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Edição 08

De cara com a miséria

Como a pandemia expõe o fracasso das políticas sociais e de desenvolvimento

Selma Santa Cruz
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Um dos mais talentosos letristas da música popular brasileira, Aldir Blanc se foi dias atrás, vítima da covid-19. E deixou ecoando, entre tantas estrofes memoráveis, o genial refrão de Querelas do Brasil: “O Brazil não conhece o Brasil, o Brasil não conhece o Brazil…”  A intenção era provocar as elites nacionais, mais identificadas com a cultura norte-americana do que com as próprias raízes. Mas é difícil não detectar também no mote uma crítica ao desconhecimento dos brasileiros do topo da pirâmide sobre a  realidade dos milhões que sobrevivem na base, ou à margem dela. Ainda mais agora que a pandemia nos colocou frente a frente, de uma hora para outra, com a miséria que ainda castiga o país.

Espere aí, miséria? Mas nós não tínhamos acabado com esse flagelo? Ou tudo não passou de uma fake news, um ato de prestidigitação do mago Lula que conseguiu enganar quase todo o mundo? Só isso explicaria o tom de espanto de certos noticiosos de televisão e alguns políticos diante da dificuldade de implementar o lockdown, tão disciplinadamente respeitado na Europa, em nossas favelas e bairros de palafitas. Como se muitos não tivessem se dado conta de quão absurdo é exigir que as pessoas lavem as mãos quando falta água encanada. E de quanto pode ser problemático cobrar o social distancing de famílias amontoadas em cortiços e barracos.

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É como se a pandemia tivesse escancarado uma realidade à qual o Brasil tem preferido fechar os olhos.

Um desses problemas considerados intratáveis por aqui, como o saneamento, por exemplo, sempre relegados à rabeira das prioridades, enquanto as atenções são dominadas pela pequena política de Brasília e suas brigas intestinas. Ao dar visibilidade aos invisíveis no horário nobre da TV, contudo, a covid-19 acabou por relembrar que a pobreza segue inabalável no país, apesar de décadas de propaladas boas intenções de diferentes regimes e lideranças políticas, bem como sucessivos programas sociais e de desenvolvimento.

É o que acaba de ser confirmado, aliás, por números divulgados pelo IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a partir de dados de sua Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. Relativos ao ano passado, eles indicam que a espantosa parcela de metade dos brasileiros — nada menos do que 105 milhões de pessoas — já sobrevivia antes da pandemia com uma média de R$ 438 mensais, ou apenas cerca de R$ 15 por dia. O que sugere que o tão celebrado resgate de mais de 30 milhões de brasileiros da pobreza pelos governos petistas não teria passado de uma bela narrativa. Ou que, se de fato ocorreu, graças a programas sociais e ao boom de exportações de commodities, não se sustentou a partir da recessão de 2014, que eles deixaram como legado, já que os pobres continuam tão pobres como sempre.

Nesse sentido, a pandemia acabou por expor, também, o fracasso das inúmeras iniciativas de programas de redistribuição de renda e desenvolvimento implementados por seguidos governos tanto “de direita” quanto “de esquerda”, que nunca mostraram resultados efetivos. A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, a Sudene, por exemplo, completou em dezembro passado 60 anos — embora tenha sido temporariamente extinta e mudado de nome, entre 2001 e 2007, numa tentativa de dissociar sua imagem de escândalos de corrupção. Mas os moradores dos grotões do Nordeste continuam praticamente tão indigentes hoje quanto quando foram retratados por Graciliano Ramos, há mais de sete décadas, em 1938, em seu antológico romance Vidas Secas.

A mesma escassez de resultados se verifica em relação a outras autarquias e bancos públicos de fomento.

É o caso da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia, a Sudam — esta criada há 54 anos, no regime militar, para atrair investimentos, por meio de incentivos fiscais, para o desenvolvimento da Região Norte e de seus habitantes. Os quais também permanecem majoritariamente na penúria.

É certo que de lá para cá o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu o bastante para nos transformar na nona economia mundial. Ninguém nos chama mais de subdesenvolvidos, agora somos uma “economia emergente”. Mas continuamos a carregar a infâmia de uma imensa população miserável, além da posição vergonhosa de um dos líderes mundiais em desigualdade.

Mudar o nome das favelas para comunidades não ajudou a transformá-las em lugares adequados para  viver. Assim como abrir espaço para negros em comerciais e novelas, embora louvável, não contribuiu para mudar substancialmente sua histórica posição de inferioridade em termos de renda, emprego e educação.

Não adiantou, tampouco, valorizar a “estética dos excluídos” na dramaturgia, na música e na cultura pop.

Porque nossas mazelas sociais, como se sabe, são estruturais. E vêm se mostrando resistentes a todos os remédios que lhes são tradicionalmente prescritos. A começar por investimentos públicos crescentes aplicados sem gestão eficaz — talvez porque não adiante despejar dinheiro em programas de nome publicitário se parte das verbas acaba ficando pelo caminho para sustentar a burocracia criada para mantê-los.

A pobreza no Brasil continua impenetrável também aos esforços de uma infinidade de organizações não governamentais, as ONGs, mastodôntica estrutura paralela ao Estado, alimentada em grande parte com dinheiro público. E resiste até mesmo à multiplicação de leis de proteção social e emendas à chamada “Constituição Cidadã” — um dos traços fundadores de nossa demagogia populista, que age como se fosse possível eliminar a miséria à base de canetadas.

O pior é que esse drama social, não solucionado nos tempos de bonança, se tornará ainda mais desafiante após a pandemia.

A retração do PIB projetada para este ano é de 4,7%, a maior em mais de um século. O Banco Mundial já prevê, por exemplo, que cerca de 5,4 milhões de brasileiros engrossarão as estatísticas de pobreza extrema, a daqueles que têm de se manter vivos com menos de US$ 1,90 por dia ou R$ 330,00 por mês.

Leia mais sobre o tema nesta edição na reportagem “É pior que uma guerra” 

Esse agravamento da pobreza e a constatação de que as abordagens adotadas até agora não têm surtido resultado poderiam ser um estímulo para repensar a ótica estatizante que tem prevalecido até agora nas políticas desenvolvimentistas, tanto da “esquerda” quanto da “direita” — seja lá o que esses termos significam no Brasil dos últimos tempos. Parece razoável refletir sobre o conceito do Estado como o principal indutor do desenvolvimento e agente de redistribuição de renda. A questão é fonte de polêmica permanente entre economistas, mas no caso brasileiro trata-se apenas de constatar fatos: o número crescente de pobres e miseráveis vale em si como atestado do fracasso de nosso modelo atual de Estado como promotor de desenvolvimento social.

O que temos é justamente o contrário, uma estrutura perversa de perpetuação de pobreza e desigualdades.

Em parte, em consequência de um sistema tributário injusto, que penaliza os mais pobres, ao taxar pesadamente o consumo, ao contrário da renda, como ocorre na maioria dos países. Mas sobretudo porque esse Estado utiliza a quase totalidade da receita fiscal, subtraída dos trabalhadores e do orçamento das famílias, para sustentar uma máquina obesa e de baixa produtividade, que parece existir unicamente para servir a si própria, já que pouco devolve à população na forma de serviços públicos.

Pesa contra sua eficácia, ainda, a deformação do sistema previdenciário, que captura renda da maioria para favorecer a elite do funcionalismo, privilegiada com salários e benefícios muito acima dos auferidos pelos trabalhadores da iniciativa privada. Arquitetou-se, assim, no conjunto, um modelo paradoxal no qual o Estado distribui com uma mão o que retira dos pobres com a outra. Há cálculos segundo os quais um beneficiário médio do Bolsa Família perde pelo menos um terço do valor recebido ao pagar os impostos embutidos no preço de alimentos, remédios e demais produtos que consome.

Leia mais sobre o tema na reportagem de capa desta edição, “Servidores, a classe privilegiada não atingida pela crise” 

A má notícia é que esse Estado cartorial e patrimonialista deverá avançar ainda mais sobre o pescoço dos cidadãos daqui em diante.

Crises levam historicamente ao aumento da intervenção estatal na economia. Mas enquanto nos países sérios o foco tem sido reativar a produção e minorar os efeitos sociais da pandemia, com a contrapartida da redução de custos do funcionalismo, aqui o movimento vai em sentido contrário. Os políticos se recusam até mesmo a congelar despesas com pessoal. Quando não afrontam diretamente o contribuinte que aperta o cinto ao aumentar salários em plena pandemia, como ocorreu nesta semana em relação aos policiais do Distrito Federal.

Tamanhos contrassensos e paradoxos tornam mais urgente do que nunca um debate sobre o tipo de Estado que convém ao país, a partir de uma visão menos ideológica e mais pragmática, focada em resultados. Até porque esse que está aí, já endividado e falido, será incapaz de bancar os investimentos necessários à retomada do crescimento ou sustentar por muito tempo os programas de auxílio emergencial. O que vamos fazer diante disso? Repetir as fórmulas do passado ou pensar em novos caminhos? O Brasil no fundo do poço pode estar na hora da verdade.

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Selma Santa Cruz foi editora e correspondente internacional do jornal O Estado de S. Paulo e da  revista Veja, na França e nos Estados Unidos, antes de se dedicar à comunicação corporativa como sócia-diretora da TV1, grupo de agências especializadas em marketing digital, conteúdo, live marketing e relações públicas. É mestre em comunicação pela USP e estudante permanente da História.

14 comentários
  1. Ney Pereira De Almeida
    Ney Pereira De Almeida

    Selma adorei seu texto. Parabéns pela percepção aguda e clareza de exposição. Vc. é um orgulho para o Jornalismo, tão em baixa nestes últimos tempos. A propósito, vc. me inspirou a colocar para fora algumas percepções, ao longo dos meus 76 anos. Peço licença para mostrar-lhe do que se trata. Desculpe ter escrito em maiúsculas. É que meus as cataratas nos meus olhos me dificultam muito para ler as letras pequenas.

    O ABSTRATO TORNADO MATERIAL…
    A MISÉRIA SEMPRE FOI PARA OS INTELECTUAIS, POLÍTICOS E GOVERNANTES APENAS UMA ABSTRAÇÃO INSPIRADORA PARA ROMANCES, POEMAS, MÚSICAS, PEÇAS DE TEATRO, FILMES, ENREDOS DE ESCOLAS DE SAMBA, PLATAFORMAS PARA CAMPANHAS ELEITORAIS, PROMESSAS ENGANOSAS PARA ATRAIR INVESTIMENTOS DE INCAUTOS E – SOBRETUDO – FONTE SEGURA PARA ABARROTAR OS BOLSOS DE TODO TIPO DE VAGABUNDOS ESTELIONATÁRIOS BEM VESTIDOS E DE LINGUAJAR REQUINTADO E OU AFINADOS COM O MODISMO POLÍTICO DA OCASIÃO…
    ESSE HÁBITO NASCEU MODESTO E FOI SE DESENVOLVENDO EM PROGRESSÃO GEOMÉTRICA EM RELAÇÃO AO AUMENTO DA DESGRAÇA DA MASSA MISERÁVEL, INTENCIONALMENTE MANTIDA ANALFABETA E IGNORANTE. ASSIM COMO NA MESMA PROPORÇÃO DAS MENTIRAS DEMAGÓGICAS DO TAL ESTADO SOCIALISTA DO BEM-ESTAR SOCIAL.
    ANTES, A CANALHA POLÍTICA CULPAVA O COLONIALISMO PORTUGUÊS. DEPOIS PASSOU A APONTAR O DEDO PARA O ABSOLUTISMO MONÁRQUICO BRASILEIRO. E DESSE MODO, AS CAUSAS SEMPRE ERAM “DISSIMULADAMENTE” LOCALIZADAS E AFASTADAS PARA FORA DO ESPAÇO DE DOMÍNIO DOS PRÓPRIOS POLÍTICOS CANALHAS , SEMPRE DISFARÇADOS DE MEROS DEFENSORES FIGURANTES DO POVO. QUANDO, – NA VERDADE – ERAM OS DEPLORÁVEIS PROTAGONISTAS DO OBSCENO “FILME-SERIADO” DE HORROR EM CARTAZ PERMANENTE ATÉ OS DIAS ATUAIS.
    DEPOIS DE 25 ANOS NO PODER E MAIS DE UM TRILHÃO DE REAIS DESVIADOS DOS IMPOSTOS PAGOS PELA CLASSE MÉDIA BRASILEIRA PARA SALVAR O SOCIALISMO COMUNISTA (ENTÃO FALIDO) NA AMÉRICA LATINA E ÁFRICA, A PANDEMIA DO CORONA VIRUS VEM COLOCAR A NÚ TODA A FARSA COMUNISTOIDE ENRAIZADA EM TODAS AS ESTRUTURAS DO ESTADO BRASILEIRO E REVELA O QUADRO REAL DO BRASIL, DIGNO DE FAZER “GUERNICA” PARECER UMA DAS TELAS SUAVES DE CLAUDE MONET OU RENOIR.
    ATUALMENTE, A CORROMPIDA E ACUMPLICIADA “GRANDE MIDIA”, EXERCENDO O PAPEL DE UM ILUSIONISTA DE CIRCO, TENTA MANTER O POVO DISTRAÍDO E FORA DE CENA (ATERRORIZADO E CONFINADO) ENQUANTO – “POR DEBAIXO DOS PANOS” – POLÍTICOS LACAIOS DO GLOBALISMO POLITICO COMUNISTA SURRUPIAM NOSSOS PARCOS RECURSOS E NOSSAS LIBERDADES, ATRAVÉS DE MANOBRAS QUE CONSIDERAM FUNDAMENTAIS PARA DAR O BOTE FINAL E ASSUMIR O COMANDO DEFINITIVO DOS DESTINOS DA NAÇÃO E DO POVO BRASILEIROS.
    PORÉM, A CERTEZA DA IMPUNIDADE E O IMPONDERÁVEL SEMPRE RESERVAM SURPRESAS PARA OS CRIMINOSOS QUE SE SUPERESTIMAM E MENOSPREZAM A INTELIGÊNCIA ALHEIA. O EXCESSO DE AUTO-CONFIANÇA E AQUELES EXAGEROS COBRARAM SEU PREÇO. A COMPRA DE TODAS AS GRANDES MÍDIAS NÃO DERAM CONTA DE ESCONDER OS MAL-FEITOS E AS CANALHICES COMEÇARAM A APARECER.
    ATUALMENTE, AO EXIBIR CENAS QUE JULGAM IMPORTANTES PARA ATERRORIZAR, ACOVARDAR E DESENCORAJAR REAÇÕES POPULARES , ESSA MESMA GRANDE MÍDIA CORRUPTA E DESQUALIFICADA, SE DESCUIDA E – SEM PERCEBER – DEIXA VAZAR A REALIDADE DA MISÉRIA EXACERBADA, COM AS QUAIS OS GOVERNOS COMUNO-SOCIALISTAS SOMENTE SE OCUPARAM PARA PREENCHER NARRATIVAS DEMAGÓGICAS E USAR COMO PRETEXTO PARA PROGRAMAS “ASSISTENCIALISTAS” DE COMPRA DE VOTOS – UMA ESPECIALIDADE DESENVOLVIDA (COMO BOLSA ESCOLA) NO PRIMEIRO GOVERNO SOCIALISTA DE FHC, DEPOIS APLICADA NO CONGRESSO NACIONAL, UM SUCESSO ESTRONDOSO, QUE PROPICIOU A EMENDA CONSTITUCIONAL DA REELEIÇÃO DELE E, DEPOIS NA DE DOIS OUTROS COMUNO-SOCIALISTAS – TRATAVA-SE DE UM PROJETO DE PERMANÊNCIA INDETERMINADA DA ESQUERDALHA NO PODER. QUE ACABOU FALHANDO.
    EM TRANSMISSÕES DIÁRIAS AS TVS SEMPRE MOSTRARAM – SEM QUERER – A FARSA DO ESTADO SOCIALISTA,” O GRANDE PAIZÃO” FAJUTO QUE NUNCA PASSOU DE UM PADRASTO CANALHA QUE “ESTUPRAVA” POR ANOS A FIO – COM O FALO IMPLACÁVEL DA MISÉRIA INDESCRITÍVEL – FAMÍLIAS INTEIRAS DE BRASILEIROS “DEMOCRATICAMENTE” DE NORTE A SUL. AO MESMO TEMPO, EXIBIA OS ESCANDALOSOS ASSALTOS AOS COFRES PÚBLICOS E AS TENEBROSAS TRANSAÇÕES COM EMPREITEIROS DE ESTIMAÇÃO DOS GOVERNOS COMUNISTAS PARA CARREAR DINHEIRO DOS CONTRIBUINTES BRASILEIROS PARA SOCORRER DITADURAS COMUNISTAS QUE AGONIZAVAM, NAS AMÉRICAS E NA ÁFRICA.
    MESMO ASSIM, AINDA SE VÊ – SOB OS AUSPÍCIOS DE UMA CRIMINOSA PRÁTICA DO STF – UM CRIMINOSO CORRUPTO CONDENADO EM QUATRO INSTÂNCIAS, E LIBERTADO PELOS VAGABUNDOS TOGADOS, VOCIFERANDO BARBARIDADES. POR EXEMPLO, DIAS ATRÁS, DEU VIVAS AO CORONAVÍRUS, PORQUE SEGUNDO ELE, “… que os cegos comecem a enxergar, que apenas o estado é capaz de dar solução a determinadas crises.”.
    CLARO QUE A SOBERBA ESTUPIDEZ E A CONVINCENTE IGNORÂNCIA DELE NÃO LHE PERMITEM SABER QUE A CRIAÇÃO DAS FAVELAS PARA AS MASSAS MISERÁVEIS – NO BRASIL, EM CUBA, E EM TODOS OS PAISES LATINO AMERICANOS E AINDA, NA RUSSIA E NA CHINA, FORAM FRUTO DA INCOMPETÊNCIA DOS ESTADOS, ENTENDIDOS COMO O ENTE ONDE SE ABRIGAM AS ELITES POLÍTICAS. O IDIOTA PENSA QUE ESTADO É ALGO MATERIAL. ELE NÃO TEM IDEIA DO QUE SEJA UMA ABSTRAÇÃO.
    POR TUDO, PARA USAR UM EXPRESSÃO MUITO EM VOGA ENTRE OS JOVENS – CUJA GRANDE MAIORIA CITA SEM TER NOÇÃO DO QUE SE TRATA – ESTAMOS IMERSOS NUMA SURREALIDADE.
    Nota:Alguns estudiosos acreditam que a palavra surreal (ou surrealismo) foi criada pelo poeta francês Guillaume Apollinaire, na junção de “sur” e “réalisme”, que remete para alguma coisa que está além do realismo ou realidade.
    O termo surreal designa aquilo que apresenta características próprias do surrealismo. Surrealismo foi um movimento artístico e literário que surgiu na Europa na década de 1920. Tinha como características o irracionalismo, a negação da lógica, a incoerência e valorizava todas as formas de expressão do inconsciente, do abstrato, dos sonhos e do próprio instinto.

  2. Ney Pereira De Almeida
    Ney Pereira De Almeida

    Selma adorei seu texto. Parabéns pela percepção aguda e clareza de exposição. Vc. é um orgulho para o Jornalismo, tão em baixa nestes últimos tempos. A propósito, vc. me inspirou a colocar para fora algumas percepções, ao longo dos meus 76 anos. Peço licença para mostrar-lhe do que se trata. Desculpe ter escrito em maiúsculas. É que meus as cataratas nos meus olhos me dificultam muito para ler as letras pequenas.

    O ABSTRATO TORNADO MATERIAL…
    A MISÉRIA SEMPRE FOI PARA OS INTELECTUAIS, POLÍTICOS E GOVERNANTES APENAS UMA ABSTRAÇÃO INSPIRADORA PARA ROMANCES, POEMAS, MÚSICAS, PEÇAS DE TEATRO, FILMES, ENREDOS DE ESCOLAS DE SAMBA, PLATAFORMAS PARA CAMPANHAS ELEITORAIS, PROMESSAS ENGANOSAS PARA ATRAIR INVESTIMENTOS DE INCAUTOS E – SOBRETUDO – FONTE SEGURA PARA ABARROTAR OS BOLSOS DE TODO TIPO DE VAGABUNDOS ESTELIONATÁRIOS BEM VESTIDOS E DE LINGUAJAR REQUINTADO E OU AFINADOS COM O MODISMO POLÍTICO DA OCASIÃO…
    ESSE HÁBITO NASCEU MODESTO E FOI SE DESENVOLVENDO EM PROGRESSÃO GEOMÉTRICA EM RELAÇÃO AO AUMENTO DA DESGRAÇA DA MASSA MISERÁVEL, INTENCIONALMENTE MANTIDA ANALFABETA E IGNORANTE. ASSIM COMO NA MESMA PROPORÇÃO DAS MENTIRAS DEMAGÓGICAS DO TAL ESTADO SOCIALISTA DO BEM-ESTAR SOCIAL.
    ANTES, A CANALHA POLÍTICA CULPAVA O COLONIALISMO PORTUGUÊS. DEPOIS PASSOU A APONTAR O DEDO PARA O ABSOLUTISMO MONÁRQUICO BRASILEIRO. E DESSE MODO, AS CAUSAS SEMPRE ERAM “DISSIMULADAMENTE” LOCALIZADAS E AFASTADAS PARA FORA DO ESPAÇO DE DOMÍNIO DOS PRÓPRIOS POLÍTICOS CANALHAS , SEMPRE DISFARÇADOS DE MEROS DEFENSORES FIGURANTES DO POVO. QUANDO, – NA VERDADE – ERAM OS DEPLORÁVEIS PROTAGONISTAS DO OBSCENO “FILME-SERIADO” DE HORROR EM CARTAZ PERMANENTE ATÉ OS DIAS ATUAIS.
    DEPOIS DE 25 ANOS NO PODER E MAIS DE UM TRILHÃO DE REAIS DESVIADOS DOS IMPOSTOS PAGOS PELA CLASSE MÉDIA BRASILEIRA PARA SALVAR O SOCIALISMO COMUNISTA (ENTÃO FALIDO) NA AMÉRICA LATINA E ÁFRICA, A PANDEMIA DO CORONA VIRUS VEM COLOCAR A NÚ TODA A FARÇA COMUNISTOIDE ENRAIZADA EM TODAS AS ESTRUTURAS DO ESTADO BRASILEIRO E REVELA O QUADRO REAL DO BRASIL, DIGNO DE FAZER “GUERNICA” PARECER UMA DAS TELAS SUAVES DE CLAUDE MONET OU RENOIR.
    ATUALMENTE, A CORROMPIDA E ACUMPLICIADA “GRANDE MIDIA”, EXERCENDO O PAPEL DE UM ILUSIONISTA DE CIRCO, TENTA MANTER O POVO DISTRAÍDO E FORA DE CENA (ATERRORIZADO E CONFINADO) ENQUANTO – “POR DEBAIXO DOS PANOS” – POLÍTICOS LACAIOS DO GLOBALISMO POLITICO COMUNISTA SURRUPIAM NOSSOS PARCOS RECURSOS E NOSSAS LIBERDADES, ATRAVÉS DE MANOBRAS QUE CONSIDERAM FUNDAMENTAIS PARA DAR O BOTE FINAL E ASSUMIR O COMANDO DEFINITIVO DOS DESTINOS DA NAÇÃO E DO POVO BRASILEIROS.
    PORÉM, A CERTEZA DA IMPUNIDADE E O IMPONDERÁVEL SEMPRE RESERVAM SURPRESAS PARA OS CRIMINOSOS QUE SE SUPERESTIMAM E MENOSPREZAM A INTELIGÊNCIA ALHEIA. O EXCESSO DE AUTO-CONFIANÇA E AQUELES EXAGEROS COBRARAM SEU PREÇO. A COMPRA DE TODAS AS GRANDES MÍDIAS NÃO DERAM CONTA DE ESCONDER OS MAL-FEITOS E AS CANALHICES COMEÇARAM A APARECER.
    ATUALMENTE, AO EXIBIR CENAS QUE JULGAM IMPORTANTES PARA ATERRORIZAR, ACOVARDAR E DESENCORAJAR REAÇÕES POPULARES , ESSA MESMA GRANDE MÍDIA CORRUPTA E DESQUALIFICADA, SE DESCUIDA E – SEM PERCEBER – DEIXA VAZAR A REALIDADE DA MISÉRIA EXACERBADA, COM AS QUAIS OS GOVERNOS COMUNO-SOCIALISTAS SOMENTE SE OCUPARAM PARA PREENCHER NARRATIVAS DEMAGÓGICAS E USAR COMO PRETEXTO PARA PROGRAMAS “ASSISTENCIALISTAS” DE COMPRA DE VOTOS – UMA ESPECIALIDADE DESENVOLVIDA (COMO BOLSA ESCOLA) NO PRIMEIRO GOVERNO SOCIALISTA DE FHC, DEPOIS APLICADA NO CONGRESSO NACIONAL, UM SUCESSO ESTRONDOSO, QUE PROPICIOU A EMENDA CONSTITUCIONAL DA REELEIÇÃO DELE E, DEPOIS NA DE DOIS OUTROS COMUNO-SOCIALISTAS – TRATAVA-SE DE UM PROJETO DE PERMANÊNCIA INDETERMINADA DA ESQUERDALHA NO PODER. QUE ACABOU FALHANDO.
    EM TRANSMISSÕES DIÁRIAS AS TVS SEMPRE MOSTRARAM – SEM QUERER – A FARSA DO ESTADO SOCIALISTA,” O GRANDE PAIZÃO” FAJUTO QUE NUNCA PASSOU DE UM PADRASTO CANALHA QUE “ESTUPRAVA” POR ANOS A FIO – COM O FALO IMPLACÁVEL DA MISÉRIA INDESCRITÍVEL – FAMÍLIAS INTEIRAS DE BRASILEIROS “DEMOCRATICAMENTE” DE NORTE A SUL. AO MESMO TEMPO, EXIBIA OS ESCANDALOSOS ASSALTOS AOS COFRES PÚBLICOS E AS TENEBROSAS TRANSAÇÕES COM EMPREITEIROS DE ESTIMAÇÃO DOS GOVERNOS COMUNISTAS PARA CARREAR DINHEIRO DOS CONTRIBUINTES BRASILEIROS PARA SOCORRER DITADURAS COMUNISTAS QUE AGONIZAVAM, NAS AMÉRICAS E NA ÁFRICA.
    MESMO ASSIM, AINDA SE VÊ – SOB OS AUSPÍCIOS DE UMA CRIMINOSA PRÁTICA DO STF – UM CRIMINOSO CORRUPTO CONDENADO EM QUATRO INSTÂNCIAS, E LIBERTADO PELOS VAGABUNDOS TOGADOS, VOCIFERANDO BARBARIDADES. POR EXEMPLO, DIAS ATRÁS, DEU VIVAS AO CORONAVÍRUS, PORQUE SEGUNDO ELE, “… que os cegos comecem a enxergar, que apenas o estado é capaz de dar solução a determinadas crises.”.
    CLARO QUE A SOBERBA ESTUPIDEZ E A CONVINCENTE IGNORÂNCIA DELE NÃO LHE PERMITEM SABER QUE A CRIAÇÃO DAS FAVELAS PARA AS MASSAS MISERÁVEIS – NO BRASIL, EM CUBA, E EM TODOS OS PAISES LATINO AMERICANOS E AINDA, NA RUSSIA E NA CHINA, FORAM FRUTO DA INCOMPETÊNCIA DOS ESTADOS, ENTENDIDOS COMO O ENTE ONDE SE ABRIGAM AS ELITES POLÍTICAS. O IDIOTA PENSA QUE ESTADO É ALGO MATERIAL. ELE NÃO TEM IDEIA DO QUE SEJA UMA ABSTRAÇÃO.
    POR TUDO, PARA USAR UM EXPRESSÃO MUITO EM VOGA ENTRE OS JOVENS – CUJA GRANDE MAIORIA CITA SEM TER NOÇÃO DO QUE SE TRATA – ESTAMOS IMERSOS NUMA SURREALIDADE.
    Nota:Alguns estudiosos acreditam que a palavra surreal (ou surrealismo) foi criada pelo poeta francês Guillaume Apollinaire, na junção de “sur” e “réalisme”, que remete para alguma coisa que está além do realismo ou realidade.
    O termo surreal designa aquilo que apresenta características próprias do surrealismo. Surrealismo foi um movimento artístico e literário que surgiu na Europa na década de 1920. Tinha como características o irracionalismo, a negação da lógica, a incoerência e valorizava todas as formas de expressão do inconsciente, do abstrato, dos sonhos e do próprio instinto.

  3. Otacílio Cordeiro Da Silva
    Otacílio Cordeiro Da Silva

    D. Selma, alguém já disse que as ideias não estão na nossa cabeça, elas estão no mundo. Se for assim mesmo, então fica fácil para qualquer um de nós eximir-se de qualquer responsabilidade com os grandes problemas do país, pois se as ideias não estão na minha cabeça, logicamente eu não poderei fazer quase nada. No entanto, existe algo universal, que está presente no ideário de todos, do Phd ao analfabeto: o senso-comum. Todos sabem mais ou menos o que precisa ser feito, mas todos sabem também que alguém não deixa. Este é o problema. E o que é pior: muitos que antes são pró-Brasil, quado “chegam lá” mudam de lado.

  4. miguel Gym
    miguel Gym

    Mais um excelente texto de Selma Santa Cruz.Além de expor com propriedade a história das mazelas do Estado Cartorial e patrimonialista com exploração da “burguesia”parasita e medíocre que vive da corrupção do dinheiro público.Veja as lideranças políticas inexpressivas do Rio,São Paulo e MInas. Como pensar em mudanças com Dória,Witzel e Zema ou com a “burguesia”de coronéis do “cangaço” do norte e nordeste.Só rezando para Bolsonaro e sua equipe continuar -enfrentando-é a palavra certa, Congresso,STF e Imprensa,sozinho, com povo na rua.É muita gente, “burra”para fazer um governo com mudanças estruturais de Estado,com privatizações e concessões de mercado.Paulo Guedes que o diga.Até nossos empresários são medíocres e corruptos.É dose e tempo.Paciência pra não mandar tudo pra aquele lugar,do Bolsonaro é claro.

    1. Marcos Heluey Molinari
      Marcos Heluey Molinari

      Miguel, colocar no mesmo balaio Doria, Witzel e Zema não dá. O Zema não tem nada a ver com os outros dois. Em comum, só o fato de que os três são neófitos na política. Os dois primeiros já chegaram com o que a política tem de pior: oportunistas, traidores, hipócritas e cínicos. Já o Zema, tem boas intenções e não brinca com o dinheiro público. Ele consegue rescindir um contrato superfaturado assinado pelo governador do PT, por dia !! O inchaço da máquina do estado vem diminuindo, apesar de todo o esforço dos políticos em sentido contrário. Outra coisa: chamar nossos empresários de medíocres e corruptos não corresponde à verdade. São eles que vão levantar o país. Não falo dos grandes (lava-jato, etc…), que têm acesso ao poder e corrompem os corruptos. Para esses, cadeia! Falo dos 99,99% dos MEI, micro, pequenos, médios e grandes que levantam todos os dias para tocar a própria vida, dar emprego, pagar impostos, pagar salários e distribuir renda. Acrescente aí os empresários dos serviços e agronegócio e verá que são eles a esperança de todos nós.

  5. Claudia Aguiar de Siqueira
    Claudia Aguiar de Siqueira

    Maravilhoso texto, Selma, parabéns.
    A propósito, lembrei desse poema do Reinaldo Arenas:

    Aquela criança de sempre

    Sou esse menino desagradável,
    sem dúvida inoportuno,
    de cara redonda e suja,
    que fica nos faróis,
    onde as grandes damas tão bem iluminadas,
    ou onde as meninas que parecem levitar,
    projetam o insulto de suas caras redondas e sujas.

    Sou uma criança solitária,
    que o insulta como uma criança solitária,
    e o avisa:
    se por hipocrisia você tocar na minha cabeça,
    aproveitarei a chance para roubar-lhe a carteira.

    Sou aquela criança de sempre,
    que provoca terror,
    por iminente lepra,
    iminentes pulgas, ofensas,
    demônios e crime iminente.

    Sou aquela criança repugnante,
    que improvisa uma cama de papelão
    E espera, na certeza,
    que você me acompanhará.

    1. Selma Santa Cruz

      Obrigada pela leitura, Claudia. Compartilho sua indignação com a crueldade denunciada no poema , com a qual não deveríamos nos acostumar jamais. Não dá mais para aceitar tanta miséria num país tão rico. E chega a ser exasperante ver políticos, acadêmicos, “intelectuais “, jornalistas e celebridades defendendo as mesmas velhas fórmulas que não deram resultados. Quem sabe a exacerbação de tantas mazelas históricas sirva como uma sacudida e oxigena o debate?

  6. Eduardo Preto
    Eduardo Preto

    Legal excelente em especial as comparações muito bem explanadas , eu vou plagiar Aldair Blanc, “Brasilia não conhece o Brasil e nem quer saber aonde é “

    1. Eric Kuhne
      Eric Kuhne

      Parabéns pela reportagem. A desigualdade social é gritante no Brasil, mas ao menos está claro o que temos de fazer para resolver o problema: acabar com os privilégios do funcionalismo público, acabar com a corrupção, melhorar a educação básica, e demais ações que vêm sendo tentadas por este governo (bem intencionado, mas impotente perante o status quo). O tamanho do bolo é bom o suficiente, se for dividido justamente.

    2. Selma Santa Cruz

      Concordo, Brasilia é a nossa Versalhes, uma ilha da fantasia, vive de costas para o país real.

  7. Natan Carvalho Monteiro Nunes
    Natan Carvalho Monteiro Nunes

    Mais uma vez, tocando em assuntos importantíssimos, Selma. Parabéns pelo artigo, e continue a trazer esses temas ao debate. Na minha avaliação, as políticas públicas elaboradas nos últimos 20 ou 30 anos foram desprovidas de métricas e bons parâmetros, de modo que se pudesse alcançar resultados, deveras, efetivos. Elas já nasciam viciadas, impregnadas de vieses ideológicos, e com objetivos puramente eleitoreiros. Afinal, a manutenção de grande parte da população nessas condições interessava – e muito – aos ditos “pais dos pobres”. Se formos analisar do ponto de vista do mau político, o fato de ir ‘soltando’ alguns benefícios sociais, e ir viciando a população mais carente a depender disso, garante votos nas eleições. Basta dizer que o candidato adversário vai acabar com todas aquelas “maravilhas” promovidas por ele…Foi justamente isso que aconteceu durante o período dos desgovernos petistas.

    Mudar esse cenário envolve justamente o que você cita no último parágrafo, ou seja, menos ideologia e mais pragmatismo atrelado a resultados. Pensar Brasil deve ser algo que implique um olhar para o futuro, para as próximas gerações, e não nas próximas eleições. Para isso, medidas amargas terão de ser tomadas, mas que podem trazer excelentes resultados a médio/longo prazo.

  8. Marcelo Gurgel
    Marcelo Gurgel

    Parabéns pelo ótimo texto que escancara as mazelas do Brasil. No Brasil está claro que qto maior for o Estado mais corrupto, corporativista, distante e desinteressado dos mais necessitados. Quando vemos a nossa juventude ser emprenhada pelos ouvidos tanto nas escolas como nas universidades de que o Estado ditador é solução para todos os problemas sociais e por absoluto despreparo fogem da competição da iniciativa privada e preferem ser mais um no funcionalismo público, acredito que as chances do nosso país dar certo são mínimas ou inexistentes. Certo está o Bolsonaro qdo diz “Mais Brasil e menos Brasília “

    1. Igor Guimarães Naves
      Igor Guimarães Naves

      So falta ele praticar né, ja que foi el quem mandou o lider do governo na camara bloquear os congelamentos de salarios do servidores.

      1. Ney Pereira De Almeida
        Ney Pereira De Almeida

        ISSO É MENTIRA. PAULO GUEDES TEM LUTADO PELO ENGAJAMENTO DE TODO OS SERVIDORES PÚBLICOS NO “ESFORÇO DE GUERRA”, DOS SALÁRIOS A PARTIR DE R$ 10.000,00 ATÉ OS MAIS ELEVADOS EM TODOS OS PODERES. HOUVE PRESSÃO ENORME DA CATEGORIA (ABSURDAMENTE SINDICALIZADA PELOS GOVERNOS COMUNISTAS) E RODRIGO MAIA E ALCOLUMBRE CEDERAM ÀS PRESSÕES. PIOR, A CANALHA AINDA PRETENDE AUMENTOS SALARIAIS. CHEGOU UM MOMENTO EM QUE RODRGO MAIA TENTOU FAZER COM QUE UMA PARTE NÃO FOSSE ATINGIDA. QUANDO BOLSONARO DEIXA DE VETAR UM OU DOIS ITENS NUMA PAUTA DE 20 ÍTENS, É PORQUE ELE SABE QUE SE VETAR TUDO OS VAGABUNDOS DERRUBAM O VETO DELE E ACABA PASSANDO TUDO. ANTES DE FALAR, AS PESSOAS QUE NÃO ENTENDEM COMO AS COISAS FUNCIONAM, DEVERIAM SE INFORMAR.

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