    MORALE NINGUÉM SÉRIO DA JUSTIÇA FAZEM NADA

    MORAL

  15. Leonardo Abreu
    Leonardo Abreu

    Enredo supremo facinoroso.

  16. Manuel Jorge de Freixo
    Manuel Jorge de Freixo

    Lapidar, cirúrgico e impiedosamente claro. Nada a acrescentar. O Brasil está nos extertores da sanidade mental. Um caso definitivamente perdido!!

  17. hamilton luiz langer
    hamilton luiz langer

    Quantos votos o Lula espera ganhar em 2026? 51,20 %, as urnas do Barroso garantem.

    1. Daniel BG
      Daniel BG

      Isso foi em 22

  18. Nilson Duarte Correa
    Nilson Duarte Correa

    Pior do que essa condenação absurda foi a presteza dessa tal Biló, em tentar e conseguir localizar Débora. Que tempos escusos estamos vivendo. Era muito jovem em 1964. Não vimos isso naquela época. Triste Brasil, outrora feliz. Triste Brasil que hoje me dá medo. Tristes dias, tristes personagens, todos, os presos, seus algozes e, nós, que somos obrigados a tudo isso assistir.

    1. Marcos Marcioni
      Marcos Marcioni

      A grande maioria de brasileiros sensatos querem que isso acabe em nulidades , conforme manda a lei, procedimentos processuais foram ignorados. Congressistas com vergonha na cara, acordem já.

  19. José Pedro Scatena
    José Pedro Scatena

    Gabriela Biló, hein… A dedo-duro, Apparatchik do Excelso Pretório, feiosinha e invejosa, entrou para a história como a nova Silvério dos Reis ao entregar de bandeja uma moça bonita e inocente à sanha descontrolada do déspota. Espero que seja lembrada para sempre. Os habitantes do gueto esquerdófilo, do Sem Anistia, consideram esse ato vil como merecedor de aplauso. E aí está outro fenômeno que parece inexplicavel: a falta de humanidade e misericórdia da “galera do amor”, onde prevalece o espírito de corpo e de porco, onde parecer mais radical, feroz e malvado rende a desesperadamente desejada admiração de seus iguais. Até os mais ilustrados caem nessa armadilha freudiana. Lamentável.

  20. Pedro Luiz lopes
    Pedro Luiz lopes

    Interessante o participante do quebra quebra que sentou-se na cadeira de Xandão não foi localizado.

  21. Pedro Luiz lopes
    Pedro Luiz lopes

    Interessante o participante do quebra quebra que sentou-se na cadeira de Xandão não foi localizado.

  22. Maria lucymaryas@gmail.com
    Maria lucymaryas@gmail.com

    Cada vez mais fico encantada com os artigos dos gênios da Oeste. Este do batom é impecável. Guzo é muito inteligente. Mais artigos, mais artigos sobre as vítimas do STF.

  23. Adelmo cabral
    Adelmo cabral

    O pedido de vista do FUX mais não revela que um ato de pusilanimidade e receio de contrariar o todo poderoso MORAES. Este, o protagonista na corte (os demais são meros figurante ou coadjuvantes ou catengas), é a palavra final.

  24. Vinicius Freitas
    Vinicius Freitas

    Brilhante texto! 💄💄💄💄

  25. João Carlos Félix Souza
    João Carlos Félix Souza

    Um primor de artigo!!!👏👏

  26. Takeshi Matsubara
    Takeshi Matsubara

    J. R. GUZZO é um dos últimos e poucos remanescentes de um jornalismo brasileiro que já existiu um dia, antes de produzir Natuza Neri, Mirian Leitão, Gerson Camaroti e tantas outras fraudes, tantos outros mentirosos contumazes, que eu juro que não sei, como fazem para dormir à noite, após um dia inteiro falando mentiras, dizendo asneiras em defesa das teses esquerdistas as mais estapafúrdias, como esse famigerado “gópi” de 8/1/2023. Em troca de gordos salários, venderam a si mesmos e suas consciências em troca de moedas, qual Judas! Parabéns Guzzo, por sua lucidez e por jogar na nossa cara a nossa covardia, a nossa pequenez de termos deixado as coisas irem assim tão longe! atem horas que me sinto envergonhado de dizermos que nós ficamos calados e permitimos essa escalada ditatorial do nosso judiciário. Obrigado por nos trazer à razão!!!!!

    1. jose lopes alves
      jose lopes alves

      parabens ao jornalista J.R. GUZZO, como sou morador da cidade de Dourados – MS, o comentário do Dr. Médico Takeshi Matsubara, retrata a verdade do jornalismo brasileiro, parabens Doutor

  27. Robson Oliveira Aires
    Robson Oliveira Aires

    Excelente artigo. Parabéns Guzzo. Congratulações a Revista Oeste por ter liberado esse brilhante texto da lavra do Guzzo para o público em geral. Quanto ao Celso de Mello, esse velho desgraçado, ele poderia tirar a própria vida e nos livrar de sua presença nefasta.

  28. Carlos Alberto de Oliveira
    Carlos Alberto de Oliveira

    Como Michel Temer foi colocar uma desgraça dessas no supremo,?

  29. PAULO SILVA
    PAULO SILVA

    BRAVO, GUZZO. ARTIGO IMPERDÍVEL. FORAM COLOCADOS OS PINGOS NOS IS. NOSSA SUPREMA CORTE CONVERTEU-SE NUMA FÁBRICA DE INJUSTIÇAS. POBRE DO BRASIL E DOS BRASILEIROS.

  30. José Ângelo
    José Ângelo

    Não merece parabéns e sim reconhecimento ao “tenente” pela bravura.

  31. José Ângelo
    José Ângelo

    Celso de Mello já tinha nos fodido muito. Agora virou um lula-lata.
    Fazer o que se “perdeu mané” concluiu hoje que não estou indignado?
    Comecemos tudo de novo. A mamãe do motoboy exilado deu-nos uma lissão com SSSSS, pois políticos que somos, tentaremos não entender o recado.
    QUE MULHER ANTI-FEMINISTA?tentaremos mostrar nossa “angonorsnça

  32. WILSON ROBERTO DE MEDEIROS PEREIRA
    WILSON ROBERTO DE MEDEIROS PEREIRA

    Como eu escrevi na seção de comentários da Gazeta do Povo, vejo semelhanças entre o julgamento dos baderneiros de 8/1 e o do ex-presidente Bolsonaro com o famoso Caso Dreyfus que ocorreu na Terceira República Francesa. Em 1894 uma farsa judicial foi montada para incriminar o capitão Alfred Dreyfus (1859-1935) por crime de traição e condená-lo à prisão perpétua. Dreyfus passou 5 anos preso na Ilha do Diabo, e só foi absolvido e reabilitado em 1906. A perseguição sofrida por Dreyfus motivou o escritor Émile Zola (1840-1902) a publicar uma carta aberta na impressa francesa com o título de J’accuse, onde acusa os responsáveis pela farsa. O artigo levou à revisão do processo, que culminou com a anistia e a absolvição de Dreyfus. Os textos de Guzzo na Gazeta do Povo e na Revista Oeste tem a estatura da carta de Émile Zola!

  33. Candido Andre Sampaio Toledo Cabral
    Candido Andre Sampaio Toledo Cabral

    Isto é fruto de Brasília. Criaram uma capital no meio do nada, as custas do povo, para zombar do povo. Ficam lá os encastelados, no m2 mais caro do país, se achando reis e rainhas, sem contato nenhum com a realidade. Ao ponto de se doer tanto por um simples batom em uma estátua.

  34. Edson Savia
    Edson Savia

    Um dia o chicote muda de mão e esse pessoal insensível pagará com a mão forte de um carrasco e de Deus também. Brilhante artigo, como sempre!

  35. ROBERTO MIGUEL
    ROBERTO MIGUEL

    Alexandre “Baton na cueca” de Moraes na URSS também estaria no STF de lá

  36. Ana Alkmim
    Ana Alkmim

    Mas… estão esquecendo da mão pesada de Deus!

  37. Ana Alkmim
    Ana Alkmim

    Uma desumanidade medonha!

  38. Ana Alkmim
    Ana Alkmim

    Brilhante texto!

  39. Oldemar Reis Sebalhos
    Oldemar Reis Sebalhos

    O autor da frase tem um cidinome bem conhecido no meio jurídico

  40. MNJM
    MNJM

    Guzxo texto brilhante. Já fomos uma grande Venezuela o ditador é um careca, arrogante e debochado.

  41. Otacílio Cordeiro Da Silva
    Otacílio Cordeiro Da Silva

    Fico pensando uma coisa: será que se um dos ministros não tivesse inventado aquela história de “Perdeu, mané”, quando se encontrava no exterior, essa linda criatura não teria escapado dessa tragédia?

    1. Raceldon Valentim
      Raceldon Valentim

      O Alexandre de Moraes não gosta da Débora porque ela é “CABELELEIRA”.

  42. ALCINDO ALVES DOS REIS FILHO
    ALCINDO ALVES DOS REIS FILHO

    QUALQUER SEMELHANÇA DO STF COM A CORTE VENEZUELANA É MERA COINCIDÊNCIA.

  43. Alexandre de Carvalho Mesquita
    Alexandre de Carvalho Mesquita

    Só discordo de uma afirmação no texto: a de que o Celso de Mello é um perfeito idiota, pois ninguém é perfeito…rs

    1. Julio José Pinto Eira Velha
      Julio José Pinto Eira Velha

      E segundo Saulo Ramos, foi um juiz de merda.

  44. Reginaldo Corteletti
    Reginaldo Corteletti

    A doença progressiva dos membros da corte e também percebida nas inferiores. Os executivo e legislativo estão no mesmo caminho pantanoso. Sem solução a menos que ocorra uma ruptura nessa estrutura doentia do Estado brasileiro.

  45. Carlos Perktold
    Carlos Perktold

    Guzzo, seus textos e aqueles do Augusto Nunes me são paradoxais: fico ansioso pra lê-los e durante a leitura sinto nojo, náusea, dores nas entradas de revolta.

    Por onde anda aquele ser desprezível chamada Gabriela Biló, tão execrável quanto os ministros que condenam gente inocente a 17 ou 14 anos de prisão? Foi ótimo saber da sua peregrinação pra descobrir a Débora. Seu dia também há de chegar.

  46. Osmar Martins Silvestre
    Osmar Martins Silvestre

    O caso de Débora pode ser o mais emblemático, mas não é o único e talvez não seja o mais cruel. Lembram da professorinha aposentada, aquela “japonezinha” simpática de 71 anos, dona Iraci Nagoshi, diabética, condenada a 14 anos a uma prisão da qual talvez não saia viva. Não podemos nunca nos esquecer dela e de tantos outros torturados e justiçados pela “justiça” brasileira, essa coisa disforme que manda no país. Não é só a Débora, há muitos outros casos.

  47. Joaz Santana Praxedes
    Joaz Santana Praxedes

    Jornalistas da imprensa estatizada, da qual os grupos Folha e Globo são os principais exemplos, trabalham em regime análogo ao de semiescravidão e sofrem de paranoia da demissão, já experimentada por figuras como Reinaldo Azevedo, numa época em que as justas causas eram apenas de cunho jornalístico.

  48. Moisés Santos da Silva
    Moisés Santos da Silva

    “Perdeu mané”,ou seja, a democracia, a justiça e a constituição

  49. Gustavo Gameiro
    Gustavo Gameiro

    Como sempre, excelente! Mais uma vez, obrigado mestre Guzzo! Não podemos nos calar!

  50. Teresa Guzzo
    Teresa Guzzo

    Guzzo é o mestre das palavras corretas,fascina seus leitores, de entendimento fácil para qualquer um que debruça em seus textos. As ironias são pertinentes e o riso sai até como gargalhada.Voltando ao penoso assunto Débora, essa está sendo torturada desde o dia em que foi presa,como outros também, mas o povo não é psicopata, na grande maioria e está indignado com a atrocidade e a postura cruel de Alexandre de Moraes é dos seus cúmplices do STF. Só existe no caso uma saída nobre :anistia geral para todos presos que foram acusados de um golpe inexistente. Não existe outro caminho.

  51. MTM_CZA
    MTM_CZA

    Somos uma enorme Venezuela, onde o ditador Maduro é careca.

    1. Ic Filho
      Ic Filho

      Síntese perfeita !!!!

  52. Inteligencia Artificial
    Inteligencia Artificial

    Lendo o texto chegamos a conclusao que o CANCER DE TODA A NEFASTA TRAJETORIA DO STF POLITIZADO É O SISTEMA PETISTA QUE DOMINOU E COMANDA A SUPREMA CORTE DE INJUSTIÇA.
    OS NOSSOS VERDADEIROS GENERAIS, PATRIOTAS E UMA VIDA DEDICADA A PATRIA “” ESTAO TERRIVELMENTE CALADOS DIANTE DO AVANÇO DOS COMUNISTAS “”
    Esse texto que sempre esta sendo reproduzido nao foi escrito por um Cabo ou Soldado………….
    Carta de um Brigadeiro
    Nunca mais se diga que nossas Forças Armadas nunca perderam uma guerra!
    Hoje perdemos a maior delas!
    Perdemos nossa Coragem!
    Perdemos nossa Honra!
    Perdemos nossa Lealdade!
    Não cumprimos com o nosso Dever!
    Perdemos a nossa Pátria!
    Eu estou com vergonha de ser militar!
    Vergonha de ver que tudo aquilo pelo qual jurei, trabalhei e lutei, foi traído por militares fracos, desleais e covardes, que fugiram do combate, preferindo apoiar quem sempre nos agrediu, sempre nos desrespeitou, sempre nos humilhou e sempre se vangloriou disso, e que ainda brada por aí que não nos quer em sua escolta, por não confiar nos militares das Forças Armadas, e que estas devem ser “colocadas em seu devido lugar”.
    Militares que traíram seu próprio povo, que clamou pela nossa ajuda e que não foi atendido, por estarem os militares da ativa preocupados somente com o seu umbigo, e não com o povo a quem juraram proteger!
    Fomos reduzidos a pó. Viramos farelo.
    Seremos atacados cruelmente e, se reagirmos somente depois disso, estaremos fazendo apenas em causa própria, o que só irá piorar ainda mais as coisas.
    Joguem todas as nossas canções no lixo!
    A partir de hoje, só representam mentiras!
    Como disse Churchill:
    “Entre a guerra e a vergonha, escolhemos a vergonha.”
    E agora teremos a vergonha e a guerra que se seguirá inevitavelmente.
    A guerra seguirá com o povo, com os indígenas, com os caminhoneiros, com o Agronegócio. Todos verão os militares como traidores.
    Segmentos militares certamente os apoiarão. Eu inclusive.
    Generais não serão mais representantes de suas tropas.
    Perderão o respeito dos honestos.
    As tropas se insubordinarão, e com toda razão.
    Os generais pagarão caro por essa deslealdade.
    Esconderam sua covardia, dizendo não ter havido fraude nas urnas.
    Oras! O Exército é que não conseguiu identificar a fraude!
    Mas outros, civis, conseguiram!
    A vaidade prevaleceu no Exército e no seu Centro de Guerra Cibernética. Não foram, mais uma vez, humildes o suficiente para reconhecer suas falhas. Prevaleceu o marketing e a defesa de sua imagem. Perderam, Manés!
    E o que dizer da parcialidade escancarada do TSE e do STF, que além de privilegiarem um candidato, acabam por prender inconstitucionalmente políticos, jornalistas, indígenas, humoristas e mesmo pessoas comuns, simplesmente por apoiar temas de direita, sem sequer lhes informar o crime cometido ou oportunidade de defesa? Isso não conta? Isso não aconteceu?
    E a intromissão em assuntos do Executivo e do Legislativo?
    Isso também não aconteceu?
    Onde está a defesa dos poderes constitucionais?
    Onde estão aqueles que bradaram que não bateriam continência a um ladrão?
    Será que os generais são incapazes de enxergar que, validando esta eleição, mesmo com o descumprimento de ordem de entrega dos códigos-fonte, valida-se também esse mesmo método, não só para todas as próximas eleições, para o que quer que seja, perpetuando a bandidagem no poder, assim como corrompendo futuros plebiscitos e decisões populares para aprovar/reprovar qualquer grande projeto de interesse da criminalidade?
    NÃO HAVERÁ MAIS ELEIÇÕES HONESTAS!
    A bandidagem governará impune, e as Forças Armadas, assim como já ocorre com a Polícia Federal, serão vistas como cães de guarda que asseguram o governo ditatorial.
    O povo nunca perdoou os traidores nem os burros.
    Não vai ser agora que irão.
    Ah, sim, generais:
    Entrarão para a História!
    Pela mesma porta que entrou Calabar.
    QUE VERGONHA!
    Assina:
    Brigadeiro Eduardo Serra Negra Camerini

    1. Carlos Perktold
      Carlos Perktold

      Bravíssimo Brigadeiro! Fico feliz de saber que ainda há militares que pensam como o sr.

    2. WILSON ROBERTO DE MEDEIROS PEREIRA
      WILSON ROBERTO DE MEDEIROS PEREIRA

      Parabéns pelas suas palavras e pela sua coragem!

  53. João José Augusto Mendes
    João José Augusto Mendes

    Simão Bacamarte e seus Crispins, estão derramando sua sanha assassina sobre todos, os de oito de janeiro, AINDA ESTÃO AÍ. para quem quiser ver. Podem escrever contra eles o quando quiserem, nada acontecerá, precisa aparecer o nosso James Steward, o homem que matou o facínora, não temos ele.

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