Prezado ministro Luiz Fux,
Nunca vou esquecer o dia ensolarado de inverno no seu amado Rio de Janeiro em que meu filho, carioca como o senhor, com apenas 4 anos, pegou um punhado de canetinhas e gizes de cera e transformou a porta do nosso apartamento em sua tela. Amarelo, azul e verde de vários tons — rabiscos por toda parte! Havia árvores, bola de vôlei, mar, carros, dinossauros, cachorros e até passarinhos… tudo junto em uma obra-prima caótica que parecia ser mais uma traquinagem do menino com cara e nome de anjo, mas também “encapetado”, como falamos carinhosamente em Minas, onde nasci.
Eu havia acabado de chegar dos Jogos Olímpicos de Atenas, depois de uma derrota inesperada nas quartas de final no vôlei de praia, e estava física e mentalmente exausta. Olhei a porta toda rabiscada e fiquei ali, com uma mão na cintura e outra no queixo, pronta para repreendê-lo. Então, Gabriel me olhou, os olhos arregalados com aquela mistura de travessura e medo, mas também orgulho, e disse: “Mamãe, eu fiz o Rio feliz porque você chegou e tudo com as cores do Brasil pra você!”. Fechei os olhos por um segundo, com vontade de chorar, e minha raiva derreteu. Peguei uma esponja, ajoelhei ao lado dele e disse que íamos limpar tudo. Em vão. Não consegui apagar aquele “presente” inocente cheio de traquinagem, saudade e amor de boas-vindas. É o que mães fazem — vemos o coração por trás da bagunça, guiamos, tentamos entender as intenções. Perdoamos. Mas hoje, escrevo ao senhor porque a bagunça de outra mãe, um rabisco passageiro, está lhe custando tudo — e são seus filhos que estão pagando o preço.
Ela se chama Débora Rodrigues dos Santos. Tem 40 anos, é cabeleireira em São Paulo, uma mulher que passa os dias desembaraçando nós e trazendo beleza ao caos para seus clientes. Uma profissional que, diante das cores e tintas, coloca amor em seu trabalho. É mãe, como eu, de dois meninos pequenos — Caio, de 10 anos, e Rafael, de 8 —, que antes puxavam seu avental e agora esperam a mãe sair de trás das frias paredes da prisão.

Em 8 de janeiro de 2023, envolvida no calor dos protestos em Brasília, ela pegou um batom vermelho e escreveu “perdeu mané” na estátua A Justiça, do lado de fora do Supremo Tribunal Federal. Um deboche, um eco das próprias palavras do ministro Barroso a um questionamento em Nova York em novembro de 2022, um ato de um segundo que já lhe roubou mais de dois anos de vida — e, se o ministro Alexandre de Moraes prevalecer, serão mais 14 anos encarcerada.
Ministro, apesar de hoje ser cidadã dos Estados Unidos e morar aqui na Califórnia há mais de 15 anos, eu amo e me preocupo com o Brasil. Por 22 anos defendi nossa bandeira pelas quadras no mundo com muito orgulho e alegria, mas, confesso, hoje está muito difícil entender como o Brasil chegou aonde estamos. Não sou a única triste com a situação em nosso país, e algo me diz que, no seu íntimo, o senhor sabe do que estou falando.
Como compreender um voto para que Débora fique trancafiada 14 anos em regime fechado, e que pague multas milionárias de uma conta de danos de R$ 30 milhões? Como achar normal que uma cabeleireira tenha sido colocada em um contexto como “uma peça num golpe” e uma ameaça à democracia com um batom, ministro? Por duas palavras numa estátua?
Há um mar de análises legais e políticas sobre esse caso, páginas de argumentos e precedentes, mas não estou aqui por isso. Estou aqui com um apelo misericordioso e sem filtros de um coração de mãe, para tentar mudar a lente do episódio para o custo humano: uma mulher definhando desde março de 2023, sua família destroçada deixada à espera por uma prisão preventiva que já dura dois anos — e seus filhos crescendo com um vazio onde ela deveria estar.
Não conheço Débora, sua família e advogados, e não falo em seu nome. Mas por ser mãe de um menino, hoje um rapaz de 24 anos, posso imaginar Caio, que tem 10 anos agora, provavelmente magro e barulhento como todos os meninos dessa idade. Talvez o tipo de menino que chuta bola até o sol se pôr e que volta para casa com os joelhos ralados e um sorriso, procurando a mãe para cuidar dele e ouvir suas histórias exageradas. Rafael tem 8 anos, talvez seja mais quieto, aquele que segura um bicho de pelúcia surrado à noite, que precisa da voz da mãe para espantar as sombras dos seus sonhos.
Esses não são apenas nomes, ministro Fux — são meninos que perderam sua âncora, crianças em formação cujo tempo precioso e irreparável de convivência com a mãe está escorrendo pelas mãos. São dois anos sem Débora bagunçar os cabelos deles, sem ouvi-la ralhar por trazerem lama para casa ou mandar que parem de brigar entre si — dois anos sem seus sussurros ao deitar, prometendo que amanhã tudo vai melhorar. E agora, mais 14 anos? Quando ela sair, Caio terá 24, a mesma idade do meu Gabriel hoje, mas sem a mãe que eu pude ser. Um homem que talvez nem reconheça o perfume dela. Rafael terá 22, a infância reduzida a um borrão de visitas a uma cela, o coração carregado de uma amargura que a Justiça, tão injusta, plantou.
Temos filhos, ministro Fux, e sei que o senhor já tem netos — quem sabe já imaginou, como eu, o pequeno Caio olhando pela janela, escondendo as lágrimas porque precisa ser forte pelo irmão menor, perguntando a quem cuida dele por que a mamãe ainda não voltou. Rafael, mais novo, talvez mais frágil, segurando uma foto dela, o dedinho traçando o rosto enquanto se pergunta se ela o esqueceu. Eles não entendem golpes ou leis de patrimônio — o que sabem é o som do riso dela, o cheiro da comida no fogão, o cantarolar desafinado enquanto varria o salão após um dia exaustivo. Débora era o mundo deles, trabalhando até tarde para comprar um tênis novo pro Caio, carrinhos pro Rafael — e agora esse mundo está preso por um rabisco que não machucou ninguém. O senhor os vê, ministro? Sente o silêncio à mesa de jantar, a cadeira vazia que ninguém ousa ocupar?

O senhor pausou essa tempestade em 24 de março, pedindo tempo para olhar mais de perto, e sou grata por isso — grata porque sei que o senhor enxerga além da cor do batom que Débora deixou na estátua, além da tinta que pode selar uma sentença cruel e injusta. Seu pai, um judeu romeno, fugiu de uma escuridão que devorava famílias inteiras, carregando as memórias de um povo que conheceu juízes sem alma. Nos pogroms da Europa Oriental, na máquina do Holocausto, tribunais não traziam justiça — entregavam morte, arrancando mães de seus filhos. Meninos como Caio e Rafael ficavam à deriva, cheios de dúvidas e medo, as mãozinhas vazias, suas vidas reescritas por decisões que viam ameaças na inocência, que puniam pais cujo único crime era estar do outro lado da ideologia cega de juízes políticos e impiedosos.
Com emoção e respeito, tento imaginar as histórias de seu pai, o peso silencioso de sua sobrevivência, e como isso pode ter lhe ensinado que a história não é só uma sombra; é um alerta sussurrando agora: “Isso é justiça?”.
E hoje, ministro, vejo ecos disso. Alexandre de Moraes diz que o batom de Débora era uma arma, e seu rabisco, um atentado violento à democracia — parte de um plano para derrubar o Estado. O ministro olha para Débora e vê uma criminosa. Aponta fotos em que ela sorria enquanto escrevia com o batom e diz que era “orgulho e felicidade” em profanar o símbolo do seu tribunal, como se aquele sorriso fosse prova de um plano sinistro. Ele a conecta a uma multidão que invadiu prédios — lugares onde ela nunca pisou — e joga sobre ela crimes pesados: golpe de Estado, associação criminosa armada, destruição de patrimônio. Tudo por uma marca de batom vermelho que saiu com água e sabão no dia seguinte.
Ministro, repito: não conheço Débora e sua família, mas é evidente que ela não é o ser abjeto e violento que tentam empurrar sem piedade para que narrativas políticas sejam alimentadas. Débora não é uma revolucionária tramando nas sombras. É uma mãe que corta cabelo para pagar as contas, que provavelmente corre atrás do Caio com uma vassoura por derrubar suco, e que embala o Rafael com um beijo e uma promessa de que tudo vai ficar bem.

Escrevo esta carta emocionada, ministro. A mente sempre focada da atleta profissional e agora jornalista, bem treinada para controlar as emoções, não consegue segurar as lágrimas que brotam nos olhos. Penso naquelas famílias judias de novo, em juízes que transformavam atos fugazes em sentenças eternas — ou pior. Sua herança conhece esse custo, o ferrão do poder sem misericórdia. Débora não é santa, mas não é a vilã que querem desenhar. É uma mulher que tropeçou numa multidão, que escreveu um deboche, não um manifesto. Seus filhos precisam da voz dela no café da manhã, das mãos dela trançando suas vidas de volta — não da perfeição fria de uma estátua. Eu imploro, de meu coração ao seu, que a veja pelos olhos de uma mãe, pela lente de uma história que o senhor carrega no sangue. Rezo para que seja o juiz íntegro que lembra que a Justiça foi feita para proteger famílias, não apenas concreto.
Caríssimo ministro Fux, dê a Débora a chance de voltar para casa, de limpar aquela parede rabiscada pelos filhos, de abraçar sua família novamente. Deixe-a colocar curativos nos arranhões do Caio, ler histórias para o Rafael, estar por perto quando eles caírem e quando criarem suas próprias asas para voar. Não deixe esses meninos crescerem com memórias que desbotam como aquela mancha de batom.
Ministro, o senhor pausou esse caso por algo forte em seu coração. Eu tenho, sim, a esperança de que suas mãos ainda possam guiá-lo à misericórdia. O senhor, que falou da “humildade judicial” como um farol para o Judiciário, pode corrigir essa atrocidade. Escrevo com humildade também, não com palavras difíceis ou códigos, mas com o coração aberto de uma mãe que sabe o que é segurar um filho e teme por outra que não pode. Pela humanidade e retidão, deixe a história de Débora terminar com o riso dos seus filhos, não com ecos de um passado que juramos nunca repetir.
Com todo o meu respeito, minha esperança e as lágrimas de uma mãe,
Ana Paula Henkel
Leia também “Um momento macabro na história recente do Brasil”
Estou muito comovida; com nó na garganta! Como não se emocionar com um texto tão sensível, delicado, que mexe tanto com nossos sentimentos? Além de tudo, um primor de texto! Parabéns, Ana Paula!
Ana Paula, estou igualmente a você EMOCIONADA! Não é possível que essa carta não emocione o Ministro, não é possível!
Ana Paula, parabéns, texto comovente. Espero mesmo que suas belas e oportunas palavras sensibilizem ministros do STF.
Pós escrito. Não consegui contratar as lágrimas
A sua coluna a respeito da prisão de DÉBORA é muito importante e inteligente. Quanto ao STF n tepteseçao de seus é uma decepção total
No mais é parabenizar você pelo que você fez em prol de DÉBORA. Também consegui controlar as lágrimas. Deus te abençoe e proteja sempre.
Que artigo espetacular! Cheio de criatividade e sentimentos e com um coração enorme. Do tamanho do amor que só as mães podem entender
Sábias, bonitas e tocantes palavras. Infelizmente, não acredito que esses “togados” possam mudar. Não acredito no ser humano. Não comungo com sua esperança Ana.
Como é fácil lhe admirar!
Quando jovem, atraente;
atleta, magistral; jornalista, imprescindível!
Como esposa, mãe e mulher, certamente, Deus não deixou barato! PARABÉNS !!
Impecável!
Ana Paula, é isso.
Brilhante!! Emocionante!! Parabéns!!
Ana Paula, sua carta ao Juiz Fux emociou profundamente seus leitores, entre os quais me incluo. O aperto em meu coração me levou a ler os comentários abaixo para que pudesse me sentir um pouco consolado pela partilha dessa dor, Você buscou adicionar às qualidades necessárias à alma de um juiz, razão, sensibilidade, conhecimento da Lei e coragem, sentimentos essenciais como compaixão, misericórdia e capacidade de se emocionar diante do sofrimento imposto por uma injustiça.
Vamos orar e esperar que se esplêndido texto chegue aos olhos e coração de Fux e
dos utros juízes de Brasília que ainda tem os destinos de tantos inocentes em suas mãos.
Sem palavras…
Ana Paula,sei que falo o óbvio e q seus leitores todos concordam comigo: seu texto está magistral e o q faço não é o elogio pelo elogio. Não acredito existir ser humano q não se sinta “ tocado” com suas palavras, mesmo os que convivem c a “letra fria da lei.” Parabéns! E mais uma vez consigo entender as razões como vc faz parte desse time tão completo sob o comando do seu mestre Augusto Nunes.
Ana Paula,sei que falo o óbvio e q seus leitores todos concordam comigo: seu texto está magistral e o q faço não é o elogio pelo elogio. Não acredito existir ser humano q não se sinta “ tocado” com suas palavras, mesmo os que convivem c a “letra fria da lei.” Parabéns! E mais uma vez consigo entender as razões como vc faz parte desse time tão completo sob o comando do seu mestre Augusto Nunes.
Ana Paula, me emocionei muito com sua carta. Espero que o único Ministro Fux, único juiz togado do STF, não só redirecione os passos equivocados dados até agora nesse processo, como também convença os demais Ministros.
Ana Paula, se o Min. Fux não for tocado pelo perfeito paralelo que você fez entre o que ocorreu com os antepassados dele e os injustiçados de 8 de Janeiro e não partir para tentar um retorno do STF às suas verdadeiras funções, percamos a esperança de que parta de quaisquer de seus membros tal iniciativa. Argumentos lógicos, sejam eles jurídicos ou não, de nada servem, dada a contaminação ideológica, resta o emocional. Que Deus ilumine o coração do Min. Fux.
Ana Paula Henkel, sem palavras para descrever nosso sentimento por seu texto emocionante. Obrigado!
Ana Paula, emocionante a sua carta! Espero que ela atinja o seu objetivo, que é iluminar o coração do Min Luiz Fux e demais Min do STF. Deus permita que a injustiça cometida contra as pessoas do 8 de janeiro seja revertida em pouco tempo. Parabéns pelas suas palavras de empatia e de comiseração por um ser humano que enfrenta uma dura provação!
Att., Marcos A. S. Oliveira
Querida Ana Paula Henkel, que carta comovente, impossível não chorar. Como mãe e avó mergulhei fundo em suas palavras, que Deus a ilumine sempre nessa sua luta por justiça, que Deus ilumine o ministro Fux na sua decisão corrigindo a injustiça contra a Débora e seus filhos e que este seja o primeiro passo para o retorno da paz no nosso país , que a justiça seja feita com respeito às nossas leis. Chega de tanta insanidade. Anistia aos inocentes. Parabéns pelo seu excelente trabalho. Fica com Deus.
Minhas lágrimas se juntam às suas, querida Ana Paula! Tenho chorado muito pelos injustiçados Anderson, Silvinei, Filipe, os mendigos, senhorinhas com as Bíblias, e, por fim, por Clezão e família. Mas o cado da Débora e sua carta ao Ministro Fux implorando misericórdia me mostrou que ainda tenho muitas lágrimas para derramar. Que o Espírito Santo ilumine Fux, e Divina Misericórdia nos console neste tempos sombrios. Nossa Senhora a proteja sempre.
Comovente, escrito do fundo do coração. Que Deus permita que desperte a compaixão e a justiça.
Maravilhoso texto!!!
Na sala de espera da oficina do meu mecânico, enquanto meu carro passava por manutenção, não puder conter as lagrimas ao ler sua publicação. Por varias vezes tive que interromper a leitura pra enxugar meus olhos.
Texto profundo, intenso, se colocando no lugar do próximo.
No livro do profeta Isaias, capítulo 28, verso 6, está escrito: ELE será o espírito de justiça para aqueles que se assentam para julgar e a força para os que rechaçam o ataque inimigo junto ao portão da cidade.
Força Débora! O Senhor Deus todo Poderoso é contigo.
Parabéns Ana Paula!
Iran Prado Arantes.
Quem pode salvar o STF de ser ridicularizado eternamente, é exatamente o Ministro Fux.
Como não chorar com este texto maravilhoso. Consegue-se perceber sua emoção ao lê-lo. Que DEUS nos abençoe e nos proteja. Obrigado Ana.
Parabéns Ana, que texto maravilhoso. Terminei de ler às lágrimas, com o coração envolto num sentimento de lamento e revolta. Que o ministro Fux tenha a oportunidade de o ler. Que se inspire nele para dar o seu voto. Só aceitaria dele um voto de liberdade para a Débora, qualquer outro seria injusto. Que pelo menos ele mostre alma e coração em sua decisão. E a vc Ana, o orgulho de ter sido seu fã nas quadras e mais agora na defesa de nossa liberdade. Todas as honras a vc. Vc nos inspira todos os dias.
Parabéns Ana Paula, não consegui ler sem chorar, enquanto descorria os olhos por essa carta tão emocionante.
Parabéns Ana Paula, não consegui ler sem chorar, enquanto descorria os olhos por essa carta tão emocionante.
Essa carta me trouxe as lágrimas Emocionante, bem escrita. Linda demais! Não é possível que Fux, que é juiz de carreira, não aplique a justiça ao caso de Débora. Ministro, está na hora da Justiça prevalecer. Não faça com que o STF se transforme em um Tribunal de Excessão, como já estamos vendo. O colegiado serve para isso: discordar. Caso não fosse para assim ser, só precisaria de 1 membro. Não faça como Carmen Lúcia; que envergonhou as mulheres de bem, com a concordância do seu voto; somente porque não quis destoar dos seus pares…
Prezada senhora Ana Paulo Henkel
Estando as vésperas de completar 78 anos onde fui médico por 45 anos, sempre honrando minha profissão pelos meios que aprendi em minha formação com o evangelho de cristo. sendo assinante desta revista e sempre me preocupando com os momentos atuais, vi em um destes programa, Sem Filtro, a sua fala sobre a carta enviada ao ministro Fux,, e publicada na revista, onde a senhora relatou sua emoção chegando as lagrimas, lendo a referida carta o que sinto é uma tremenda tristeza, e muito dó por tudo que estamos vivendo é importante dizer que a tristeza é dona de nossa mente, gostaria de dizer que
a causa da referencia de minha profissão, é em virtude de após longo dos anos de minha profissão, onde a morte sempre estava presente, mas consciente do meu dever. Hoje estou alheio a política, porque não temos o que fazer. Gostaria de parabeniza lá por um ato sensivel, e comovente a todos de coração do bem
A Farsa da Justiça e o Preço da Oposição
Por Plínio Marques
O Brasil assiste, estarrecido, a mais um episódio de sua justiça seletiva. Uma cabeleireira, munida de um simples batom, ousou desafiar os símbolos do poder e agora paga um preço desproporcional por sua audácia. Quatorze anos de prisão por um ato impensado, um protesto quase pueril, enquanto corruptos de colarinho branco desfilam impunes pelos salões de Brasília.
O ministro Fux pediu vista do processo, mas a quem interessa essa demora? O jogo de interesses no Supremo Tribunal Federal já não se disfarça mais. O STF, outrora guardião da Constituição, tornou-se um braço do governo Lula, protegendo aliados e punindo opositores com mão de ferro.
O caso da cabeleireira não é isolado. Entre os presos da manifestação de 8 de janeiro, destacam-se Aécio Lúcio Costa Pereira, condenado a 17 anos de prisão; Thiago de Assis Mathar, punido com 14 anos; Moacir José dos Santos, sentenciado a 17 anos; e Matheus Lima de Carvalho Lázaro, também condenado a 17 anos. Todos julgados com rigor extremo, enquanto criminosos de alta patente seguem livres e intocados.
A história nos ensina que regimes autoritários começam silenciando vozes incômodas. Na Alemanha dos anos 1930, os judeus foram gradativamente excluídos da sociedade, perseguidos e, por fim, exterminados sob o olhar indiferente de muitos. Primeiro, vieram as restrições; depois, as prisões arbitrárias; por fim, a destruição completa de suas liberdades. O que estamos vendo hoje no Brasil é um perigoso eco desse passado sombrio: um governo que persegue opositores, um Judiciário que se curva ao poder e uma população acuada, temendo ser a próxima vítima do sistema.
O recado é claro – ouse contestar e enfrentará o peso de um regime que escolheu lado. O Brasil, que um dia sonhou com uma justiça cega e imparcial, hoje vê uma balança inclinada pelo jogo político. E assim seguimos, entre batons e togas, reféns de um sistema que não esconde mais suas preferências.
Ana, como não se emocionar com sua carta. Tenho certeza que Deus estava ao seu lado te iluminando e te dando coragem para escrever com tanto amor e emoção. Já te admirava e agora mais ainda. Que Nossa Senhora derrame suas graças sobre vc e sobre esse juíz para que sinta a mão de Deus em suas palavras pq tenho certeza que Ele estava ali. Muito obrigada.
Sensacional!
E emocionante!
Parabéns pela luta à liberdade!!!
Nós já estamos em uma ditadura judiciária de esquerda, como na Venezuela e nos demais países comunistas.
Que texto lindo, Ana. Impossível, como mãe, nâo se emocionar. E a julgar pelas últmas notícias sobre a Débora, penso que o ministro o leu.
Aplausos para a emocionante manifestação. De esperar que o ministro tenha um mínimo de sensibilidade e, mais que isso, coragem para divergir e afrontar o todo poderoso Alexandre de Moraes, bem assim o tal do comunista Dino, estes sim hoje conhecidos como os grandes carrascos da nação. Cá do meu canto, tomara que esteja totalmente errado, não acredito que o FUX tenha um mínimo de sensatez e traga um voto em prol da Débora. Na verdade disse ele, no pedido de vista, que iria examinar a dosimetria da pena. Ou seja, já tem como definitiva a culpabilidade da Débora. Mas, Deus é bem maior e talvez quem sabe….
Simplesmente impecável.
Querida ANA PAULA HENKEL, obrigado pela sua luta junto com a Revista Oeste na anistia de todos estes inocentes. Sim, são inocentes, quem sabe um dia saberemos que na verdade, os verdadeiros vândalos que adentraram e quebraram tudo antes da chegada das pessoas. Uma armação planejada e calculada milimetricamente.
A Revista Oeste poderia avaliar disponibilizar este artigo CARTA AO MINISTRO FUX, para acesso de não assinantes, como fez no artigo de capa de JRGUZZO.
Parabéns a Revista Oeste pela independência na informação dos fatos. Sinto-me agraciado por fazer parte desta família como assinante.
Obrigada Ana pela sua luta por um Brasil mais justo. Sua carta foi muito emocionante para mim que sou mãe. Como mineira me orgulho de você.🇧🇷🇦🇹
Comovente Ana, alma e coração nessa carta, porém sou uma cidadã decrescente desse tribunal tupiniquim repleto de togados movidos pela política e não pelas leis, alguns como Moraes exalam ódio.
Obrigada Ana pela sua luta por um Brasil mais justo. Sua carta foi muito emocionante para mim que sou mãe. Como mineira me orgulho de você.🇧🇷🇦🇹
Obrigada querida Ana por suas palavras que sai de um coração de mãe. Sou só uma vó em luto vendo meu neto de cinco anos crescer sem o carinho da mãe e como isso faz falta a ele. Minha filha virou um anjo mas essa mãe está aí para dar todo carinho a esses dois meninos. Que Deus seja misericordioso com ela.
Ana Paula, que as palavras dessa carta cheguem ao coração do juiz juiz, que a luz do Divino Espírito Santo desça sobre ele.🙏
Ana, que benção! Obrigada por colocar seu coração e fazer da sua vóz as nossas. Hoje ao escutar q ela poderia ir para a prisão domiciliar, fiquei numa felicidade tremenda! Todos sabemos q ainda não está terminado, mas vamos curtir esse momento, e continuar em oração para q o Espírito Santo possa tocar o coração desses ministros. Para Ele NADA é impossível.
Parte do objetivo da Carta aberta ao Ministro Fux está concretizado, Tem a ver com sua atitude, nossa eterna atleta Ana Paula e hoje inigualável jornalista. Também a indignação de grande parte dos brasileiros do bem contribuiu para condução dessa mãe para a prisão domiciliar. A anistia desses pequenos delitos virá em breve.
QUERIDA ANA PAULA, VOCÊ LAVOU COM AS SUAS E AS NOSSAS LÁGRIMAS A COVARDIA INSANA PATROCINADA PELA CORTE SUPREMA. DEUS TENHA MISERICÓRDIA DO BRASIL E DOS BRASILEIROS.
Ana Paula Henkel, que pessoa maravilhosa você é !!
com certeza sua iniciativa de escrever essa carta aberta é inspiração do Espírito Santo de Deus !!
ELE está no comando e move seus exércitos no momento certo !!
Nosso Deus misericordioso não vai deixar suas ovelhinhas perecerem !
tenho fé que justiça será feita a todos os presos injustamente do 08 de janeiro
Minhas melhores considerações, e elogios, a seu precioso desabafo, que creio está presente também, em todos os corações e mentes das pessoas dignas de nosso Brasil. Obrigado
Parabéns, Ana! Emocionante! Que possa tocar o coração do ministro.
Eu já te admirava com pessoa, como mãe, filha apaixonada, mas esta carta está um espetáculo. Espero que o Ministro Fux considere todas as suas palavras. Beijo no seu coração ❤️🌷
Lindo desabafo Ana! Que ele toque o coração do ministro estimulando-o à justiça!
Muito emocionante sua carta, Ana Paula. Acho que já está surtindo efeito, juntamente com tantas outras manifestações a favor de Débora. Soube que o PGR emitiu parecer a favor da liberdade provisória de Débora. Que Deus ilumine a cabeça dos julgadores.
Amém!
Arrepiou! Eh apenas ter curaçao! Ana, sem comentarios , apenas Obrigado
Infelizmente, perdoe o advérbio, mas é uma carta para um ninguém. Estas criaturas escuras de toga não são nada. E nada fazem. São a negação do bem.
Será q atingiu o coração do Ministro?
Tenho minhas dúvidas dele conseguir reverter essa atrocidade. Tudo bem que pediu “ vistas” ao processo. Deveria também conceder a liberdade dela, até que seja reavaliado o processo. Caso a condene, que a prendam novamente. A Ana Paula, parabéns, visão humanitária e humildade do texto dirigida ao Sr. Fux.
Aguardo com ansiedade a reparação dessa e demais condenações sem amparo legal da nossa CF.
Obrigado pelo texto.
Deus nosso Senhor lhe recompense, Ana Paula.
Louvável sua atitude, cara Ana Paula, mas absolutamente inútil. Esse desgraçado não pediu vistas por compaixão. É o teatro do stf a todo vapor. E de mais a mais, ele não pode reverter a situação da pobre moça. Além do que já disseram abaixo, há milhares de outros injustiçados tanto quanto ela, sem desmerecê-la. Posso estar enganado, mas acho que a estratégia certa não é essa de pedir clemência, escrever cartinhas, fazer passeatas…
Não me contive cara Ana Paula. Não sou mãe, mas nem é preciso ser para compadecer-se do que Debora está passando. Não sou mãe, mas como eu, todos nós tivemos uma, e peço a Deus que esses juízes lembrem disso. Parabéns pelo texto maravilhoso e que chegue até o ministro Fux, pelo bem do nosso amado país.
Parabéns Ana! Quanta sensatez em sua carta. Pena que esperar o mesmo desses cidadãos insignificantes e com um ego e uma soberba de dimensões oceânicas é o mesmo que esperar que chova para cima.
Que texto / carta espetacular. Também me veio lagrimas aos olhos , ao lê-la. Parabéns Ana . Você é a voz da sensatez e daqueles que tem um pouco de compaixão pelo próximo.
Cara Ana Paula,
Seu artigo é pra ler e chorar muito! Fiquei imensamente comovido e espero que o ministro Fux também fique. Não é possível o STF ficar nessa toada. O Brasil não aguenta mais tanto ódio!
Parabéns, Ana. Vc colocou seu coração nesta carta. Um pouco de nós todos tbm está nestas palavras.
Emocionante. Deus seja misericordioso!
Linda e comovente a sua carta Ana.Neste Ano da Esperança,Ano Jubilar,essa carta transborda em compaixão.Faço votos que o ministro Fux e todos os outros que ainda não expressaram seu veredicto, sintam-se tocados e coloquem-se no lugar dessa família tão fragilizada,assim como tantas outras do fatídico 8 de janeiro.
Impossível não se emocionar com esta carta da Ana Paula ao Ministro Fux. Brilhante peço a Deus que o Ministroa leia e reflita sobre cada palavra ali escrita e faça justiça a Débora e a outros que estão encarcerados de forma arbitrária.
Ana Paula, louvável o seu desabafo. Mas, não sei por que todos se esquecem das outras tantas atrocidades cometidas por outras pessoas tão inocentes quanto a Débora. Sempre me lembro daquela professorinha aposentada de 71, anos, diabética, a “japonesinha” simpática que soube que tinha sido condenada a 14 anos de cadeia na saída do hospital onde tinha sido internada por um grave problema de saúde. O caso dela, e de tantos outros foram eclipsados por esse caso da Débora, ou “ainda estão aqui”? Talvez uma cartinha para ela caísse bem.
‘atrocidades cometidas contra outras pessoas”. Sempre me queixo que a Oeste não permita a edição do texto publicado pelo leitor, considerando erroneamente que pertence à ela, embora se isente de qualquer responsabilidade pelo teor do comentário.
Carta magnífica de Ana Paula Henkel a um ministro do STF, A esperança é a última que morre.
Fiquei comovido ao ler tantas verdades que só uma mãe pode nos oferecer! Mas não acredito em nenhum daqueles juízes, todos estão interligados nas mãos de uma só pessoa.
Muito linda a sua carta, Ana. Deus ajude que o ministro Fux tenha um pouco de sensibilidade e veja, não só este caso, mas outros igualmente revoltantes, de forma lúcida e responsável.
Ana, parabéns pelo belissímo artigo. Tenho dúvidas se o Ministro Fux irá ler esse artigo, caso leia e não se comova no sentido de pelo menos tentar reverter o caso da Débora é por que não há mais humanidade nele e menos ainda justiça em nosso país.
Um apelo a um homem que, ao pedir vistas, nos deu um fio de esperança de que nem tudo está perdido! Essa carta foi escrita e assinada pela Ana, mas traduz o sentimento e a súplica de todas nós mães.
O Ministro Fux deve saber que a Tsedaká é um dos mandamentos do judaísmo que muitos traduzem como caridade ou benevolência, mas seu real significado é fazer justiça, fazer o que é certo!
Que essa carta chegue às mãos, mas principalmente, chegue ao coração do Ministro e ele possa fazer Justiça!
Parabéns. Perfeito.
Um apelo para um juiz, que implorou a José Dirceu que intercedesse junto ao ladrão, para nomeá-lo ao stf e, um apelo para única pessoa, quando tem centenas na mesma situação, e um morreu, Clezão e, deixou família, graças a sanha de Simão Bacamarte, sem falar no ex deputado Silveira, onde a sanha de Bacamarte corroborada pelos seus Crispins, não cansam de atazana-lo.. Estamos hoje numa situação de total abandono que cartas, manifestações e, outros que tais, de nada adiantam, os deuses do Olimpo reinam soberanos com sua fúria sobre as criaturas de Prometeu, que logo irão amarra-lo para u abutre vir comer suas entranhas..