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Edição 36

Um caso de amor com a tirania

Na França, é cada vez mais evidente o namoro com o autoritarismo sob o disfarce da racionalidade, da competência administrativa, do bem comum, da justiça social

J. R. Guzzo
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Bem pouca gente ouviu falar muita coisa a respeito da história que será contada a seguir — é praticamente impossível, hoje em dia, ler, ouvir ou ver informações sobre fatos que estorvam a visão do certo e do errado que existe na cabeça da mídia mundial. Mas o fato é que acaba de ser cometido na França um ataque especialmente vicioso, pervertido e hipócrita contra a liberdade de expressão. Em perfeita simetria com a intenção dos seus autores, é também uma missa cantada para celebrar a submissão do indivíduo ao Estado — e promover um novo avanço da autoridade pública em sua escalada para tornar-se o elemento mais valioso, e mais privilegiado, da sociedade francesa.

Foi aprovada, agora neste final de novembro, uma prodigiosa sequência de atos destinados a proteger a polícia dos cidadãos em geral — e sobretudo dos jornalistas. Você não leu errado. É isso mesmo: o governo do presidente Emmanuel Macron, com o apoio maciço dos deputados da Assembleia Nacional, declarou que a população se tornou um perigo para o Estado francês e para os seus agentes. Em consequência, tem de ser tratada com repressão. A desculpa é aumentar a segurança dos policiais no combate ao terrorismo — e punir os cidadãos com sanções penais caso a polícia decida que está sendo posta em risco por eles.

A partir de agora, por força do Artigo 24 da “Lei de Segurança Global” que acaba de ser aprovado, as pessoas estão sujeitas a um ano de prisão e a € 45 mil de multa (ou perto de R$ 300 mil) se divulgarem “a imagem do rosto ou de qualquer outro elemento de identificação de um policial ou de um gendarme em ação de serviço”. Ou seja: os repórteres fotográficos, ou quem mais estiver com a câmera do seu celular ativada, ficam legalmente proibidos de registrar, por exemplo, imagens de policiais baixando o cacete em qualquer tipo de manifestação pública, ou prendendo cidadãos suspeitos de não observância do “distanciamento social”. Para amarrar a coisa pelos sete lados, o Artigo 24 também exige que os veículos de comunicação apaguem o rosto de policiais de qualquer foto ou vídeo que porventura vierem a obter e a publicar.

O veneno contido na lei teve efeito imediato: dois jornalistas já foram detidos ao cobrir manifestações de protesto contra o próprio Artigo 24. Está claro que o propósito do governo Macron, dos deputados que lhe dão apoio e dos sindicatos de policiais é reprimir os cidadãos e jornalistas que querem (ou precisam) registrar atos de violência ilegal e de arbitrariedade cometidos pela polícia — e não proteger seus agentes do terrorismo. O ministro do Interior, que foi o principal corretor público da nova legislação, admitiu que não tem nenhuma estatística a respeito de casos em que a captação e a divulgação de imagens de policiais possam ter provocado algum ataque contra eles. Também não soube informar quantos funcionários da polícia, até hoje, foram importunados socialmente por verem a sua atividade divulgada em público. O que sobrou, no fim das contas, foi a prisão e a multa.

E se Bolsonaro ou Trump propusessem algo parecido com o tal Artigo 24?

A lei diz que as punições deverão se limitar aos casos em que houver a intenção deliberada, por parte de quem gravou as imagens, de atentar contra a “integridade física ou psíquica” dos policiais — mas, na prática, é a própria polícia quem vai decidir se a imagem foi captada com malícia ou de forma inocente. O que você acha que vai acontecer na vida real? No caso dos repórteres fotográficos, por exemplo: sua função profissional inclui, obrigatoriamente, o registro da presença da polícia e das ações praticadas por ela durante uma manifestação pública, e sua intenção é mesmo divulgar as imagens que colheu. Como é que fica, então? Se a imagem com o rosto do policial for publicada no jornal ou na televisão, ele estará sujeito, por definição, a um atentado terrorista. Para cumprir a nova lei, portanto, o jornalista não poderá mais fotografar ou filmar livremente nenhuma manifestação em que a polícia esteja presente.

Para piorar as coisas, o governo disse que os jornalistas deveriam se “credenciar” perante as autoridades policiais para cobrirem atos públicos em que haverá presença das forças de segurança — coisa que não está escrita em nenhuma lei da França. Houve o cuidado de dizer que esse pedido de licença não é “obrigatório” — mesmo porque isso seria tão flagrantemente contra a Constituição francesa que acharam melhor não forçar a mão. Mas as autoridades lembraram, ao mesmo tempo, que o “credenciamento” tem a vantagem de permitir que a polícia forneça “proteção” aos repórteres durante as manifestações. Juram que isso não é uma ameaça velada — e ficaram de fazer uma emenda dizendo que a proibição de registrar as imagens deve ser feita “sem prejuízo do direito de informar”. Também acenaram com o estabelecimento de critérios mais claros para caracterizar a intenção de atentar contra a integridade dos policiais. Nenhuma das duas coisas vai mudar nada.

A pergunta que interessa, depois disso tudo, é a seguinte: existe no Brasil alguma coisa parecida com esse Artigo 24? Não existe nem nunca existiu — na verdade, é provável que nunca tenha passado pela cabeça de ninguém fazer algo assim por aqui. Imagine-se, agora, o que o presidente Macron, seus admiradores e as classes intelectuais, jornalísticas e bem-educadas da França estariam dizendo se o presidente Jair Bolsonaro mandasse para o Congresso Nacional um projeto de lei propondo exatamente o que o governo francês acaba de fazer. (Pior: e se a ideia viesse de Donald Trump? É melhor nem pensar.)

No mundo das ideias, o Brasil visto da França de Macron e dos Estados Unidos de Joe Biden é um inferno político onde a população é oprimida diariamente por uma ditadura militar-fascista, que persegue os índios, os negros, os gays, as mulheres e os pobres — além de queimar a Amazônia e praticar o genocídio, porque o presidente não usa máscara, promove “aglomeração” quando fala em público e recomenda o uso da cloroquina. No mundo dos fatos, a França está jogando na cadeia repórteres que fotografam ou filmam policiais em manifestações de rua.

A nova “Lei de Segurança Global” é uma aula magna sobre a progressiva e inquietante descida da França em direção ao totalitarismo estilo 2020 — essa mistura pretensamente fina de supressão das liberdades individuais com a transferência cada vez maior das decisões para a esfera dos altos e médios servidores das máquinas estatais, das nações ou das entidades “globais”. (A propósito: a proibição de captar imagens leva o nome de “Lei Global”.) Não é algo que esteja acontecendo só na França. Na Alemanha, praticamente no mesmo dia, a maioria governista que controla o Parlamento aprovou a supressão de direitos individuais inscritos na Constituição alemã para pôr em vigor a sua “Lei de Prevenção das Infecções”, com restrições que vão da suspensão de liberdades por conta do lockdown até a vacinação obrigatória. (Levantaram-se, na hora, lembranças da “Lei Habilitante” de março de 1933, na qual esse mesmo Parlamento, então chamado Reichstag, deu plenos poderes a Adolf Hitler.)

É o avanço, nas democracias tidas como as mais avançadas do mundo, da ideia geral de que as pessoas, no fundo, não sabem o que é bom para elas; para não serem enganadas pelo “populismo”, que as leva a escolher indivíduos inconvenientes para os governos, devem se submeter a um novo “contrato social”. Por esse contrato, a autoridade, basicamente, deve ficar a cargo dos que têm “qualificação técnica” para governar — as camadas superiores dos ministérios disso ou daquilo, os altos burocratas dos organismos internacionais, do FMI à Organização Mundial da Saúde, os detentores do saber universitário e os funcionários públicos que se encontram entre um galho e outro dessa árvore toda. À população cabe cumprir ordens — da proibição de fazer uma imagem à obrigação de tomar vacina.

É um namoro cada vez mais incontrolável com a tirania — sob o disfarce da racionalidade, da competência administrativa, do bem comum, da busca da igualdade, da justiça social, da ajuda às minorias, aos imigrantes, aos pobres e outras lorotas. Trata-se, na verdade, da maior fraude ideológica em curso no mundo de hoje. Ninguém, no fundo, está interessado em ajudar imigrante nenhum. O que os burocratas que ocupam bons lugares no aparelho estatal estão realmente querendo — seja nos países, seja nos órgãos transnacionais — é mandar. Quanto mais mandarem, mais seguros estarão nos seus altos salários, seus cartões de crédito “corporativos”, suas aposentadorias com remuneração integral e o resto da festa. Seu lema é: “Cada vez mais governo, mais ‘protocolo’ e mais poder para quem não foi eleito — e cada vez mais obediência por parte dos demais”.

A própria aprovação da Lei de Segurança Global, em si, é um prefácio para esse mundo escuro que está se formando nas nações mais bem-sucedidas do mundo. A Assembleia Nacional da França tem 577 deputados. Para a sessão em que o seu Artigo 24 foi aprovado compareceram apenas 170, ou 30% do plenário total — e a votação acabou ficando em 146 a favor e 24 contra. Para que serve, então, um Parlamento desses? Parece o Congresso da Venezuela, de gravata Hermès e bolsa Vuitton. A reação dos franceses, ao mesmo tempo, foi de uma apatia capaz de lembrar a postura geral dos chineses diante da ditadura em vigor em seu país.

Na China, há uma espécie de “contrato social” que diz o seguinte: “Nós damos comida, trabalho, roupa e iPad para vocês. Em compensação vocês obedecem”. Ninguém precisa dizer que França e China são coisas diferentes; até uma criança com 10 anos de idade sabe disso. Mas chama atenção o fato de haver paralelos entre os dois países, em matéria de comprar o silêncio da população. Na França, a tendência é de se conformar com as decisões de “l’État” por conta do salário-desemprego, dos “benefícios sociais”, das verbas para a família, dos subsídios para o agricultor, para o pequeno empresário, para o grande empresário, da ajuda disso, do auxílio daquilo, dos “direitos adquiridos”, da meia-entrada e, mais do que tudo, dos privilégios da burocracia estatal. Faz uma tremenda diferença, num país que tem hoje 5,5 milhões de funcionários públicos — cerca de 8% da população nacional, e nada menos do que 20% da população economicamente ativa (ou um em cada cinco franceses), descontando-se aí os 3 milhões de desempregados atuais. Para chegar a esse nível, o Brasil teria de ter entre 17 milhões e 18 milhões de servidores públicos; temos 12 milhões, nos três níveis.

É o bioma ideal para o cultivo de ditaduras do modelo liberal-social-democrático-equilibrado-centrista-progressista-europeu-civilizado que tanto encanta as classes intelectuais do Brasil de hoje, nesse grande arco que vai dos beneficiários do Bolsa Ditadura a Luciano Huck, passando pelo DEM, por Benedita da Silva e por outros colossos da política nacional. Se é bom para a França, deve servir para o Trópico.

Leia também o artigo de Theodore Dalrymple desta edição, “Burocracia: do absurdo ao sinistro”

 

53 comentários
  1. Marco Polo Gerard Bondim
    Marco Polo Gerard Bondim

    Infelizmente não consigo comentar.
    A censura não permite, embora não ofenda alguém e não me utilize de palavras chulas.
    Lamentavel!

  2. Marco Polo Gerard Bondim
    Marco Polo Gerard Bondim

    Guzzo acerta em relação à única pergunta pertinente desse avanço de autoritarismo por parte do Governo socialista francês: =>” A pergunta que interessa, depois disso tudo, é a seguinte: existe no Brasil alguma coisa parecida com esse Artigo 24? Não existe nem nunca existiu — na verdade, é provável que nunca tenha passado pela cabeça de ninguém fazer algo assim por aqui. Imagine-se, agora, o que o presidente Macron, seus admiradores e as classes intelectuais, jornalísticas e bem-educadas da França estariam dizendo se o presidente Jair Bolsonaro mandasse para o Congresso Nacional um projeto de lei propondo exatamente o que o governo francês acaba de fazer. (Pior: e se a ideia viesse de Donald Trump? É melhor nem pensar.)”<=.

    O socialismo, por absoluta adequação ao regime democrático, foi, é, e sempre será um dos pontos chaves para o acesso à ditadura comunista!
    O povo vai aceitando aos poucos as arbitrariedades, ao descompasso, à queda de produção, em razão do acirramento do socialismo, em conta gotas, enquanto o totalitarismo vai avançando!

    Já temos grande parte de nossa sociedade envolvida e embuida do retorno do país ao que era antes de Bolsonaro; Globo, Maia, Alcolumbre, Zé Dirceu, FHC, STF, transvestidos de professores vinculados ao MEC, sindicalistas, corruptos, marginais, artistas top,…., todos ressentidos das boquinhas e fatias retiradas do povo pobre e miserável que compões a grande maioria de brasileiros.

    Vamos permitir?

  3. Renato S Jacob
    Renato S Jacob

    Excelente, Guzzo. Um texto de leitura obrigatória.
    Caminhamos mesmo para um novo tipo de escravidão, onde seremos os escravos dos burocratas iluminados, ou como o chamou Hayek, o caminho da servidão. E tudo sob aplausos dos futuros escravos
    Veremos muita engenharia social com os resultados de sempre: desastres

  4. Lucio Sattamini
    Lucio Sattamini

    Estácio de Sá e Benevides expulsou Villegaignon há mais de 400 anos e eles ainda não se conformaram.

  5. GIANLUCA RAGASSI
    GIANLUCA RAGASSI

    Que texto!

  6. William Marcelo Bonfim De Oliveira
    William Marcelo Bonfim De Oliveira

    Jamais veremos nada sobre esse assunto na grande mídia, eu já não sei que é pior, se os ditadores ou a mídia que os acoberta.

  7. Celia Correa
    Celia Correa

    Que silêncio…
    Obrigada Guzzo , não li e nem ouvi sobre esse ataque à democracia em nenhum outro lugar, mas como vc disse, se fosse o Bolsonaro, o barulho seria ensurdecedor

  8. Osvaldo Bispo De Beija
    Osvaldo Bispo De Beija

    Caro Guzzo, como sempre direto, objetivo e mostrando a verdadeira face dos “comandantes” do Estado. Aqui em SAMPA temos também os nossos “progressistas” que dizem, em nome da ciência, estarem protegendo vidas …
    Agora acabamos de entrar na fase Amarela, pois o vírus estava hibernando no período eleitoral, certo que “sabia” ele que não poderia dar o ar da graça, por ora …
    Finda a eleição, dia seguinte, tudo vai parar até 4 de janeiro de 2021 …
    Dá para imaginar o estrago que se dará na Máquina Paulista que é a locomotiva do Brasil ???
    Ora, quem se importa com vidas que serão ceifadas em face da crise econômica que advirá ?
    Aqui aqueles freios e contrapesos e que são um norte em uma Democracia desde há já se foram pelo ralo …
    Abs …

  9. Mario Jorge Germanos
    Mario Jorge Germanos

    Divulgar – Nada a acrescentar -Nada a suprimir. J. R. Guzzo é a voz que representa a muitos de nós!

  10. miguel Gym
    miguel Gym

    A França e Alemanha,assim como resto da Europa,tem hoje sua geopolítica influenciada e condicionada Ásia.De um lado o bloco sino-soviético e outro os países muçulmanos.A invasão é lenta,gradual e progressiva com mudanças culturais,políticas e econômicas irreversíveis. DalRymple já trata disso em seus livros, começando pela vida e costumes dos que vivem nas periferias das grandes cidades.Hoje tá tudo dominado.Na última Grande Guerra fizeram a opção de matar queimados seis milhões de judeus que detinham a inteligência e sabedoria da Religião à Cultura.E por adesão mataram também a “inteligentzia”nativa européia.Escapou América, separada por um grande oceano.A do norte eles não mudam tão cedo!

  11. marise neves
    marise neves

    Prevejo dias difíceis no mundo em geral. Estão querendo nos transformar em robôs obedientes, mas o final dessa história não acabará bem. Num mesmo século em menos de vinte anos estamos vivenciando o Estado partindo pra cima com leis ditatoriais e regras inúteis. 2001 e 2020 ficarão eternizados como anos extremamente tristes e difíceis 😔

  12. Guilherme Batista
    Guilherme Batista

    Guzzo é o melhor jornalista em atuação no Brasil.

  13. Nara Rosangela Rodrigues
    Nara Rosangela Rodrigues

    Haverá saída?

  14. Ronaldo Marques
    Ronaldo Marques

    Excelente artigo, mostrando uma inquietadora tendência daqueles que sabem que não tem futuro político nenhum nas urnas a exemplo de Mácron que é desprezado pelos franceses desde o episódio da eclosão dos “gillet jaune” coletes amarelos, e derrotado fragorosamente nas últimas eleições provinciais – mas também de uma Merkel que selou o destino político com a infeliz decisão de imigração de “refugiados” na Alemanha. O paralelo está traçado por Parlamentos que não representam os interesses do povo e a casta de funcionários públicos que são imunes a qualquer coisa, inclusive pandemias. Isto não vai durar muito, mas a estrutura de barnabés é grande o suficiente para embaralhar e atrasar mudanças. O que se passa no Brasil com a “classe judiciária” com benesses e salários impossíveis de serem atingidos pelo trabalhador comum explica a atual situação no Brasil, junto com outros funcionários públicos que recebem em dia trabalhando ou não. O foco da mudança tem que ser nessas áreas, porque os habitantes dessa esfera não estão nem aí para os que os sustentam.

  15. Luiz Antônio Alves
    Luiz Antônio Alves

    vou te contar algo pior que poderá acontecer amanhã: duas cidades gaúchas tenderão a mudar seu nome: Caxias do Sul, passará para Comunismo do Sul e Porto Alegre para Porto Triste.

  16. Erico J Pereira Da Veiga
    Erico J Pereira Da Veiga

    O Antonio Carlos, Vitor, esqueceu de aspar a frase “atos antifascistas em defesa da democracia”. No mais concordo com as observações do Tonho.

  17. Teresa Guzzo
    Teresa Guzzo

    Posto aqui apenas um vídeo feito pelo governo Federal brasileiro (está no YouTube)sobre o maior programa de ajuda emergencial feito em um país para os que realmente precisam do dinheiro público.Muito simples e nos mostra como um documento real o impacto na vida de pessoas que tiveram a oportunidade de receber ajuda do governo em um momento crítico.Obrigada revista Oeste por ceder espaço para comentários,isso sim é democracia.

  18. Debora Balsemao Oss
    Debora Balsemao Oss

    E nossos vizinhos argentinos no mesmo caminho… depois que mais da metade da população votante é beneficiada pelo e beneficiária do Estado, a virada é praticamente impossível. Carregadores de pianos carregarão o piano.

    1. Teresa Guzzo
      Teresa Guzzo

      Infelizmente a França,Alemanha e outros países Europeus estão praticando barbárie contra sua própria população.Ditam leis que não estão em suas constituições e exigem que todos obedeçam,isso já foi além de qualquer sanidade mental.Ora se aceitaram os imigrantes sem pensarem que com o passar dos anos isso não teria consequências,se enganaram.Trump tentou reverter em seu País a entrada ilegal de imigrantes que não poderia acolher.Nao se trata de maldade,apenas realidade.O que me indigna é o fato de milhares de europeus,quererem viver de dinheiro público e não largarem esse osso por nada.Sim, estamos vivendo momentos difíceis no mundo com uma pandemia,mas isso não justifica medidas ditatoriais,exige sim medidas sensatas de seus governantes que parecem ter literalmente enlouquecido e perdido o bom senso.

  19. Eudas Marques Dos Santos
    Eudas Marques Dos Santos

    Vida Longa a Guzzo

  20. Célio Andrade Jr
    Célio Andrade Jr

    O mundo está no caminho do domínio do Estado autoritário sobre os cidadãos. É a decadência da democracia, cerceamento das liberdades individuais e das oportunidades de crescimento, nivelamento dos cidadãos por baixo. Em situação oposta, cresce o privilégio dos donos do poder e de seus “amigos” capachos. A tentativa da China de dominar o mundo e a eleição de um radical de esquerda nos Estados Unidos representam um combustível para a chegada dessa indigência planetária. Isso não vai acabar bem!!

  21. Sergio Pimentel
    Sergio Pimentel

    E a China agradece!!!

  22. Paulo Antonio Neder
    Paulo Antonio Neder

    Macron revelou-se um fracassado (E me preocupo que com o vácuo, a esquerda volte. Vide Argentina). A tirania ganha espaço cada vez mais. Mas, não resisto a um comentário fora do artigo, sempre com respeito ao culto e admirado jornalista, Sr. Guzzo. O quadro que ilustra o artigo, A Liberdade Guiando o Povo, de Eugene Delacroix, é relativo à Revolução Francesa, que, aprendemos na escola, teria vindo para libertar o povo. Mas, historiadores isentos, lembram que a RF trouxe o terrorismo e a intolerância em seu bojo, sacrificando milhares de pessoas inocentes na guilhotina. Os próprio revolucionários não se pouparam entre si. Destruíram valiosas obras de arte, profanaram igrejas e cometeram um sem número de atentados contra os mais comezinhos direitos humanos (Este legítimos). O quadro, independente do veio artístico, não ilustra, sob minha ótica, a intenção do ilustre e admirável articulista.

    1. José Roberto Guzzo
      José Roberto Guzzo

      Caro Paulo Neder
      Muito obrigado pelo comentário. Lembro que o quadro de Delacroix (“A liberdade Guiando o Povo”), é frequentemente visto como um símbolo da própria França, ao homenagear a Revolução de Julho de 1830 que derrubou pela segunda vez a monarquia no país — restaurada após a derrota de Napoleão. É nesse sentido — para representar a vida política francesa como um todo —-que a OESTE optou pelo quadro na ilustração do texto.

      1. Paulo Antonio Neder
        Paulo Antonio Neder

        Minhas desculpas ao ilustre articulista pelo erro em situar o momento histórico em que o quadro foi pintado.

      2. José Roberto Guzzo
        José Roberto Guzzo

        Caro Neder

        Não há motivo real para desculpas. Suas observações sobre as tirania decorrente da Revolução Francesa — com o Terror, a violência e o assassinato em massa de milhares de cidadãos, na guilhotina ou diante de fuzilamentos ilegais — continuam perfeitas, e muito adequadas ao momento atual. Abraços.

  23. Gabriela Buitor Carelli Sapiro
    Gabriela Buitor Carelli Sapiro

    Obrigada, Guzzo e toda a Revista Oeste, pelos textos e análises impecáveis – sempre lúcidos, sensatos e racionais, coisas em risco iminente de extinção nos dias de hoje.

  24. Antonio Carlos Neves
    Antonio Carlos Neves

    Mestre Guzzo, eu entendo o teu sentimento como jornalista, com a agressão sofrida pela imprensa com essa lei francesa e quase global, para proteção da imagem de policiais envolvidos em manifestações públicas.
    Preocupa-me todavia, é podermos interpretá-lo também como defensor daquela imprensa (atualmente até em grandes veículos tradicionais de comunicação), que fotografam e noticiam violência policial até em situações que estes estão se defendendo. Esta mesma imprensa que omite a agressão dos marginais black bloc ou extremados ativistas à policiais, estabelecimentos públicos e privados e a pessoas, que devem por esses agentes ser defendidos.
    Penso então, que se a própria imprensa internacional através de seus organismos representativos, afastasse esses meios de comunicação que visam a desordem e a anarquia, desnecessária seria qualquer legislação de proteção ao policial, já que esses criminosos veículos de comunicação seriam observados e penalizados pelos leitores, como pudemos assistir em nosso pais nas pacificas manifestações populares de combate a corrução e impeachment, e aquelas recentes de atos anti facistas e em defesa da democracia.
    Entretanto, gostei demais do conteúdo do artigo, quando compara as manifestações e imposições legais de autoridades e da imprensa de países tradicionalmente ditos liberais e democráticos, com aqueles denominados por essa mesma imprensa e autoridades como autoritários, fascistas e antidemocráticos, como Brasil e EUA com seus atuais governantes.

    1. Victor Luiz
      Victor Luiz

      Atos anti fascistas e em defesa da democracia ?

      1. Antonio Carlos Neves
        Antonio Carlos Neves

        Sr.Vitor, não sou bom redator e o que pretendia era comparar a desnecessária presença policial naquelas manifestações ordeiras, democráticas de combate a corrupção e impeachment da Dilma, com estas recentes manifestações denominadas “anti fascistas e em defesa da democracia”, proporcionada pelo ajuntamento de torcidas organizadas de clubes de futebol (unidas???), com decadentes políticos e simpatizantes, e contratados black bloc para animar a festa.
        Naquelas, a policia confraterniza com os manifestantes, nestas são agredidas e curiosamente fotografadas por conhecida imprensa quando o policial se defende, e denominadas nos seus veículos como “violência policial contra as manifestações pacíficas”.
        Confundi mais ainda?

      2. Claudia Aguiar de Siqueira
        Claudia Aguiar de Siqueira

        Sem ar, Mestre! Brilhante e aterrorizante.

    2. Francisco Pessoa de Queiroz.com
      Francisco Pessoa de Queiroz.com

      concordo com suas observações.

      1. Carmo Augusto Vicentini
        Carmo Augusto Vicentini

        Artigos como esse fazem o valor da assinatura da revista parecer irrisório…

  25. Otacílio Cordeiro Da Silva
    Otacílio Cordeiro Da Silva

    De todos os países europeus, embora não conheça nenhum, a França é o que mais me causa rejeição. Talvez seja pelo alto número de intelectuais comunistas, pode ser. Portanto, não me ofereçam um belo passeio a Paris, pois posso ser indelicado.

    1. Maria Elena Ribeiro Mendes
      Maria Elena Ribeiro Mendes

      Caríssimo, a bela cidade não tem culpa dos energúmenos que governam o país e da elite intelectual socialista que só quer o bem da humanidade, mas não abre mão de Louis Vuitton.

  26. Érico Borowsky
    Érico Borowsky

    Parabéns por mais um excelente artigo,
    Guzzo !

    1. Ney Pereira De Almeida
      Ney Pereira De Almeida

      Macron NUNCA FOI MAIS DO QUE UM “FUNCIONÁRIO” é apenas um preposto treinado pelos globalistas, Consta que sempre trabalhou a soldo da Banca dos Rothschild. Não é nada mais que isso. Em alguns anos ficará menos conhecido do que alguém como Harry Truman (que a não ser o fato de estar na Presidência americana quando explodiu a Bomba Atômica, nada mais se sabe dele). Em outras palavras, um imbecil cuja memória só virá à tona quando lembrada uma grande tragédia humana.

  27. Érico Borowsky
    Érico Borowsky

    Esse Macron é uma piada de mau gosto!

  28. André Sena Pereira
    André Sena Pereira

    Macron é um fracasso. O Globalismo é sua única alternativa. A França é absolutista nas suas origens é não consegue resistir ao apelo do poder absoluto. Ou ele flerta com o Globalismo ou desparece politicamente.

  29. caio azevedo
    caio azevedo

    Parabéns Guzzo!

    Sempre objetivo, ou seja, vai direto ao ponto.

    1. Roberto Gomes
      Roberto Gomes

      E isso JR GUZZO. Reclamaram do murodo Trump e agora são DITADORES Biden Fidel Castro, Macron Mao Tse Tung, Angela Merkel a Josef Stalin e João João Doria aprendiz de PUTIN. Estamos na *ERDA

  30. Marcos De La Penha Chiacchio
    Marcos De La Penha Chiacchio

    Os “ditos” progressistas, estão provocando um retrocesso sem igual nas liberdades individuais dos cidadãos do mundo.

    1. João Antônio Dohms
      João Antônio Dohms

      Mais uma matéria incrível !
      Dirime qualquer dúvida pela clareza.
      Parabéns Sr JRGUZZO

      Mas não nos esquecíamos que países como a França e a Alemanha estão comendo o pão que o “diabo amassou “com os refugiados,e não sabem como lidar com esse imbróglio!
      Mas não justifica essas medidas repressoras!

      1. Ney Pereira De Almeida
        Ney Pereira De Almeida

        João Antonio, vc. acha mesmo que eles estão comendo o pão que o diabo amassou com os refugiados, os desempregados ou outros miseráveis.
        Já, já a solução estará sendo aplicada. Ela poderá vir de uma simples “picadinha” de uma vacinazinha feita de muito “boa-fé”. Bill Gates e outros abnegados vem se esforçando para “ajudar” nesse “front” . Afinal, o grande projeto de edificar o Nirvana dessas elites, restringe-se a menos de 500 milhões de almas (sujeitos a ajustes, claro). A grande questão – ainda sem data prevista para “estrear”, mas que por certo aparecerá – poderá vir do ENFADO e da DEPRESSÃO que se abaterão sobre essa horda de psicopatas megalomaníacos quando – daqui a pouco tempo – tiverem se colocado a salvo das “consequências desagradáveis” proporcionados por TODOS NÓS, os que ousamos nos pensar “humanos”. Fica muito óbvio que essa corja nunca nos enxergou como algo mais que “quase-humanos”. Por tal motivo, não é crível que nos imaginem como imprescindíveis, nem mesmo como objeto de estravasão de suas PSICOPATIAS mais corrosivas. Ao final e ao cabo, poderemos nos tornar o pior pesadelo dessa camarilha.
        Se essa ideia é minimamente possível, porque não nos esforçarmos para ANTECIPAR O PESADELO DELES ?

        os problemas que “AS PLEBES IGNARAS” , QUE essas mentes deformadas conseguirão encontrar para colocar no lugar – atualmente – ocupado por nós, a falange de incômodos INSETOS que perturbam o conforto deles e, não raro, desenvolvem e disseminam doenças que podem ameaçá-los ?
        Onde poderão encontrar “órgãos” para suprirem suas demandas e “corpinhos jovens” que possam

      2. Ney Pereira De Almeida
        Ney Pereira De Almeida

        Gostaria de eliminar esse comentário, que refiz e dei outro formato, que apresentei a seguir. Podem fazer o favor de eliminá-lo ? Obrigado.

      3. Ney Pereira De Almeida
        Ney Pereira De Almeida

        João Antonio, vc. acha mesmo que eles estão comendo o pão que o diabo amassou, por causa dos refugiados, desempregados ou outros miseráveis?
        Já, já uma solução mais radical estará sendo aplicada. E poderá vir de uma simples “picadinha”, de uma vacinazinha feita de muito “boa-fé”. Bill Gates e outros abnegados vem se esforçando para “ajudar” nesse “front” . Afinal, o grande projeto de edificar o Nirvana dessas elites, inclui reduzir a população do Planeta para menos de 500 milhões de almas (sujeitos a ajustes, claro). Uma das grandes questões que poderá vir de mudança tão radical – ainda sem data prevista para “estrear”, mas que por certo aparecerá – poderá vir do ENFADO e da DEPRESSÃO que se abaterão sobre essa horda de psicopatas megalomaníacos quando vierem a se sentir a salvo das “consequências desagradáveis” proporcionados por TODOS NÓS, os que ousamos nos pensar “humanos”. Fica muito óbvio que essa corja nunca enxergou OS POVOS DO MUNDO como algo mais que “quase-humanos”. Por tal motivo, não é crível que nos imaginem como imprescindíveis, nem mesmo como objeto de estravasão de suas PSICOPATIAS mais corrosivas. Ao final e ao cabo, poderemos nos tornar o pior pesadelo dessa camarilha (quer dizer, os que sobrarem de nós).
        Se essa ideia é minimamente possível, porque não nos esforçarmos para ANTECIPAR O PESADELO DELES ?

      4. Elvo Pigari Júnior
        Elvo Pigari Júnior

        Parabéns Guzzo !

  31. Marcelo Picolo Catelli
    Marcelo Picolo Catelli

    Parabéns, Guzzo, pelo excelente artigo. É triste ver o que a França está se tornando. Começou com o rechaço do cristianismo; o homem que se rebelou diante de Deus agora se curva diante de tiranetes e tecnocratas.

  32. Anibal Manoel Laurindo
    Anibal Manoel Laurindo

    ASSUSTADOR

    PARABENS GUZZO

    1. Carlos Pinaffi
      Carlos Pinaffi

      Esclarecedor é oportuno Guzzo, obrigado!
      O sentimento de que o totalitarismo avança é real e assusta. Pior é a impressão de que as sociedades ocidentais parecem não se dar conta da armadilha…
      A hipocrisia da mídia local também é enorme , pois além de não tratar este tipo de ocorrência, inverte o entendimento real

    2. Robson Bouth Lourenco
      Robson Bouth Lourenco

      Divino, simplesmente divino

    3. Augusto Carlos Pereira Furtado
      Augusto Carlos Pereira Furtado

      Realmente, muito assustador. Acho que precisamos de uma nova “queda da Bastilha”. Parabéns Guzzo. Que bom que existem pensadores como você.

    4. Jose Mateus Teles Machado
      Jose Mateus Teles Machado

      Caro J R Guzzo e Aníbal o Humor na Alemanha é Proibido e o Terrorismo na Franca contra o Charlie Hebdo e da charge de Maome Bom dia! Um abraço

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