Viver é algo difícil e arriscado. A condição humana, com a autoconsciência da própria finitude e questionamentos sobre o sentido da existência, já torna a escolha de seguir adiante com propósito algo delicado. Muitos se sentem presos no Mito de Sísifo, empurrando a pedra morro acima apenas para, em seguida, empurrá-la morro abaixo e recomeçar do zero. Felizmente, o instinto de sobrevivência fala alto em nós, e até aqui demos um bom jeito de avançar e procriar. Já somos quase 8 bilhões no planeta.
Condição necessária para isso foi a coragem de enfrentar riscos. Imagina o nosso antepassado apavorado diante de feras terríveis, e enclausurado numa caverna até o perigo passar. Não estaríamos aqui refletindo sobre a vida. Ou seja, parte inexorável de nossas conquistas foi a tolerância ao risco da morte. Não quer dizer comportamento suicida, irresponsável ou imprudente, mas, sim, um ato de volição para desafiar todas as ameaças que a pura existência num planeta hostil traz.
Ocorre que, por diversos motivos, estamos nos tornando mais medrosos. O sucesso planta algumas sementes do fracasso, torna as próximas gerações mais “suaves”, como “flocos de neve”. Se a ameaça nazista se desse hoje, com Hitler liderando sua turba de fanáticos, temo pela reação ocidental: não faltariam lideranças recomendando o “apaziguamento” com o inimigo, entregando nossas liberdades de bandeja. Não se faz mais Churchill como antigamente.
Essa pandemia de covid-19 veio comprovar isso. Países ocidentais resolveram espalhar medo e oferecer soluções “mágicas”, ainda que draconianas e autoritárias. O controle social passou a ser enorme, tudo em nome da saúde, da proteção à vida. Os mais acovardados nem pestanejam na hora de delegar cada decisão aos “especialistas”. Foi assim que o Dr. Fauci virou uma celebridade mundial, a “voz da ciência”, acumulando um poder inimaginável para reis medievais. Dr. Fauci soube explorar muito bem o medo dos outros.
E não é algo novo. Era o mesmo Dr. Fauci o responsável pelo combate ao HIV, vírus da aids. E não faltam críticos de que lá, assim como agora, o médico ajudou a espalhar um medo exagerado que afetou a vida de milhões de pessoas. Ele foi “cobrado” recentemente numa das centenas de entrevistas que tem concedido — haja tempo para tanto holofote! — à CNN, mas o apresentador não foi lá tão duro assim. Ele leu a denúncia do senador republicano Ron Johnson, de que Fauci espalhou pânico desnecessário antes e agora, e logo depois ridicularizou a crítica, levantando a bola e cedendo a palavra ao entrevistado. Fauci, então, disse: “Como responder a algo tão absurdo assim?”
Mencionar isso é “politicamente incorreto”, mas a ciência e o vírus não ligam para seus sentimentos
Bem, talvez… respondendo? Mas Fauci adotou outra estratégia: “Exagerar a aids? Matou mais de 750.000 americanos e 36 milhões de pessoas em todo o mundo. Como você exagera isso? Exagerar a covid? Já matou 780.000 americanos e mais de 5 milhões de pessoas em todo o mundo. Então, eu não tenho nenhuma ideia do que ele está falando”. Excelente resposta, caso a pergunta tivesse sido outra. O senador nunca alegou que morreu pouca gente com aids ou covid, e sim que o Dr. Fauci criou um pânico geral bastante desproporcional, ainda mais sabendo-se que ambos afetavam de maneira bem desigual grupos de risco específicos.
Ann Coulter escreveu uma coluna no Townhall detonando a postura de Fauci, e lembrando que acidentes de carro já mataram mais de 3,6 milhões de americanos e centenas de milhões no mundo todo, e que as propostas do “especialista” seriam análogas a recomendar que todos dirigissem de olhos vendados — ou nunca mais pegassem num volante. Idosos e obesos correm um risco infinitamente maior do que jovens saudáveis com a covid, mas Fauci e sua trupe mentiram, trataram todos basicamente da mesma forma, assim como Fauci mentiu sobre a aids ser um risco equivalente para heterossexuais, muito tempo depois de ficar claro que era quase inteiramente um problema para gays e usuários de drogas intravenosas.
Mencionar isso hoje já é “politicamente incorreto”, mas a ciência e o vírus não ligam para seus sentimentos. “Em vez de dedicar recursos maciços ao fechamento de casas de banho e pontos de drogas para impedir a disseminação da aids, e proteger os americanos mais velhos no caso do covid, Fauci afirmou repetidamente que todos estavam em risco”, acusa Coulter. Ela continua: “Parece que Fauci acredita em ‘ciência’ — exceto quando precisa aterrorizar os heterossexuais para não estigmatizar os gays, ou amedrontar toda a população para não estigmatizar os idosos e obesos”.
A aids apareceu pela primeira vez em 1981, em comunidades gays em Nova Iorque, Los Angeles e São Francisco. Dois anos depois, 72% dos casos envolviam gays e 90% das vítimas não homossexuais da aids eram usuários de drogas intravenosas. A maior parte do restante era de crianças nascidas de mães infectadas com aids ou vítimas de transfusões de sangue contaminadas com aids. Esse não era um grande segredo. De acordo com o CDC, em junho de 1983, de 1.552 vítimas de aids, apenas 37 não eram gays, usuários de drogas ou hemofílicos. Médicos da linha de frente aconselhavam que não havia motivo para tanto pânico, mas Fauci estava lá alarmando o mundo todo. Em 1983, ele disse: “Com o passar dos meses, vemos mais e mais grupos… A aids está saindo de limites epidemiológicos bem definidos”.
Em 1985 — quatro anos após o aparecimento da aids —, 73% dos casos eram em homens gays, 17% em usuários de drogas intravenosas, 3% em haitianos, 2,2% naqueles que receberam sangue e 1% em parceiros sexuais de pacientes com aids. Menos de 4% não se enquadravam em nenhuma dessas categorias. Com zero casos provados de transmissão heterossexual, em fevereiro de 1985 Fauci alegou estar preocupado com esse risco. Numa fala de 1987, ele chegou a afirmar que o vírus podia ser transmitido pela saliva num simples beijo.
Hoje, segundo Coulter, Fauci está fazendo exatamente a mesma coisa com a covid, tratando os adolescentes como se eles enfrentassem perigo tanto quanto pessoas na faixa dos 70 anos, apesar de estas terem uma chance 300 vezes maior de morrer de covid do que menores de 20 anos. Para essa faixa etária, as chances de morrer de covid são menores do que o risco de morrer de insolação ao longo de suas vidas inteiras. Mesmo para aqueles na casa dos 30 anos, as chances são quase as mesmas que o risco de morrer engasgado.
Ann Coulter conclui que, se Fauci fosse entrevistado por um jornalista sério, ele bem que poderia explicar por que sua ideia de “ciência” é evitar que certos grupos se sintam estigmatizados, e não salvar vidas ou falar a verdade.
Leia também “Correlação e causalidade”
Excelente texto. Parabéns!
Muito bom. Comecei a ler The Real Anthony Fauci, do Robert Kennedy Jr. Excelente.
A correlação entre o enfrentamento da AIDS e do COVID é esclarecedora.
A velha tática do colocar medo para manipular e dominar. Pelo menos hoje vemos, graças às redes sociais, muita gente saindo dessa lobotomia absurda. Que a verdade apareça e todas as narrativas sejam desmascaradas!
Como no Brasil, mundialmente a imprensa está se tornando cada vez mais um fator de desagregação da sociedade, e, com aliados “fortes” como Fauci, stf, torna-se cada vez mais nociva.
ESSE FAUCI FALSO CANALHA DESGRAÇADO MANDETA DOS EUA É A ALMA GÊMEA DO SATÂNICO MENGELE.
COMUNISTA DESGRAÇADO.
Canalhas!! Ficarão impunes?! SIM!! Esse cafajeste há fez a mesma coisa na década de 80 e AINDA está no establishment do governo dia USA… esse país está ficando um PÁRIA … essas universidades Norte americanas precisam serem ignoradas … foi se o tempo que eram sérias !
Dr. Fauci tem mídia e como tal causa pânico na população. Entretanto eu pergunto: quantos doutores Fauci existem na mídia, nos hospitais, nos bairros e nas famílias? Se fizermos uma reunião em casa com três médicos teremos três opiniões diferentes influindo em mais três ouvintes. Ligamos a TV ou o rádio do carro e lá estão os “especialistas “ com opiniões diversas, confusas e contrárias!
Excelente texto. Parabéns Constantino. O pior não é esse Dr. Falso e sim quem dá credibilidade a ele.
Fauci, por que não te calas?
(…resposta de Fauci no plano mental – porque tem muito imbecil no mundo que me ouve!)
Fala as besteiras, propaga o desespero, conclui tudo errado, mas está por aí ainda enchendo o saco!!!!!
Se Benjamin Franklin estivesse vivo diria que “a comunicação demoníaca está corrompendo corpos e almas mais do que o vírus”.
Rodrigo Constantino mais uma aula magna!O pânico disseminado pelo Dr Fauci por outros médicos e políticos só paralisaram a população.Quem entra em pânico sempre fará escolhas ruins, é um péssimo conselheiro e causa muito sofrimento .Se você vive nesse estado permanente de paralisação psíquica ,sua mente não produz ,atrapalha sua vida até no momento de atravessar a rua.Sim o vírus está entre nós,teremos que conviver com ele e nos cuidarmos da forma mais lúcida.
Excelente texto. Constantino sempre preciso; um ótimo escritor e jornalista.
Esse Fauci tinha que que estar preso. Ele é uma mistura de Mengele com Goebbels. O número de suas vitimas é incomensuravel.
A AIDS deixou de ser importante para esse Dr Morte chamado FALCI quando as Bigfarmas perderam as patentes dos remédios para o tratamento. Ele é a ferramenta dessas empresas do “consórcio”. A mídia tradicional junto com as Bigtechs ajudaram e ainda ajudam Falci. Me lembra a alemanha Nazista com Menguele.
BINGO!!! É patrocinado !
Ótimo texto Constantino! Com isso, a Revista Oeste nos ajuda na difícil, mas necessária tarefa de mostrarmos a verdade dos fatos e assim destruirmos as narrativas!
Fauci é uma peça no xadrez da NOM
Constantino parabéns, como sempre inteligente, objetivo e claro no seus comentários. Esse Dr. Fauci é um “estelionatário”, um escroque que tem público cativo de maus caráteres da sociedade, ou seja, uma faixa da elite lixo que não mede esforços em manter o poder a qualquer custo. Quanto a sua saída do JM, saí junto. Não assisto ou ouço. Quanto ao Fabio Piperno, ele me lembra uma mistura do Pato Donald com o Patolino, com seus trejeitos, caretas e posturas, além de se demonstrar claramente inculto, em conhecimentos gerais. É uma figura caricata, que distoa do quadro de jornalistas. Assinei a Gazeta.
Na próxima, será bom tratar da ligação deste pilant, ops, especialista com as big pharma é certa imprensa… Que horror
O Consta como sempre brilhante e conciso em suas falas. A falta que ele faz no Jornal da Manhã é imensurável.
Mas não dava mais pra ele ficar lá com aquela Amanta. Quem perde é a JP. Eu não assisto mais os programas onde ela está. Não vejo mais o Morning porque não suporto o Joel. E nem mais o Três em Um com aquele Piperno burro é cansativo.
Por falar em Piperno, ele lembra o período jurássico, não só na aparência, como também em pensamento.
Boaaaa!!!
Temos que calar esse Constantino, vá dizer verdades assim lá na China.
Excelente, Consta. Te acompanho em tudo, tenho seus livros mas nesse artigo vc foi além da boa expectativa que sempre tenho de vc. Esse dossiê Aids com Covid, tudo com a palhaçada do falso Fauci, ficou supimpa!!😃
Sei