Em editorial, o Estadão alertou para a política de crédito irresponsável do governo federal. “Lula ignora riscos econômicos por interesse eleitoral”, escreveu o jornal — referindo-se à injeção artificial de dinheiro na economia sem levar em conta as crescentes pressões inflacionárias.
Recentemente, O Globo fez alerta na mesma linha, também em editorial. No caso do jornal carioca, era um apelo ao Banco Central para não ceder ao “populismo” na condução da política monetária. Ou seja: para não baixar a taxa de juros na marra, tendo em vista a mesma escalada inflacionária a que se referiu o Estadão. O editorial do Globo também alertava para a expansão dos gastos públicos.
Fica claro que os dois tradicionais veículos da imprensa nacional estão procurando exercer sua responsabilidade de formadores de opinião — diante de um governo que, aos olhos deles, assume uma conduta perdulária e inconsequente perante a ameaça inflacionária. A Folha de S.Paulo também tem eventualmente assumido a mesma postura crítica.

Sem invalidar a relevância desses editoriais recentes, a pergunta é: na hora de colher a tempestade, esqueceram a semeadura do vento? O que esperavam desse projeto político, cuja ressurreição foi apoiada direta ou indiretamente por todos eles?
Vale recorrer a Raul Seixas. Mamãe disse a Zequinha: “Nunca pule aquele muro”. Zequinha respondeu: “Mamãe, aqui tá mais escuro!”
Mamãe disse a Zequinha para ter cuidado com as más companhias. Zequinha respondeu: “Relaxa, mãe. Tá tranquilo”.
Mamãe perguntou a Zequinha se aquele garoto ao lado dele era o que tinha sido pego roubando a carteira do colega na escola. Zequinha respondeu que sim, mas que o garoto estava mudado.
Mamãe perguntou a Zequinha de quem era aquele par de tênis novo em folha no quarto dele. Zequinha respondeu que era “de um amigo meu”.
“Zequinha, quem trouxe essa raposa aqui pra dentro de casa?” “Não é raposa, mamãe. É um gatinho.”
A escola suspendeu Zequinha porque ele estava matando aula na esquina com a galera do arrastão. Zequinha disse à mamãe que estava na esquina ajudando o guarda a organizar o trânsito. Mamãe disse a Zequinha para ter cuidado ao atravessar a rua.
Mamãe perguntou a Zequinha onde estava o dinheiro das compras que ela tinha deixado em cima da geladeira. Zequinha respondeu que tinha usado para fazer aplicações e ia devolver o dobro.
Mamãe escreveu um editorial no grupo da família reclamando que a verba das compras tinha sumido de novo, que o retorno das aplicações de Zequinha ainda não tinha chegado e que a geladeira estava vazia.
Zequinha respondeu: “Calma, mamãe. Você não confia em mim?”.

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O que esses idiotas da velha imprensa esperavam? Que o filho de Belzebu fosse fazer um bom governo? De onde menos se espera é que não sai nada mesmo.
Os indigitados veículos de comunicação citados tem uma circulação pífia. Estadão menos de 150 mil e Folha com uns sospechosos 800 mi. É pouco para fazer pender a balança prá esquerda, mas, mesmo assim, cutucam o poder instalado em Brasília com um pouco de verdades para ver se conseguem mais uns pixulecos que ajudem a manter à tona dois Titanics pós iceberg das redes sociais. Diante de sua real insignificância, mesmo tentando fazer valer sua tradição secular, não há salvação. Publicando a verdade ou aclamando a elegância da Janja, estão condenados.
Fiuza, Fiuza!!!! Aqui em Recife há muitos Zequinhas!! Viva a inspiração de Guilherme Fiuza!!!!!!!!!!
O “problema” é que a Central de Repasses do Dinheiro Público (CRDP) para a imprensa estatizada entendeu que o povão (a massa de manobra eleitoral) simplesmente não lê jornais. Por isso que o “grosso” das verbas vão para “A Globo”, e não para “O Globo”.
O pix atrasou.